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Jogo a jogo...

Por Juvenal Carvalho
18 Jan, 2024

Podia aqui falar-vos do lado pouco transparente − para usar apenas um termo muito ligeiro, do futebol, sobretudo dizer mais sobre algo que de tão estafado já cansa. Direi mesmo que tresanda de tantas evidências. São Boa(s)ventura(s), Paulo Gonçalves, vouchers, etc... Como poderia falar também de um funcionário de outro clube que deve ser o único cidadão do planeta terra, sabe-se lá porquê, que não reconhece qualidades a Viktor Gyökeres, e vê nele um "malandro" que deveria ser quase sempre expulso.

Mas não, vou mesmo, porque é disso que gosto, falar de desporto e do futebol pela positiva. Falar do momento que o nosso Clube está a viver, que lhe permite terminar a primeira volta do campeonato na frente.

E nisso, incontestável e incontornavelmente muito do "dedo" é do "comandante" Rúben Amorim e também, para ser justo, de Hugo Viana e do presidente Frederico Varandas, e isto serve tanto para os bons como para os maus momentos. Que têm no seu grupo de trabalho um conjunto de homens que lutam por cada bola como se fosse a última. Que são como onze irmãos a cada jogo. Mesmo quando as coisas não estão a correr bem, por exemplo no jogo em Chaves na primeira parte existiu um domínio esmagador, e o desperdício acabaria por ser em catadupa, não desistiram, e já no dealbar desse período, por intermédio de Paulinho puseram-nos na frente. E se alguém pensava que isso poderia fazer abrandar a equipa, eis que cedo se perceberia que era muita a sede e primeiro por Francisco Trincão, com uma execução fantástica, e depois por Pedro Gonçalves, fazendo uma analogia com a alcunha deste último, a equipa iria ao pote. 

Na anterior coluna de opinião falei que o futebol é o momento. E que, como avisou Rúben Amorim na antevisão deste jogo, com a sua tão evidente sabedoria, nada está ganho e que até daqui a poucas semanas podemos estar menos bem. 

E claro que todos estamos cientes disso. Mas uma coisa é segura e admito que ninguém põe isso em causa. Para nos ganharem − a menos que factos anómalos aconteçam, num ano em que a presença na UEFA Champions League vale cerca de 100 milhões de euros, terão que ser melhores que nós. E isso, com esta atitude e valia, não será fácil. 

Outra enorme vitória, que valeu muito mais do que três pontos, direi até que teve foros de uma "goleada" que orgulha cada um de nós, e que pela auscultação do que fui lendo, caiu também fundo no coração de todos os desportistas, aconteceu logo na entrada em campo em Chaves, quando os jogadores do Sporting CP retiraram o seu casaco de treino para agasalhar, protegendo do imenso frio e da persistente chuva que caia, as crianças que com eles entraram em campo. Um gesto que enobrece muito a já de si tão nobre instituição que somos. Estas crianças jamais esquecerão este gesto. Os Sportinguistas estão profundamente agradecidos por esta atitude...'à Sporting'.

Agora, já hoje, e depois de termos mandado para lá do Marão, temos em Vizela mais uma das "17 finais" que faltam. Façam-nos felizes. Nós acreditamos em vocês!