Marcão antevê o encontro de amanhã com o Fundão, que considera uma final

Marcão, guarda-redes da equipa de futsal do Sporting CP, antevê um jogo difícil na quarta eliminatória da Taça de Portugal frente ao Fundão, o mesmo adversário que os ‘leões’ venceram para conquistar a Taça da Liga, na semana passada. Ainda assim, o atleta dos ‘leões’ acredita que a equipa vai estar ao nível a que tem habituado os adeptos esta época e seguir em frente na prova.

“Vai ser um jogo difícil e ainda mais porque o factor casa é um ponto positivo para o lado deles. Um jogo a eliminar também é diferente, por isso espero que o Sporting CP esteja no seu nível, porque se estiver de certeza que lhes vamos dar muitas dificuldades e passar a eliminatória”, resumiu o guardião ‘verde e branco’.

“Acredito que eles vão tentar surpreender-nos. O treinador do Fundão é um grande treinador e de certeza que estudou o jogo e viu algumas lacunas que deixámos no jogo anterior e vai tentar explorar isso. Mas nós também estamos bem preparados e vamos encarar o jogo da melhor maneira possível. Estamos muito motivados e felizes com o que aconteceu na semana passada, a sentir o gosto deste título e de como é bom ganhar. Por isso vamos para o Fundão amanhã com esse mesmo intuito”, acrescentou.

Marcão garante que os níveis de concentração da equipa já voltaram ao nível exigido depois da última conquista e que o plantel tem noção de que o jogo de amanhã é tão decisivo como o da semana passada, com o mesmo adversário. “É difícil voltar à terra, deixar de pensar na conquista que tivemos, mas já vínhamos preparados para isso. Sabíamos desde o começo que, independentemente do resultado, teríamos que estar cá terça-feira para treinar e preparar um jogo muito importante, que para nós tem a mesma importância do último, porque se perdermos agora é um título que escapa das nossas mãos”.

O jogo está marcado para as 16h de amanhã e, ao contrário do que foi determinado pelo sorteio, vai realizar-se no Pavilhão Municipal do Fundão, terreno do adversário, já que os ‘leões’ foram punidos pelo Conselho de Disciplina – Secção Não Profissional da FPF com a interdição do seu recinto por um jogo, devido aos incidentes ocorridos no último encontro da final do ‘playoff’ da temporada passada. Uma decisão que o responsável pela modalidade no Clube, Miguel Albuquerque, estranhou.

“Se fizermos um paralelismo com o passado, o Sporting CP perde um Campeonato Nacional em 2012, num processo que demora três anos a decidir e cuja decisão sai em finais de 2015, três anos depois, quando tudo já tinha prescrito e havia jogadores que já não jogavam em Portugal. E depois, há um processo muito idêntico que demora seis meses a ser resolvido e que é resolvido numa semana em que o Sporting CP é obrigado a inverter a ordem do jogo. Se a decisão saísse no jogo seguinte, calhava num jogo para a Liga e tínhamos de jogar em campo neutro, a 50 km de casa”, vincou o dirigente ao ‘Grande Jornal’ da Sporting TV, na passada quarta-feira.

“Não consigo adjectivar esta decisão da Federação. Está nos regulamentos, mas o castigo sair numa semana destas, que vai bater num jogo da Taça... O Sporting CP está a ser penalizado por incidentes no pavilhão. É penalizado por jogar fora de casa, mas depois é penalizado duplamente por ter de jogar fora e na casa do nosso adversário. Quero acreditar que é incúria de quem decide, não acredito que haja uma cabala para prejudicar o Sporting. Mas têm acontecido, sucessivamente, coisas muito estranhas ao longo do anos”, rematou Miguel Albuquerque.