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Foto João Pedro Morais

Alejandro Domínguez: "Jogámos com muita garra e espírito"

Por Sporting CP
11 maio, 2024

​Reacção após a passagem à final da WSE Champions League

No rescaldo do triunfo sobre o FC Porto (6-5), que garantiu a passagem à final da WSE Champions League, o treinador Leonino Alejandro Domínguez fez uma análise à partida e considerou que o Clássico foi “uma montanha-russa táctica”, elogiando ainda assim a capacidade de superação e “garra” dos seus jogadores na pista.

“Entrámos muito bem no jogo, mas o Ricardo [Ares, treinador do FC Porto] pediu o timeout logo aos quatro minutos pois percebeu que havia algo que não estava a funcionar. Depois disso, o FC Porto conseguiu mudar a dinâmica durante a primeira parte”, começou por afirmar o técnico aos jornalistas em conferência de imprensa.

“Na segunda parte não jogámos tão bem como na primeira, mas tivemos uma percentagem de acerto muito alta que nos permitiu gerir contra um rival muito difícil de conter. Quando está a perder, o FC Porto ataca de forma vertical com o Gonçalo [Alves], o Rafa e o [Ezequiel] Mena no um contra um, e com o Carlo [Di Benedetto] a interior”, justificou, elogiando a resiliência de toda a equipa até à última buzina.

“Era muito difícil travar o adversário neste cenário, no Porto e com o seu público, mas conseguimos. O jogo tem uma parte táctica que interpretámos bem, ainda que com algumas falhas, e depois tem outra emocional, em que jogámos com muita garra e espírito. Superámo-nos nos momentos difíceis, hoje fomos muito grandes”.

Depois de revelar que deixou Ferran Font de fora em grande parte do jogo por “opção táctica”, após o espanhol ter visto dois cartões azuis na primeira parte, Alejandro Domínguez destacou ainda a forma como o Sporting CP conseguiu aguentar sempre as situações de inferioridade numérica e não sofrer golos de bola parada.

“Temos mérito por termos analisado bem como eles jogam em superioridade e termos defendido bem. Quanto às bolas paradas, são decisivas e não é uma questão de sorte, treina-se muito. Nesse aspecto, os atacantes hoje não estiveram no seu melhor, mas o Ângelo [Girão] foi soberbo”, sublinhou, deixando também algumas palavras sobre Henrique Magalhães, defesa que foi decisivo com um bis.

“Quero deixar uma menção especial ao Henrique porque, desde que estou no Sporting CP, ele tem passado muitas horas sozinho na pista comigo e estou a obrigá-lo a atacar e a ser mais ofensivo. Não entendo que um jogador não ataque, pelo menos na minha forma de interpretar o jogo. Estou muito contente por ele”.

O líder verde e branco foi também questionado sobre como reagiu após o FC Porto ter conseguido reduzir de 6-3 para 6-5, já na recta final da partida, garantindo que nessa altura nunca lhe passou pela cabeça que “o jogo já estivesse fechado”.

“Se conseguíssemos sair da pressão, talvez pudéssemos ter acabado com o jogo ao marcar mais dois golos. Mas se não acontecesse, eles estavam dentro do jogo. Quando fizeram o 6-5 ainda faltava um minuto e meio, só pensava na possibilidade de eles apostarem no 5x4 e nós termos um dispositivo táctico para defender. Ainda assim, o Carlo [Di Benedetto] teve duas bolas na zona do penálti e foi muito difícil”.

A fechar, Alejandro Domínguez olhou desde logo para a final deste domingo, em que o Sporting CP defrontará UD Oliveirense ou OC Barcelos, considerando que a chave para vencer esta WSE Champions League passará muito pelo “controlo emocional”.

“Estamos muito perto do que todos queremos depois de trabalhar tanto este ano, mas isso não nos pode trair. Amanhã temos de jogar muito bem, muito com o coração, esse é o nosso plano. As emoções no desporto são essenciais para conseguir feitos, mas também podem ser traiçoeiras e temos de gerir bem isso”.