Um 25 de Abril de esperança
29 Abr, 2021
Com os pés assentes e com a convicção que será árduo este caminho que ainda falta, lutem e ganhem por nós, o Sporting Clube de Portugal merece. Sobretudo vocês merecem tanto
O título desta coluna de opinião não tem qualquer conotação de cariz político, nem é seguramente esse o meu propósito, para mais no jornal de um Clube, o nosso Sporting Clube Portugal, que pela sua imensa expressão humana, acolhe as mais diversas ideologias, raças e credos.
O 25 de Abril, neste ano de 2021, teve a particularidade, após 47 anos passados da data que marcou a revolução, de levar a nossa equipa de futebol a Braga, e de acima de tudo demonstrar uma “revolução” marcada por tanta garra, por tanta crença, por tanta vontade de ser feliz. Tudo isso foi, nesta data marcante, uma “revolução” com sangue, suor e lágrimas. Aos 17 minutos, numa daquelas coisas tão típicas de só acontecer ao Sporting CP, já jogávamos com dez, quando Gonçalo Inácio, assim a modos de cada tiro cada melro, fez duas faltas e levou dois amarelos. Não quero entrar no campo das críticas porque sim, mas que o rigor com que nos presenteiam está muito acima dos nossos rivais em compita, é por demais evidente, e só não o vê quem não quer. Mas se pensavam que o Leão ia ficar ferido de morte, eis que foi dado o mote do toca a reunir, naquilo que tem sido a imagem de marca desta equipa liderada por Rúben Amorim, o “pai” do tão conseguido #OndeVaiUmVãoTodos, e que tem um grupo de trabalho tão unido que ninguém pode acusar seja quem for de não lutar por cada bola como se fosse a última, e por cada jogo tendo como objectivo, e sob a lógica de três em três pontos a somar.
Foi pois, com uma vontade indómita, que para o fim estaria guardado o melhor momento, quando Matheus Nunes, aos 82 minutos, num pontapé cheio de convicção fez tremer as redes bracarenses e a cinco jogos do fim, manter o Leão na liderança e a acreditar que o sonho pode ser possível, com a convicção de que nada está ganho, mas com a certeza de que tudo o farão por isso, com uma crença feita de trabalho.
E se de trabalho falamos, o próximo jogo será frente ao Nacional da Madeira, e tem como data o dia 1 de Maio, o Dia Mundial do Trabalhador. Será pois mais uma jornada para vestir o fato‑macaco aludindo à data. Porque pese as ausências por castigo de Antonio Adán, Gonçalo Inácio e Tiago Tomás, numa coincidência, apenas mais uma com foros de tão curiosa como interessante, será novamente com aquilo que só os desta têmpera são feitos. E estes rapazes já provaram que são feitos de Sporting.
Chegados aqui, não preciso de pedir. É claro e notório que a cada jogo esta equipa quer ser feliz e fazer feliz a inúmera família Leonina, deixando a pele em campo.
Com os pés assentes e com a convicção que será árduo este caminho que ainda falta, lutem e ganhem por nós, o Sporting Clube de Portugal merece. Sobretudo vocês merecem tanto.