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Fazes tanta falta, SCP

Por Juvenal Carvalho
16 Abr, 2020

(...) com o Sporting Clube de Portugal sou(mos) todos muito mais felizes!

Os tempos estão estranhos. A melancolia e a tristeza fazem parte do nosso quotidiano. Confinados a casa e com tempo… todo o tempo do mundo, perante a adversidade provocada por este inimigo invisível, chamado coronavírus, cada um de nós tem procurado arranjar alento onde por vezes nos vão faltando as forças.

Eu, comum dos mortais, tenho momentos em que a tristeza me invade, alternando com outros momentos em que procuro, embora sem sucesso, abstrair-me da situação.

No entanto, penso na família como factor primordial. Essa está sempre no meu pensamento. E entre a família, como é óbvio está também a nossa família. A família Leonina. Essa imensa família, que permite a cada um de nós, e pense da forma que pensar, não deixe de ser um dos meus… um dos nossos.

Com mais tempo para pensar, e com a nostalgia da marca do tempo não ter no nosso dia-a-dia o futebol, que por mais mal que nos estivesse a correr esta época, tanto nos faz vibrar, a juntar à falta da magia de Alex Merlim, no futsal; da qualidade fantástica, e que é de todos os tempos, de Miguel Maia, no voleibol; de cada defesa estratosférica de Ângelo Girão, no hóquei em patins; de cada jogada magistral de Carlos Ruesga, no andebol; ou de cada jogada mirabolante ou lançamento de Travante Williams, no basquetebol. Citei um em cada modalidade porque o espaço não me permite citar todos. Em todos, penso, e todos me fazem a mesma falta. Anseio até por chegar o dia em que vou voltar a ver no banco Rúben Amorim, Nuno Dias, Gersinho, Paulo Freitas, Thierry Anti ou Luís Magalhães a comandar a s suas tropas. Aquela imensa savana Leonina que nos faz tão feliz.

Enquanto anseio por isso, vou ao baú de recordações e rebobino mentalmente  os tempos de muito menino em que ouvia as chegadas da Volta a Portugal e da Volta a França para saber do sempiterno Joaquim Agostinho, a magia com o aléu de António Livramento ou de Chana; as defesas de António Bessone Basto e de Carlos Silva no andebol; das vitórias imensas do nosso atletismo, com Carlos Lopes e tantos outros; da mestria do campeoníssimo Pedro Miguel, no ténis de mesa; dos cestos de Rui Pinheiro ou de Nélson Serra no basquetebol, entre tanta e tanta coisa que marcou a história de um Clube centenário repleto de referências e de conquistas.

Recordar este passado tão marcante, e ansiar pelo regresso à vida normal, sem que não saiba que os tempos próximos serão árduos para todos, e para o nosso Clube não será excepção, faz-me viver mais feliz. Afinal, com o Sporting Clube de Portugal sou(mos) todos muito mais felizes!