Paulo Freitas admite que Quévert não é favorito a passar o grupo da Liga Europeia, mas avisa os leões para a necessidade de provar a qualidade dentro de rinque

Pelas 15h00 de sábado, o Sporting CP estreia-se na edição de 2017/18 da Liga Europeia, a mais importante prova internacional de clubes de hóquei em patins. Paulo Freitas coloca os espanhóis do Liceo da Corunha e os italianos do Amatori Lodi como principais rivais à obtenção de um dos dois lugares de apuramento, mas não deixa de avisar para os perigos do Quévert, franceses que são o primeiro adversário da campanha leonina na prova: "Esperamos dificuldades. Não acreditamos em facilidades, mas na competência do nosso trabalho. É uma equipa com qualidade, o hóquei francês tem crescido nos últimos anos. Além disso, estão recheados de jogadores estrangeiros, nomeadamente espanhóis e argentinos, que são mais-valias dentro do registo do Quévert. Queremos três pontos e entrar a ganhar é sempre importante. É um grupo difícil, que tem um colosso do hóquei mundial, o Liceo da Corunha, e que tem o campeão em título de Itália [Amatori Lodi], uma equipa com qualidade e que mistura juventude e experiência. Não quero apontar qual a mais complicada das duas e acredito que o apuramento vai estar intimamente ligado à prestação destas três equipas [incluindo o Sporting CP na luta]".

Para o técnico leonino, interessa pouco avaliar o percurso leonino em 2016/17, salientando a vontade de ultrapassar a fase de grupos: "Temos de provar em rinque o favoritismo diante do Quévert.  O que aconteceu no passado já não importa. Não podemos queimar etapas, mas assumimos que o primeiro grande objectivo é passar a fase de grupos". 

Paulo Freitas reconhece a superioridade do Campeonato Nacional, embora avisando que França tem evoluído no hóquei e que o Quévert, tal como demonstrou na época transacta, não será um adversário fácil: "Não o vou negar. É diferente jogar a Liga portuguesa e a francesa. Não é por acaso que se diz que a Liga portuguesa é a melhor do Mundo. A qualidade é demonstrativa, até pela entrada de jogadores de alto gabarito a nível internacional. A Liga francesa não está a esse nível, mas são jogos diferentes e o Quévert é uma das melhores equipas em França. Se virmos que, ainda no último Mundial, Portugal teve tantas dificuldades para ganhar à França, percebemos como têm evoluído. Se a essa evolução juntarmos a qualidade que os estrangeiros lhe aportam, estamos a falar de um confronto difícil, para o qual, no entanto, não escondemos o nosso favoritismo, sempre com o respeito total pelo adversário".

Alguma ansiedade para a estreia na Liga Europeia? Sim, mas perfeitamente prevista e sob controlo: "Somos uma equipa com maturidade suficiente para não sofrer oscilações em termos de ansiedade. É normal e saudável alguma ansiedade antes da Liga e agora para uma prova europeia. No entanto, está tudo controlado e preparado para enfrentar este adversário", finalizou.