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Até sempre, Maria José Valério

Por Juvenal Carvalho
04 Mar, 2021

Minha querida Maria José Valério, numa confidência. Estou perto do momento de ser avô. E quanto quero com o meu neto cantar a nossa Marcha e gritar ‘Viva o Sporting’. Porque a marcha é de todos nós. Descanse em paz Leoa!

Existem notícias que se do ponto de vista pessoal não a queremos receber, por ter privado algumas vezes com a nossa Zezinha, como Sportinguista é como que um punhal no coração do nosso Leão a confirmação de tão triste momento.

Falar da morte de Maria José Valério é falar de uma perda irreparável para o universo Leonino, que dilacera, e que nos deixa atónitos e até incrédulos.

Independentemente da geração de cada um de nós, todos os Sportinguistas se curvam à figura da mulher de cabelo verde que respirava Sporting por todos os poros da pele, que entoava a Marcha do Sporting CP, aquela marcha que desde crianças, e transversalmente, desde os netos até aos avós, gritávamos a plenos pulmões ‘Viva o Sporting’ a cada entrada da nossa equipa em campo. 

A Marcha de Maria José Valério funcionava, e continuará para todo o sempre a funcionar, como uma espécie de “Bíblia Leonina”, para cada um de nós. Temos a letra decorada como se do hino nacional se tratasse.

No meu caso particular, recordo cada ida ao nosso estádio enquanto criança, nos tempos em que ainda pedia ao senhor que calhasse se podia entrar com ele no estádio, e desde o velhinho pião até à central, que era a palmas a compasso que recebíamos a nossa Marcha. Assim continuou até aos dias de hoje e seguramente assim continuará a ser para os vindouros

Para onde for, porque no coração de cada Sportinguista ficará eterna, a sempre nossa Maria José Valério irá continuar a cantar e a amar o Sporting CP. Continuará com aquele sorriso lindo a falar de Sporting, a tirar fotos com as pessoas que a abordavam, a espalhar aquele charme que lhe era tão peculiar.

A maldita COVID-19 levou a nossa Leoa, mas não levou as recordações e o respeito de quem se curva a uma Mulher que entrará na galeria dos imortais ao lado de tanta lenda que o nosso secular Sporting Clube de Portugal já viu partir, numa história imensa e de uma valia sem paralelo.

Minha querida Maria José Valério, numa confidência. Estou perto do momento de ser avô. E quanto quero com o meu neto cantar a nossa Marcha e gritar ‘Viva o Sporting’. Porque a marcha é de todos nós. Descanse em paz Leoa!

 

P.S. – Alfredo Quintana partiu jovem. Com ele partiu muito do andebol português, país onde se radicou muito cedo, e onde era um “monstro” na baliza do nosso rival FC Porto. Até sempre, Alfredo Quintana.