Vitalidade
14 Dez, 2023
Também os clubes não se medem aos palmos. Aliás, não se medem aos títulos nem pela riqueza. Medem-se sim pelo número e pela variedade daqueles que lutaram para construir um clube à imagem dos seus valores. O Sporting Clube de Portugal é um clube centenário que se pode orgulhar de ter contado na sua História com o contributo de milhões de Associados, simpatizantes e adeptos que tudo fizeram para honrar os ideais da fundação. Sempre fomos o clube mais dinâmico do país e desde 1906 que, em torno do Sporting CP, se multiplicam iniciativas, grupos e projectos que, desinteressadamente, visam promover os ideais da educação pelo desporto e da superação de nós próprios, servindo o Sporting CP.
Uma das organizações que há mais tempo serve o Sporting CP é o Grupo Stromp. Desde 1962 que um conjunto de Sócios homenageia Francisco Stromp tomando de empréstimo o nome de uma das nossas maiores figuras. É que ninguém mais do que Francisco Stromp fez tanto pelo Sporting CP. Stromp foi jogador de futebol quando a modalidade ainda dava os primeiros passos. E foi treinador da equipa quando essa actividade ainda nem sequer existia. É por isso que muito honra o Sporting CP haver um grupo de Sócios que há mais de 60 anos homenageia a memória do nosso eterno Sócio n.º 3, número que nunca mais foi atribuído a nenhum Sócio.
Como é conhecido, desde 1963 que o Grupo Stromp atribui os famosos prémios Stromp que destacam atletas, equipas, técnicos, dirigentes, funcionários e tantos outros que vivem o Sporting CP intensamente. Sei que encontrarão nesta edição a lista dos premiados deste ano em cerimónia ocorrida na terça-feira pelo que não a repetirei aqui. Todos os anos nunca me deixo de impressionar com a perenidade do Grupo Stromp e com o seu amor ao Clube. Feliz é o Sporting CP por poder ter tantos e tão variados Sócios organizados de tantas maneiras para levar mais longe o Clube. É esta vitalidade que nos levará a durar pelos tempos adentro.
P.S: Não comentei o jogo da nossa equipa de futebol do fim-de-semana passado e não foi porque não o tivesse visto. Seria mesmo impossível até ao Sportinguista mais desinteressado não acompanhar o rumo dos acontecimentos na visita ao Vitória Sport Clube. Infelizmente, o jogo saiu danificado por um lance fácil de analisar e que o árbitro e o VAR não assinalaram. A verdade do jogo mandava que não houvesse penálti nenhum ao cair o pano da primeira parte e que o Vitória SC ficasse reduzido a dez jogadores, por ter havido uma simulação grosseira. Teria sido um outro jogo e uma outra segunda parte. Enquanto estas falhas graves persistirem, não é só o Sporting CP que perde (e, neste caso, veio mesmo a perder o jogo). São também as paixões que o futebol inflama, um dos desportos mais belos de sempre, que esmorecem um pouco. É por isso que tenho até alguma dificuldade em esmiuçar mais esta partida. Esperemos que no próximo jogo para o campeonato, um dos clássicos do futebol português contra o FC Porto, não aconteça nada nem sequer remotamente semelhante.