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Uma História de conquistas

Por Juvenal Carvalho
27 Jun, 2024

Falar do ténis de mesa do Sporting Clube de Portugal é falar tão simplesmente de uma hegemonia verdadeiramente avassaladora. Marcada, no final do passado sábado, no jogo com o GDCS Juncal, no culminar de uma época com vitórias em todos os jogos realizados nas competições nacionais e que trouxe não só o estatuto de Eneacampeões, como com ele a conquista do nosso 41.⁰ título de Campeão Nacional, a que juntamos mais 35 Taças de Portugal e 18 Supertaças.

Pessoalmente, comecei a ouvir falar, tanto no masculino como no feminino, em lendas desta modalidade dos tempos de antanho. E desde cedo, como aliás era recorrente em todas as modalidades, comecei a ser espectador assíduo da modalidade, desde o tempo da sala do ténis de mesa situada na bancada central do antigo estádio. Corriam os tempos de José Alvoeiro, José Marquês, José Barroso e Ivanoel Moreira, entre outros. Era ainda eu muito jovem. Os jogos, que acabavam quando se conseguisse cinco vitorias e os sets eram até aos 21 pontos acabavam invariavelmente madrugada dentro e eram realizados na sexta-feira à noite. 

Depois vieram os tempos dos rapazes da minha geração, também ela recheada de títulos. Pedro Miguel, Nuno Dias, João Portela e Rogério Alfar. A eles se juntaria um jovem chinês, de seu nome Chen Shi Chao, o "chinês voador", que encantava as plateias. Era mesmo arrebatador. Este então jovem, veio para ficar. É detentor de títulos atrás de títulos e tem feito uma carreira fantástica no nosso Clube, desde jogador a treinador. Ganhar, ou ganhar, é o seu lema. Têm sido gerações atrás de gerações que passam pelas suas mãos e que têm a conquista como nome do meio.

Apelidei-o, já por aqui, como o 'Senhor Ténis de Mesa'. Epíteto que lhe cai tão bem, até por ser da mais elementar justiça. 

Este ano foi "só" o 41.º título da nossa incomensurável História. Mas não irá ficar seguramente por aqui. Desta feita, os nossos heróis foram o quarteto composto por Diogo Carvalho, Diogo Chen, Diogo Silva e Bode Abiodun. Já em Setembro, com a disputa da Supertaça, o objectivo − irremediavelmente é sempre esse, é aumentar o número de conquistas de uma secção que só sabe ganhar, com a particularidade de quando também perdeu − poucas vezes nos aconteceu nos últimos anos − se preparou para voltar a ganhar.  

Mas se falei dos protagonistas, aqueles que são visíveis, não poderia deixar de falar naqueles que estão por detrás de tudo isto. De homens de uma dedicação extrema. Sei que irei esquecer alguns, isto de citar nomes tem esse risco, mas dos que me recordo como responsáveis máximos do departamento, destaco José Dias, o "pai" de tanto do que é a modalidade nos dias de hoje, quando então era dirigente no tempo do presidente João Rocha, de José Folga da Silva, de Joaquim Leão, de Adérito Ribeiro e do actual, e já com muitos anos de modalidade, o meu amigo Miguel Almeida.

Também não poderia deixar de falar no Estevão Correia, no Carlos Santos e no Gustavo Leite, também eles com uma vida dedicada à causa, sem outro interesse que não o de servir o Sporting Clube de Portugal. 

Dos jogadores aos treinadores, passando pelos dirigentes, a História desta modalidade está escrita. E é feita de conquistas! 

P.S – E porque o Sporting CP vive uma fase em que os ventos, neste caso também as ondas, nos correm de feição, parabéns à nossa surfista Teresa Bonvalot por se ter sagrado Pentacampeã Nacional.