Seis finais, seis vitórias… e Aurélio!
10 Abr, 2025
CAMPEONATO NACIONAL I – Recebemos, na passada segunda-feira, o SC Braga que – de algumas jornadas a esta parte – vem disputando o terceiro lugar da nossa Liga e que é indiscutivelmente uma das grandes equipas portuguesas, com rendimento exponencial desde o início deste ano, após a denominada “janela de Inverno”. Jogo grande, portanto, no Estádio José Alvalade, que estava engalanado, a condizer com a importância da partida, ou seja, cheio de convictos Leões e com uma coreografia inicial de grande impacto e beleza. A partida começou de modo trepidante, dando sequência adequada ao modo feérico como a equipa do Sporting CP foi recebida, sendo que logo no início do jogo o estratosférico Gyökeres puxou de todos os seus atributos para desenvolver uma extraordinária cavalgada pela esquerda do ataque Leonino, entrando na área e marcando um golo soberbo através de um pontapé cheio de classe, intencionalidade, força e colocação. Tudo portentoso. Contudo, infelizmente, e por escassos três centímetros (verdadeiramente imperceptíveis no campo), o golo foi anulado por fora-de-jogo. Foi pena. É a lei, neste caso indubitavelmente numa das formas de aplicação máxima do brocado latino dura lex, sed lex! Continuámos a porfiar e ainda antes do quarto de hora de jogo, novamente e sempre por Gyökeres (verdadeiramente endiabrado na primeira meia-hora de jogo!), abrimos o marcador através da conversão de um livre directo à entrada da área. Foi um chuto magnífico, pleno de força, determinação e colocação. Certo é que a parte final da primeira parte, bem como o início da segunda, não foram tão bem conseguidos pela nossa equipa, que foi dando a iniciativa e controlo do jogo ao nosso adversário. Corolário desse modo mais afoito do SC Braga acabou por ser o golo do empate que vieram a obter, a três minutos do final do tempo regulamentar. E isso pese embora tenhamos antes tido várias oportunidades para marcar o segundo golo e acabar – a tempo – com a indecisão sobre o resultado da partida. Foi pena!
CAMPEONATO NACIONAL II – Resulta que, da conjugação de resultados desta 28.ª jornada do Campeonato, perdemos a liderança do mesmo, ocupando agora o segundo posto, a escassos dois pontos (equivalente, por exemplo, ao que possa decorrer de um empate do nosso rival e mais directo competidor) do primeiro lugar. Resulta também que o que temos de fazer é objectivo e fácil de enunciar: recuperar esse lugar que já foi nosso e que – para ganhar a Liga e alcançarmos o desejado “Bi” – queremos que venha a ser outra vez ocupado por nós! Para tal “só” precisamos de ganhar todos os nossos jogos até ao final do Campeonato. São “só” seis jogos que temos de resolver com seis vitórias, três em casa e três em jogos fora de portas. Vamos, pois, a isso! Seis finais, Seis vitórias! Com garra! Com vontade! Com ganas! Entretanto, porque pode ser importante, porque pode fazer a diferença, sublinhamos que mantemos o melhor ataque da prova e também a melhor diferença de golos entre marcados e sofridos. Força, equipa! Força, Sporting CP!
PIROTECNIA – Este verdadeiro cancro do futebol nacional voltou a atacar! Com efeito, quase aos 80 minutos de jogo, de modo completamente estúpido e inapropriado, numa fase em que o Clube pressionava e encostava o SC Braga à sua baliza, com o propósito de tentar alcançar o seu segundo golo (o da tranquilidade!), esta manifestação pestilenta resolveu – pela mão de uns quantos – actuar e dar um triste sinal de vida, prejudicando de modo manifesto o nosso Clube! Teremos, assim, um prejuízo pecuniário pela multa que será aplicada ao Sporting, tanto mais que o jogo teve de ser interrompido por evidente falta de visibilidade e condições para a prática de qualquer desporto. Teremos além disso um prejuízo também desportivo pois que a fase de empolgamento atacante em que nos encontrávamos foi abruptamente cortada pela inenarrável actuação dessa gente, que – assim e objectivamente – foi em socorro do SC Braga, permitindo que o mesmo respirasse, tranquilizasse e recuperasse nos minutos de interrupção de jogo que o árbitro teve de conceder. Gente desta é mesmo gente da qual o Sporting CP não precisa! É gente que prejudica em vez de apoiar o Clube! Fica, assim, a pergunta… até quando teremos de suportar estes comportamentos manifestamente atentatórios dos verdadeiros interesses do Sporting CP?
AURÉLIO PEREIRA – Morreu o nosso Aurélio! Chega-me a triste notícia já depois de escrita esta coluna…, mas ainda a tempo de aqui lhe prestar a minha homenagem! Tive a sorte de o conhecer, de o cumprimentar, de beneficiar da sua gentileza e educação. Do seu fino trato. Um Senhor! E sim, Aurélio Pereira foi mesmo um Senhor! E não, não digo isso por dizer, como mera palavra, digo porque é mesmo conteúdo, do verdadeiro, do que faz sentido, do que tem substância! Curvo-me, pois, perante a sua figura nestes momentos tristes, em recolhido sentir, com a memória na sua obra e no seu legado. Paz à sua alma! Obrigado, Aurélio!
Viva o Sporting Clube de Portugal!