Derrota na Luz por 3-2 deixa tudo empatado nos playoffs da final do Campeonato

Equilíbrio. Muito equilíbrio. É mesmo o equilíbrio (sim, a repetição é propositada) que tem pautado os dérbis entre Sporting e Benfica nos playoffs da final do Campeonato Nacional. Esta quarta-feira, no Pavilhão da Luz, a excepção não fugiu à regra. As duas formações encaixaram nos respectivos sistemas durante grande parte do encontro e pode dizer-se que os momentos de inspiração individual e seus antónimos – ou seja, os erros gritantes - fizeram a diferença na vitória das águias por 3-2.

Os orientados de Nuno Dias entraram pouco esclarecidos na quadra – mais errantes do que o habitual no capítulo do passe e com pouca dinâmica ofensiva. Nesse sentido, Robinho aproveitou uma das desatenções leoninas a meio-campo para inaugurar o marcador. A reposta da equipa visitante teve como autor Rodolfo Fortino, que escreveu ‘As Mil e Uma Formas de Marcar Sem Ângulo’, apontando o quarto golo em duas partidas contra os encarnados. Colado ao lado esquerdo do ataque, o pivô ítalo-brasileiro deixou Cristiano de boca aberta, pois o guarda-redes contrário só a viu dentro da baliza. No minuto seguinte, Merlim operou a reviravolta, ajudado pela falha monumental do guardião de 21 anos. Apesar de o rival ter encostado os bicampeões ‘às cordas’ nos últimos minutos da primeira parte, André Sousa mostrou-se intransponível entre os postes. Ah. Os postes também se revelaram intransponíveis. Que o diga Bruno Coelho, com demasiada pontaria em cima do intervalo.

A emoção da etapa complementar só parou de brincar às escondidas no minuto em que Caio Japa derrubou Deives na área (9’). Chamado à cobrança, Coelho vingou-se, permitindo ao Benfica igualar o duelo. Antes de Raúl Campos ter trocado as voltas à defesa do Sporting, levando para casa o estatuto de ‘homem do jogo’, depois de marcar o 3-2 decisivo (a 1.37 do fim), ficou por mostrar o cartão vermelho a Miguel Ângelo, que tropeçou na bola e foi com tudo sobre Caio Japa, entretanto isolado na direcção de Cristiano. Próxima paragem (sem tropecções): João Rocha.