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Kit Jones deixou saudades

Por Juvenal Carvalho
18 maio, 2023

O norte-americano Kit Jones, chegado ao Sporting Clube de Portugal na época de 1971/1972 juntamente com o seu irmão, Jim Jones, segundo relatos que ouvi de muitos Sportinguistas que tiveram o privilégio de o ver jogar, o que não foi o meu caso, porque não tinha então idade que o permitisse, foi um jogador estratosférico. 

Daqueles que marcou uma época e que ainda hoje, nas tertúlias Leoninas mais antigas, recordam carregados de emoção toda aquela classe e virtuosismo de quem fazia a diferença em campo 

 O Kit, como o tratam os amigos, e eu tenho o privilégio de estar em permanente contacto com vários deles num grupo de whatsapp com o nome "Basketball", onde estão antigos companheiros de equipa como Carlos Sousa, Fernando Monteiro, Raul Castanheira, António Encarnação, António Ferro, Francisco Correia e Beto − que falta por lá faz o sempiterno Edgar Vital, é não só uma lenda viva do nosso basquetebol e do Sporting Clube de Portugal, como deixou indelevelmente marca humana. 

Tanta, que ainda há poucos dias atrás recebi um telefonema do Raul Castanheira, um seu colega de equipa, e uma pessoa de que gosto particularmente, que cheio de emoção iniciou a nossa conversa, dizendo-me que deve ao Sporting CP o momento que havia vivido no dia anterior. E que momento foi esse? Foi um momento protagonizado por António Encarnação, também ele um excelente jogador da época de Kit Jones, que vive nos EUA há muitos anos e que ao encontrar-se cinquenta anos depois com o Kit, haveria de proporcionar. Através de uma videochamada, o Encarnação provocou um sentimento único a mais jogadores daquele tempo. Recordaram velhos tempos, velhos momentos de jogo… recordaram sobretudo uma vivência ímpar.

A história decididamente não se apaga. A memória Leonina esteve ao rubro naquele momento único para todos. 

Passaram muitos anos no tempo, mas um denominador em comum existiu. A reciprocidade de um sentimento proporcionado pelo signo do Leão.  

O Sporting CP tem o condão de deixar marcas incríveis a quem por lá passou. Tantos casos existirão em todo semelhantes e em outras modalidades. Falo por experiência própria. É sempre com alegria que reencontro antigos dirigentes ou jogadores que envergaram o símbolo do Leão rampante. 

Foi, pois, um momento em família, neste caso em família Leonina, e quantas estórias eles terão recordado. Quantos momentos em campo e fora dele. Quanta saudade provocou este reencontro entre o Encarnação e o Kit, partilhado pelo advento das novas tecnologias. Sei que tem havido o cuidado de quem lidera as modalidades, de levar ao Pavilhão João Rocha velhas figuras do Clube, e em várias modalidades. E se o próximo reencontro fosse na nossa "casa". E se o Kit e o Encarnação viessem ao nosso "santuário" e assistissem a um jogo de basquetebol ao lado dos seus antigos companheiros de equipa. Seria épico, acredito!