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Marcus Edwards... 'à Maradona'!

Por Juvenal Carvalho
09 Nov, 2023

Sou um apaixonado por jogadores virtuosos, que também são por vezes tão incompreendidos. Logo, sou um incondicional fã de Marcus Edwards. Como anteriormente tinha sido, rebobino no tempo para recordar em criança os primeiros que idolatrei, por fazerem coisas maravilhosas, de um talento sem limites, Samuel Fraguito e Salif Keita. 

Também ao longo dos anos fui de vários outros, pela sua infindável capacidade técnica, de que destaco dos demais António Oliveira e Pedro Barbosa. 

Gosto mesmo dos fantasistas, aqueles que se diferenciam e que fazem literalmente o encanto dos apaixonados do futebol, deixando completamente arrebatados os que nos estádios, ou através da televisão, presenciam verdadeiras obras de arte com pinceladas de classe. Numa história de tantos talentos que o nosso clube tem tido ao longo da sua centenária história, dirão que me referi a poucos jogadores, daqueles que encantavam plateias. Claro que sim, mas estes, pelo virtuosismo, fascinaram-me tanto quanto as defesas de Vítor Damas, Ferenc Mészáros e Peter Schmeichel, ou as actuais de Antonio Adán, ou como os golos de Manuel Fernandes, Rui Jordão, Mário Jardel, ou os de agora de Viktor Gyökeres. Cada um no seu lugar. Cada um com a sua responsabilidade no relvado.

E obviamente que esta entrada do meu texto é para chegar a um momento. Mais concretamente ao minuto 71 do jogo de domingo passado frente ao Estrela da Amadora. Quando Marcus Edwards − qual Diego Armando Maradona, colou a bola ao seu pé esquerdo e driblou todos os adversários que tinha pela frente, anichando-a nas redes. O Estádio José Alvalade veio abaixo. Os 38.404 espectadores presentes jamais esquecerão o golo que viram fazer o prodigioso jogador britânico. O golo vai passar em todo o Mundo pela sua beleza. Marcus Edwards vai estar num mais do que merecido destaque. Um golo daqueles que apetece dizer: 'ufaaa… quanta classe'.

Claro que se não houvesse, como diz aquele velho ditado português, 'Alma até Almeida', e o colectivo não funcionasse, valendo uma vitória tão épica quanto sofrida, este golo valeria apenas pela nota artística. Mas não, valeu muito mais. Foi este aquele momento que abriu o caminho para a consumação da reviravolta que seria protagonizada pela cabeça de Paulinho poucos minutos depois.  

Mas seria injusto não falar da Onda Verde que perdura e que somos todos nós. Que passa para o relvado. Que não se deixa abater e incentiva nos momentos menos bons. Existe no ar um sentimento de partilha que augura algo de bom. Respira-se Sporting Clube de Portugal. 

E já hoje, em casa, ante os polacos do Raków, e no domingo, no reduto do eterno rival, temos que continuar unos e indivisíveis. Temos mesmo que ser uma muralha inexpugnável. Façamos nas bancadas a nossa parte. Lá dentro, com a nossa ajuda, jogamos todos, os rapazes que envergam o símbolo do Leão rampante, estou convicto que farão tudo, e de tudo, para nos deixarem felizes.

Em suma. Com ou sem génio. Com ou sem nota artística. Mas sobretudo com sangue, suor e lágrimas, façamos do que aí vem, para já no imediato, algo que nos orgulhe.

Com esforço, dedicação e devoção... a glória fica mais perto. 

Nós acreditamos em vocês!