Projecto 'Educar para a Ética no Desporto' na origem da certificação do IPDJ

O projecto 'Educar para a Ética no Desporto' do departamento de futsal do Sporting Clube de Portugal foi certificado, na última semana, com a Bandeira da Ética, uma certificação que parte do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), através do Plano Nacional de Ética no Desporto (PNED), e que visa "iniciativas, projectos ou entidades que se destaquem na promoção dos valores éticos por via da prática desportiva", como se lê no documento em questão.

O projecto Leonino enquadra-se na perspectiva formativa e busca oferecer aos jovens atletas de futsal do Clube "competências pessoais, emocionais e sociais que vão além das competências técnicas da modalidade, porque é assim que o desporto faz sentido e é algo que fará a diferença também na sua vida futura enquanto cidadãos", explicou ao Jornal Sporting a Dra. Isabel Cabacinho, psicóloga que colabora com o Sporting CP e principal responsável pelo projecto 'Educar para a Ética no Desporto'.

No âmbito deste projecto, o Clube de Alvalade pretende transmitir conceitos éticos que se evidenciam no desporto, como o compromisso, o respeito, a amizade, a integridade, a entreajuda e o fair-play, entre outros, aos jovens da sua formação.

"A ideia é dar essas ferramentas através de pequenas formações sobre os valores éticos de forma a enraizar esse conhecimento e perceber, depois, através de um questionário, como é que os comportamentos estão a ser acolhidos e percepcionados", contou a psicóloga.

Para a Dra. Isabel Cabacinho, a ética deve ser uma componente patente na formação de atletas e acredita que o desporto deve servir, precisamente, como uma plataforma de promoção desses valores.

"O desporto envolve muitas emoções e, fruto disso, algumas vezes, os comportamentos não são os melhores e os exemplos também deixam um pouco a desejar. Se conseguirmos incutir estes valores, tanto nos atletas como nos próprios pais e nas equipas técnicas, ser-lhes-á muito importante para lidar melhor com esses momentos e para aprender a regular as emoções", ao que acrescentou "assim conseguirão atingir também níveis mais altos de bem-estar, e é esse prazer que os jovens de 13, 14 e 15 anos retiram de mais importante do futsal, neste caso".

Com o processo de certificação concluído, a Dra. Isabel Cabacinho acredita que este passo "valoriza o nosso trabalho e aquilo que estamos a fazer com os nossos jovens", concluiu.