Campeões do Mundo já estão em Lisboa
04 Out, 2021
Sete futsalistas Leoninos entre a comitiva portuguesa
João Matos, Erick Mendonça, Pany Varela, Pauleta, Zicky Té, Tomás Paçó e Miguel Ângelo, jogadores da equipa principal de futsal do Sporting Clube de Portugal, aterraram ao início da tarde desta segunda-feira no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, depois da conquista inédita do Campeonato do Mundo de selecções diante da Argentina, no último domingo.
Recebidos em ambiente de festa, os jogadores verdes e brancos seguiram depois com a restante comitiva em direcção à Cidade do Futebol - onde já está o troféu conquistado – e falaram aos muitos jornalistas presentes sobre as primeiras sensações em solo nacional.
“Ainda não estamos bem cientes da grandiosidade deste feito, não só para o futsal como para o desporto português. No autocarro ainda vínhamos um pouco siderados pelos festejos da noite emotiva de ontem, mas tenho quase a certeza de que ainda nenhum de nós tem noção do que conseguimos. No dia em que deixarmos de jogar, vamos olhar para trás e perceber quão bonita foi a nossa história depois de conquistarmos o Europeu e agora o Mundial pela primeira vez”, disse João Matos, identificando o momento-chave desta conquista.
“Quando no último segundo do tempo regulamentar do jogo com a Espanha, nos quartos-de-final, a bola foi ao poste e não entrou, percebi que a estrelinha estava lá. A partir daí fomos crescendo e merecemos este troféu. Sinceramente, na final com a Argentina estava muito tranquilo. Senti o adversário bastante nervoso e com poucas soluções, a querer jogar apenas no nosso erro. Fomos estrategicamente muito inteligentes, estivemos extremamente confortáveis nos momentos sem bola e soubemos sofrer, o que faz parte”, considerou.
O jogador Leonino olhou depois para o que aí vem e mostrou-se confiante na conquista de mais troféus, a começar desde logo pela revalidação do título Europeu, no mês de Janeiro.
“Agora que venha o próximo, essa é a mentalidade com que sempre me dediquei ao desporto. Já ganhei todos os troféus que há para ganhar. Tinha uma UEFA Futsal Champions League e venci a segunda. Também tenho um Campeonato da Europa, mas em Janeiro vou lutar para ter mais um e assim sucessivamente”, garantiu o experiente jogador de 34 anos.
Pany Varela, que foi decisivo ao marcar os dois golos da vitória no jogo decisivo e terminou a prova no segundo lugar dos melhores marcadores (oito golos), enalteceu o papel de toda a equipa.
"Este título foi conquistado por 17 grandes obreiros, além do staff e do público, que foi fantástico. Não olho para individualidades, mas sim para o colectivo. Estávamos todos com o espírito de quem queria ganhar e foi isso que nos levou à vitória", afirmou o ala Leonino, explicando que não tinha definido um objectivo de golos antes da final com a Argentina.
"Quando ia a caminho do jogo só pensava que queria fazer uma grande exibição, os golos seriam um extra. Já disse que se a equipa estiver bem, qualquer jogador pode marcar porque temos muita qualidade. Coube-me a mim marcar e fico feliz, mas o mais importante é termos vencido. O que fica para a história é que Portugal foi Campeão do Mundo", atirou, antes de revelar que é muito complicado decidir qual foi o título mais saboroso da sua carreira até aqui.
"Não consigo escolher. Ganhar o Mundial é brutal, assim como o Europeu e a UEFA Futsal Champions League. Não faço ideia do que estou a sentir neste momento, ainda não caí em mim e espero continuar a viver este sonho durante muito mais tempo", concluiu.