NUNCA MAIS!
19 Dez, 2019
Não recuaremos NUNCA perante a ameaça, a agressão, o ódio, contra o SCP e contra os seus
Lembro-me como se fosse ontem. Por motivos profissionais tinha acabado de chegar a Astana, no longínquo Cazaquistão, depois de uma longa e cansativa viagem. E no momento em que ligo o telefone começo a receber centenas de mensagens que me deixaram literalmente em choque. A mim e seguramente a TODO o universo Sportinguista. Tinha acontecido algo que iria marcar para sempre a história do nosso Clube, um momento que NUNCA MAIS queremos que se volte a repetir. Seja em Alcochete ou em qualquer outro lugar. Foi, efectivamente, o momento mais negro, mais triste e mais revoltante da vida do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL. Um momento que NUNCA MAIS queremos ver no nosso Clube!
E para espanto de TODOS, à chegada ao hotel nos Açores, jogadores e staff técnico são confrontados com cânticos de “Alcochete Sempre”, com gente outra vez de cara tapada, os mesmos de sempre e de quem TODOS estamos fartos! Os mesmos que insultam e ameaçam gratuitamente achando-se acima de tudo e de todos. A estes dizemos que NUNCA MAIS os queremos no SPORTING CLUBE DE PORTUGAL! A esta escumalha que se acha acima da lei e movidos pelos seus próprios interesses, dizemos que NUNCA MAIS desistiremos de lutar pelos valores do SPORTING CLIBE DE PORTUGAL e do Desporto. Não recuaremos NUNCA perante a ameaça, a agressão, o ódio, contra o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL e contra os seus.
Mas existe uma outra dimensão deste problema, a dimensão pública. Desenganem-se todos aqueles que acham que este é um “problema” do Sporting CP ou que está relacionado com o “momento” que o Clube atravessa. Nada podia estar mais errado. A cruzada na erradicação da violência dos recintos desportivos deve ser propósito prioritário do Estado e de todas as instituições com responsabilidades no desporto em Portugal. O desporto é e deve ser cada vez mais um espaço saudável e das famílias, não da criminalidade e da violência gratuita. Não são estes os valores que queremos no Sporting Clube de Portugal, nem o legado que pretendemos deixar. Considerando o impacto e a dimensão da escalada de violência não posso deixar de assinalar com preocupação o silêncio do Estado e das várias tutelas.