Em todos os momentos
07 Out, 2022
Numa semana em que tantos motivos tivemos para sorrir, não só no plano nacional, mas também internacional, com o basquetebol e o andebol a conseguirem o apuramento para a fase de grupos das competições europeias onde estão inseridos, com o râguebi feminino a conquistar a sua quarta Supertaça consecutiva, e ainda com o atletismo, nos dois géneros, a trazer para o Museu os títulos nacionais de estrada, os momentos menos bons também aconteceram. Isto do desporto tem coisas de difícil explicação. Claro que falo do jogo da Champions League em Marselha. Quando Trincão marcou cedo e Pote, pouco depois, poderia ter ampliado o marcador, estava no ar mais uma tarde que cairia para o Leão, mas eis que em pouco tempo, sendo isto um jogo colectivo onde os erros serão para serem assumidos por todos, Antonio Adán, um guarda-redes fantástico, e porque tenho memória lhe agradeço tanto, esteve num dia não. Foi até expulso ao minuto 23. Essa condição de ser humano e errar é intrínseca a todos. E ele é humano e um profissional de excelência. Que como humano jamais esquecerá este dia menos bom. Mas que terá que ser com o apoio de todos, como o fez, e com que propriedade, o nosso treinador ao afirmar na Conferência de Imprensa no pós-jogo 'não preciso dizer nada ao Adán, ele já nos salvou tantas vezes'. Afinal tem estado em várias conquistas com mãos de ferro. Estarei sempre ao lado dele, como aliás de todos os outros. Ser do Sporting é estar em todos os momentos. E afinal, mesmo com este percalço, ainda estamos na liderança do grupo ao virar para a segunda volta.
Logo, desistir é para os fracos. E desses não reza a história neste grupo de trabalho de Rúben Amorim. Quarta-feira estaremos todos unos e indivisíveis. Só assim podemos seguir em frente. E eu, acredito muito que vamos seguir.
Mas como referi na entrada desta coluna de opinião, o Sporting CP é mais do que futebol, e a Europa também se rendeu ao poderio do Leão. No basquetebol, na FIBA Europe CUP ao derrotar, respectivamente, os alemães do BG Göttingen (84-83) e os belgas do Antwerp Giants (98-85), assegurando a presença na fase de grupos, e no andebol, ao afastar os dinamarqueses do Bjerringbro-Silkeborg com um agregado nas duas mãos (61-55), também continuam em prova. Em breve entrarão em acção o futsal, o voleibol, o hóquei em patins e o ténis de mesa. O objetivo é aumentar o número de 42 conquistas. E porque somos Sporting Clube de Portugal, tudo o que não seja sonhar com isso é pensar pequeno. Afinal, o nosso ADN é o de conquistas. E são possíveis. Claro que são!
Para o fim deixo a modalidade colectiva e individual que mais conquistas deu ao nosso Clube. Claro que falo no atletismo. Se em jeito de rescaldo de uma época agora terminada, no feminino, da pista ao crosse, passando pela estrada, foi alcançado o pleno de conquistas, no masculino está, quero acreditar, para breve o regresso aos títulos na pista, este ano já esteve por um fio, sendo que no crosse só um erro vergonhoso da organização nos impediu de ser campeões nacionais, e na estrada fomos mesmo campeões no passado domingo.
Falar de atletismo é falar de toda uma história de conquistas. Como nenhum outro.