Um Sarau inolvidável
19 Dez, 2024
No passado fim-de-semana, obrigado a estar recolhido do tempo frio por causa de uma gripe que sem anunciar me veio visitar, estive mais tempo colado em frente ao pequeno ecrã. E desfrutei. Desfrutei e sobretudo fiquei feliz por constatar mais uma vez aquilo que, sendo eu um apaixonado do futebol – tira-me por vezes até do sério, dei razão a um termo que tantas vezes utilizo, dizendo que o nosso Clube é muito mais do que uma modalidade, por mais importante que ela seja, e inequivocamente que o é. Somos mesmo um caso raro de eclectismo no panorama nacional e até internacional.
E foi através da Sporting TV que vi tudo o que fosse modalidade. Desde a vitória matinal do "meu" basquetebol, no sábado, passando à tarde pelo voleibol masculino, e terminando, pela noite, a ver a passagem do hóquei em patins aos quartos-de-final da WSE Cup. Para no domingo ter continuidade. Neste caso, a assistir a vitórias no feminino, tanto no futebol como no voleibol. Foi, por isso, um fim-de-semana farto em vitórias – não, não me esqueço da retoma das vitórias no futebol ante o Boavista FC e da garantia da manutenção da liderança.
Foi, por isso, de coração cheio que o canal 36 da minha operadora esteve ligado todo o fim-de-semana, com breves incursões pelos canais generalistas, para também saber, aqui ou ali, do Mundo em que vivo.
Mas além das vitórias, e tanto gosto tenho delas conseguir desfrutar, o exacerbar do meu Sportinguismo, e seguramente de cada um de vós que lêem estas linhas, foi sem dúvida a realização do Sarau de Natal do Sporting Clube de Portugal. O Pavilhão João Rocha foi palco de mais um espectáculo deslumbrante. Um espectáculo "à Sporting". Cheio de cor, de alegria e o corolário da demonstração plena da capacidade do trabalho dos professores que diariamente estão em Alvalade, para junto dos praticantes fazerem com que tudo aquilo a que assistimos seja possível.
Desde o professor Reis Pinto, algumas horas ganhei a falar com ele de Sporting, e onde estiver tão feliz estará a cada Sarau, até aos professores mais decanos e recentes, bem como toda a estrutura da secção de ginástica, toda a gente está de parabéns. Sem esquecer, é impossível, os milhares de atletas. De todas as idades, literalmente como na letra da Marcha de Maria José Valério, desde os netos até aos avós, numa demonstração cabal da grandiosidade do nosso Clube. Não sei se é porque estarei a ficar "cota", mas assumo que me comovi a ver tanta grandiosidade.
Se alguém tem dúvidas – acho que nem os mais exacerbados adeptos dos rivais as terão – da grandiosidade do Sporting CP este Sarau de Natal seguramente as retira.
Decididamente, aquilo a que assisti é a confirmação de que temos presente e, sobretudo, sem precisar de fazer qualquer tipo de futurologia, um futuro rampante.
Somos enormes. Termino, parafraseando Francisco Stromp: "Não é o Sporting que se orgulha do nosso valor. Nós é que nos devemos sentir honrados por ter esta camisola vestida". Só acrescento, sinais dos tempos, que esta camisola vestida se alargou a inúmeros campeões, em tantas modalidades. Sim, é um orgulho ser do Sporting CP.