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Um "filme" já muito visto

Por Juvenal Carvalho
13 Fev, 2025

Escrever sobre o clássico no Dragão sem falar daquele que foi o seu actor principal – sim, claro que me refiro a João Pinheiro, é como ir ao cinema com os filhos ou netos e não lhes comprar pipocas. 

E, porque chamei o cinema à colação, peço que me desculpem os cinéfilos por tão pouco abonatória comparação com a arte cinematográfica.  

Apesar de não ter ganho qualquer "Óscar" nesta categoria, foi ele o actor principal de uma longa-metragem que já com o pano a correr e as luzes a apagar, decidiu ser a figura principal, vá lá saber-se o porquê... 

Aquele que proeminentes "paineleiros" poluem os canais televisivos em certos canais em horários nobres e que falam do futebol com a mesma propriedade como o fariam sobre crochê, pesca desportiva ou ópera bufa, e ainda outras figuras, figurinhas, ou até figurões, algumas a quem chamam de comentadores, que falam de cátedra de tudo e de nada, principalmente de "nadas" e que o consideram o melhor árbitro português da actualidade – vá lá também saber-se porquê, tem um infinito "azar" quando apita o Sporting CP. 

Um "azar" tantas vezes repetido, que na passada sexta-feira não lhe permitiu – mais uma vez – ver um penálti do tamanho da Torre dos Clérigos aos 90+4', sobre Geovany Quenda, e na sequência da sua não marcação ainda ter procedido à expulsão de dois jogadores do Sporting, com a de Ousmande Diomande a ir mesmo para a galeria de qualquer programa televisivo dos apanhados, já que a encenação de Fábio Vieira foi digna de um qualquer filme western spaghetti.

Os dados estatísticos deste senhor nos jogos do Sporting CP que apita são trágico-cómicos. Com o rival do Norte apenas uma vitória em nove partidas disputadas, que esmiuçadas as razões davam para escrever, para um filme, um guião com várias páginas semelhantes às deste jogo. Neste infinito "azar", no total de jogos do nosso Clube com ele no apito, temos o "brilhante" desiderato de 48 por cento de vitórias. Vá lá, nem tudo é mau, podíamos ter apenas 47 por cento. Com isto tudo temos, mesmo que não tenhamos vontade, de ironizar.

Fazendo uma analogia com o apelido do senhor, muito usado por alturas do Natal, faço-lhe aqui deste "meu" espaço, um muito sentido pedido. Faça o favor de ter mais espírito natalício e sobretudo sensibilidade. Parece que o verde, não o do Minho, aquele tão lindo que preenche o espaço da região que o viu nascer, mas sim o do Sporting Clube de Portugal, lhe suscita invariavelmente um sentimento e um comportamento algo estranho. Perante este conjunto de factores, peço-lhe aqui humildemente deste espaço que garbosamente o Jornal Sporting me concede semanalmente, que deixe de arbitrar jogos do "meu" Clube. Acabava assim de vez com o "azar" que tem sucessivamente em cada jogo em que entra o símbolo do Leão. Ficaríamos mesmo todos muito gratos, creia o senhor. E também aliviados. 

Outro "Óscar", este no papel de artista secundário, vai para o homem do VAR. Não podia deixar de concluir este texto sem uma palavra a Tiago Martins. Ter-lhe passado, sentado no quentinho de uma sala cómoda e com o recurso a imagens de vários ângulos, uma grande penalidade, sem que lhe suscitasse pelo menos dúvidas, assim como não perceber a simulação de um jogador portista que levou à expulsão de um jogador do Sporting CP, é algo não só abjecto, como deixa qualquer pessoa mais sensata e honesta intelectualmente a pensar. 

E assim se vai desvirtuando a verdade desportiva, com este sucessivo "azar". Um "filme" que se repete ano após ano. Talvez seja tudo uma mera coincidência com os actores... ou nem por isso.

P.S – Parabéns ao atletismo e à nossa equipa feminina pela conquista de mais um Campeonato Nacional de pista coberta.