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É nossa!

Por Juvenal Carvalho
16 maio, 2024

Domingo, 12 de Maio de 2024. Esta data será mais uma das muitas, e tantas elas são, desde 1906, que ficará registada a letras de ouro na majestática história do Sporting Clube de Portugal.

Foi a data em que consumámos a conquista da nossa 43.ª competição europeia de clubes, com a particularidade − feito inigualável − de o termos conseguido em sete modalidades diferentes.

Se dúvidas houvessem, acerca do grandioso palmarés do Sporting CP, os números falam por si. São grandiosos e à escala daquilo que os nossos fundadores nos quiseram desde logo. Grandes, tão grandes como os maiores da Europa.

Quando os ponteiros do relógio se aproximavam das 18h00, o Pavilhão Rosa Mota, na cidade do Porto, que estava pintado de verde-e-branco, bem como os milhares de Leões que assistiam via televisão, exultaram de alegria quando os nossos rapazes, orientados por Alejandro Domínguez, ergueram aquela que é a nossa quarta conquista da Liga dos Campeões Europeus em hóquei em patins, e a décima primeira nesta modalidade, contando com as três Taças dos Vencedores das Taças, duas Taças CERS e duas Taças Continental.

Naquele momento dos festejos e no meio de toda a euforia, recuei no tempo e recordei a primeira conquista em 1977, então a primeira que uma equipa portuguesa conseguia nesta competição.

Eram os tempos do "Dream Team", orientado pelo "mestre" Torcato Ferreira, composto por António Ramalhete, João Sobrinho, Chana e António Livramento, e ainda Carmelino, Jorge Alves, Garrido e Carlos Alberto. Velhos tempos em que a magia imperava. Em que ainda se jogavam em rinques a céu aberto. Lembro, como se fosse hoje, nesse trajecto, o jogo à chuva em Voltregá nas meias-finas. Verdadeiramente épico. Que momento único.

Passaram 47 anos e vieram mais três conquistas da Liga dos Campeões, entre as outras atrás mencionadas. No último domingo, a marca indelével do sucesso teve como protagonistas Ângelo Girão, Zé Diogo Macedo, Matias Platero, Henrique Magalhães, Ferran Font, Nolito Romero, Toni Pérez, Rafael Bessa, Facundo Bridge, João Souto e Alessandro Verona. Foram estes que juntaram história à tão já imensa história do nosso Sporting CP.

Somos um Clube ecléctico desde sempre e ganhador como poucos. No caso desta modalidade, ainda estamos na luta pelo Campeonato Nacional. E que ninguém acredite que estes Leões irão desistir de o conquistar, pese todos sabermos das dificuldades que encontraremos pela frente. E depois de ver a recepção aos campeões no Pavilhão João Rocha por parte dos Sportinguistas, será mesmo com todos juntos que almejamos mais.

Um orgulho ser do Sporting Clube de Portugal. Na tal sensação que não se consegue explicar, apenas se sente. Nesta e em outras modalidades, queremos mais. Mesmo sabendo-se que ninguém ganha em tudo, queremos sempre mais.