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Depois do 'tri' venha o 'tetra'

Por Juvenal Carvalho
23 Jun, 2023

No momento em que escrevo este texto, porque optei por o fazer no cume da emoção via televisão, mas como se estivesse ao vivo a festejar com aqueles Leões colocados num dos topos do pavilhão do rival, e que foram completamente inexcedíveis uns autênticos heróis que estão sempre presentes, seja em que modalidade for, assisto à festa da entrega da taça de campeão nacional, que marcou o nosso 'tri' e com ele a conquista do décimo oitavo título do nosso historial.

Dizer que a palavra vitória é recorrente nesta modalidade, consubstanciado nos números, é dizer uma verdade completamente irrefutável. Tem até carácter de quase inevitável. Este título teve ainda a particularidade de ter sido conquistado no ano em que presenciei o mais genial golo desta modalidade − e já vi outros também fantásticos − da autoria de Zicky Té. O palco foi o Pavilhão João Rocha, no dia 17 de Junho de 2023, e o que todos vimos, até porque se tornou desde logo viral por todo o Mundo foi uma verdadeira obra prima do jovem e tão talentoso Leão, que deixou boquiabertos os adversários, e que fez explodir de alegria todos os Leões. Genial é pouco. Foi algo que é difícil definir. Majestático, talvez seja a melhor definição. 

Sob a liderança do "mestre" Nuno Dias − dele já disse por aqui, e não só, tudo o que haveria para dizer da sua incrível valia, e capitaneados pelo 'Rei Leão' João Matos − 39 títulos de Leão ao peito − esta conquista acabou por ser a cereja no topo do bolo de uma época que poderia ter sido ainda mais escrita a letras de ouro, já que na UEFA Futsal Champions League a "dupla" de arbitragem, de forma escandalosa, não quis ver um golo limpinho marcado já na fase derradeira do jogo da final, que nos dava o terceiro título europeu de clubes, e com isso não nos deixou ganhar em Palma de Maiorca, ante a equipa anfitriã. Um roubo, pois. 

Mas se o futsal foi campeão, agora fechados que estão os taipais desta época desportiva, mais tarde aqui farei um balanço da mesma, resta tirar ilações e melhorar o que correu menos bem. Uma coisa sei, e se gosto muito − gostamos todos − de ganhar, o Sporting CP esteve em todos os momentos altos e foi extraordinariamente competitivo nas modalidades de alta competição. No andebol perdemos o título por um simples golo, no hóquei em patins e no basquetebol estivemos nas finais do play-off. No voleibol chegados ao play-off do título ficámos em terceiro. Faltou-nos, pois, um pouco mais para sermos felizes. Não conseguimos o que queríamos, porque no Sporting CP queremos sempre mais... e o mais é ganhar, mas tenho a convicção que a época de 2023/2024, até porque confio em quem tem esse dossier, que já estará a ser definida, e a prioridade, essa, num clube como o nosso, não é o de apenas chegar às finais e ser vice-campeão nacional. Sabendo que só ganha um e que os rivais usufruem de fortes armas, o tempo é de preparar a próxima época.

Melhorar terá que ser o desígnio..., mas também aprender com o que correu menos bem, e extrair o que de positivo aconteceu. Porque mesmo quando não se ganha, nem tudo tem que estar obrigatoriamente mal. A fronteira do ganhar e do perder, muitas das vezes está nos detalhes. E esses, por isto ou por aquilo, e até, porque não, por factores anómalos à verdade desportiva, não caíram para o Sporting CP em algumas modalidades.

Agora é esperar que já amanhã seja a vez do ténis de mesa conquistar mais um título para o Museu. Até porque nesta modalidade a vitória surge como o respirar... é de forma natural.