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Mais do que uma vitória

Por Juvenal Carvalho
15 Ago, 2024

Se dúvidas ainda houvessem que o pedido de Rúben Amorim para que os Sportinguistas não abandonassem a equipa seria atendido, até porque esse não é o ADN do Sporting Clube de Portugal e porque somos da raça que nunca se vergará, a passada sexta-feira provou que será com todos juntos até ao fim, nos momentos bons, mas também e, sobretudo, nos maus, que o caminho será feito lado a lado. Unos e indivisíveis é o lema.

Foram 38.513 os presentes no jogo de abertura do Campeonato. Num ambiente 'à Sporting' estava dado o mote, desde que a plenos pulmões era entoado "O Mundo Sabe Que" para que o Leão quisesse muito virar uma página – que afinal foi só um jogo, menos positiva.

Garra, muita garra... Capacidade, muita capacidade, foi este o Sporting CP ante o Rio Ave FC. Dois "Potes" de ouro nos primeiros 26 minutos, o inicial à "ponta de lança" e o segundo num chapéu de execução sublime, deram uma vantagem que na primeira parte pecava por escassa. No segundo tempo foi de novo um Leão com muita garra e abnegação aquele que veio do balneário. Seria o inevitável Viktor Gyökeres, a quem alguns "paineleiros" da nossa praça ora o querem de saída, ora lhe inventam uma baixa produtividade, que haveria de fazer o 3-0 e "matar" definitivamente o jogo. Até ao fim, foi de domínio o cariz do jogo, mas já a chegar ao minuto 90, e contra a corrente, os vilacondenses reduziriam. Estava consumada a primeira vitória. Aquela que foi a primeira das 34 "finais" desta competição. A próxima é já no sábado, na Choupana. Esta, com o Rio Ave FC, foi, como disse o míster Rúben Amorim "mais do que uma vitória"

A semana que antecedeu este jogo não foi fácil. As teorias do caos estavam no ar. O que para uns, alguns media tudo abafam, para o Sporting CP inventam crises e desentendimentos entre os jogadores, pseudolesões graves e até quase ordens de prisão por conduta violenta. Eis os pobres de espírito com os microfones à frente. Com vários sotaques, mas com um denominador em comum, atacar sempre o nosso Clube.

E entroncando na tal teoria do caos, quero aqui expressar três palavras. A primeira para a Leoa Rita – tem a particularidade de ter o mesmo nome da minha filha – que infelizmente foi atingida pelos estilhaços de um vidro. A ela, o meu abraço Leonino e o desejo de rápidas melhoras.

A outra palavra, e não menos importante, vai para o "nosso" Nuno Santos. Um gesto irreflectido e infeliz de quem como ele vive tão intensamente todos os momentos, estando em jogo ou fora dele, como foi o caso, originou uma situação que o deixou triste e sobretudo preocupado com a saúde daquela jovem. Foi claramente irreflectido e de revolta por um momento menos bom. 

Aos que o crucificam – os puritanos, a palavra final. Sim, o Nuno Santos errou e já se retratou junto de quem devia. Da Rita e da sua família. Deixem-se de lançar veneno e de querer transformar um gesto irreflectido num acto quase criminoso. Quem nunca errou, que atire a primeira pedra. 

E muitos querem lançar verdadeiros pedregulhos. Os propósitos, sabemos nós bem aquilo que os move.

O que move os Sportinguistas e o Nuno Santos é outro. É o desejo da recuperação rápida da Rita. E para ela um pedido. Não desistas de lutar por ficares bem rapidamente e depois volta ao activo e fazer o que gostas. Que é apoiar o nosso Sporting CP. Contamos contigo. Força, Leoa!