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Português, Portugal

Projectos com ADN Sporting CP

Por Miguel Braga*
30 Set, 2021

“É tudo mérito delas que trabalham muito, tanto as mais novas como as mais velhas. (…) Ganhámos e se ganhamos, ganhamos todas juntas”, disse a treinadora Mariana Cabral.

Mais um feito da equipa liderada por Luís Magalhães a acrescentar ao regresso escrito a ouro da modalidade. Em Sines, o Sporting CP venceu o Imortal BC – finalista vencido da última edição da Taça de Portugal que está no nosso Museu - por 76-64, conquistando a primeira Supertaça de Basquetebol da História do Clube – nunca é demais recordar que em 2 anos, além desta Supertaça, esta equipa venceu um Campeonato Nacional e duas Taças de Portugal, com o pequeno grande detalhe de que liderávamos o campeonato interrompido pela pandemia. Regressando ao jogo, o mesmo foi complicado com uma entrada forte do Imortal BC. Porém, a magia Joshua Patton (MVP do jogo com 17 pontos), Micah Downs (17), Mike Fofana (13 pontos), Travante Williams (13 pontos) e companhia impôs a Lei do Leão. No final da partida, Luís Magalhães era um técnico satisfeito: “Atingimos o primeiro grande objectivo que era começar esta época como acabámos a última: a ganhar troféus”. No sábado, começa a defesa do título de Campeão Nacional frente à AD Ovarense, na Arena de Ovar.

Quem também não conseguiu conter a sua satisfação foi a treinadora Mariana Cabral, depois da expressiva vitória por 5-1, frente ao SL Benfica, em jogo a contar para a segunda jornada da primeira fase da Liga BPI. “É tudo mérito delas que trabalham muito, tanto as mais novas como as mais velhas. (…) Ganhámos e se ganhamos, ganhamos todas juntas”. Depois de vencer as rivais na Supertaça, ainda no final de Agosto, a equipa feminina do Sporting CP volta a demonstrar que é possível construir um projecto com o ADN Sporting com competência e dedicação, assente nos valores do Clube. Estas vitórias frente a um rival que investiu muito mais acrescentam responsabilidade e crença nelas próprias, na treinadora e na estrutura. A época está no seu início, mas os sinais são encorajadores. Sábado há nova prova de fogo frente ao SCU Torreense.

Este sábado, a equipa de Rúben Amorim desloca-se a Arouca, para enfrentar o recém-promovido clube local, com o objectivo de somar os três pontos da vitória. Para trás, está já o jogo a contar para a Liga Campeões, no Signal Iduna Park, frente ao Borussia Dortmund (1-0). Apesar da exibição personalizada, não conseguimos o nosso objectivo: “ninguém vai feliz para casa. (…), mas os rapazes estão de parabéns, no futuro seremos melhores. A equipa cresce a olhos vistos. Este jogo não retira mais/menos confiança na equipa, mostra aos jogadores que são capazes de melhor”. É com este apelo à fibra de cada um e de cabeça levantada que temos de dar resposta à altura dentro de campo. Até porque vem aí mais uma pausa FIFA – altura certamente para a equipa técnica trabalhar com a juventude do Clube e recuperar jogadores – e uma consequente sequência de jogos que requer a máxima força e concentração.

Ontem, 4.ªfeira, começou a Champions League do Goalball, onde as equipas feminina e masculina de goalball do Sporting CP vão defender os respectivos títulos europeus conquistados na última edição. Recorde-se que esta competição não se disputou no ano passado devido à pandemia. “Somos campeões em título, mas temos de respeitar todos os adversários”, afirmou Márcia Ferreira, treinadora e directora da modalidade. “Foi um ano e meio muito difícil para todos, sobretudo para estes atletas que, como sabemos, interagem através do toque e estiveram privados disso. Ainda assim, nós no Sporting CP conseguimos, com muito empenho e dedicação, trabalhar muito bem e preparar esta prova da melhor forma”. A todos, desejos de conquistas e superação.

Este sábado, também entramos em campo para lutar pela Supertaça de voleibol, frente ao SL Benfica. Depois de conquistado o Torneio Raça Vareira, no passado fim‐de‐semana, com vitórias frente ao SL Benfica (3‐1) e o SC Caldas (3-0), os Leões de Gersinho querem trazer o troféu para casa. Que a força e a determinação estejam com eles.

Editorial da edição n.º 3839 do Jornal Sporting

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Exemplos de ADN Sporting

Por Miguel Braga*
02 Set, 2021

“Há um projecto muito claro que passa por ter um ADN Sporting, como acontece no futebol masculino e em todas as modalidades do Clube”, afirmou Mariana Cabral

Comecemos pela vitória do fim-de-semana do futebol feminino. Consideradas o underdog da Supertaça, as pupilas de Mariana Cabral mostraram que as vitórias se constroem em campo e não no papel (páginas 12 a 17). Ainda para mais numa equipa que sofreu uma remodelação profunda em poucos meses. Mudou a treinadora – saiu Susana Cova e entrou Mariana Cabral, depois de vencer com a equipa B do Sporting CP o Campeonato Nacional da II Divisão de futebol feminino -, saíram 11 jogadoras e entraram sete caras novas, com um total de dez jogadoras da formação a fazerem parte do plantel que tem uma média de idades de 22,5 anos. Para este jogo, Mariana Cabral preparou a equipa longe dos olhos da ribalta e do adversário, com um total de seis jogos à porta fechada: “Na pré-época não mostrámos muita coisa, foi uma escolha nossa, pensar só em nós e não trazer coisas cá para fora, estamos a construir uma forma de jogar nova, de marcar, atacar, defender e não queríamos dar armas ao adversário”, afirmou na conferência de imprensa depois do jogo. “Há um projecto muito claro que passa por ter um ADN Sporting, como acontece no futebol masculino e em todas as modalidades do Clube”, finalizou. Para a história ficou a vitória por 0-2 frente ao SL Benfica, com golos de Brenda Perez e Joana Marchão.

Na formação, os nossos Leões tiveram resultados para todos os gostos (páginas 18 a 20), com destaque natural para a vitória dos sub-23, a contar para a Liga Revelação, frente à Belenenses SAD, por 5-2. Apesar da mão cheia de golos, os mesmos tiveram a assinatura de apenas dois jogadores: Miguel Menino (dois) e Nicolai Skoglund (três).

Roderick Townsend-Roberts é um nome a fixar (página 24). O norte-americano conquistou duas medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio: ouro no salto em altura, com direito a recorde do Mundo, e prata no salto em comprimento. O atleta Leonino sofreu danos permanentes nos nervos do braço direito e ombro ao nascer, mas nunca deixou de acreditar que seria um atleta de eleição. É da sua responsabilidade a quinta e sexta medalhas paralímpicas do Sporting CP.

Com 19 anos acabados de fazer, Nuno Mendes deixou o Sporting CP rumo ao PSG de Messi, Neymar, Sergio Ramos, Donnarumma, Wijnaldum e tantos mais (página 8). Aliás, será curioso perceber como o nosso Kandimba vai ser recebido pelo jogador holandês. Em Julho de 2019, em jogo de pré-época nos Estados Unidos contra o Liverpool, Nuno Mendes jogou pela primeira vez contra estrelas do futebol mundial. Em entrevista ao Record, no Verão de 2020, o jogador português confessou ser fã de alguns dos jogadores dos reds: “O primeiro jogador que vi foi Van Dijk. Ele é enorme, então mantive distância (risos), estava quase a tremer. Mas o que eu queria mesmo era a camisola do Wijnaldum e como não falo inglês muito bem, pedi a Bas Dost para falar com eles por mim. Não consegui a camisola, porque eles já tinham saído”. No Inverno desse ano, graças à proactividade da estrutura do Sporting CP, Nuno Mendes recebeu uma camisola autografada de Georginio Wijnaldum, então jogador do Liverpool FC, agradecendo o presente pelas redes sociais – e posando com orgulho a mesma para a fotografia. Nove meses depois vão ser colegas de equipa em Paris. As voltas que o mundo do futebol dá.

O lateral esquerdo, que está com a selecção nacional, é um jogador carregado de ADN Sporting. Entrou no reino do Leão criança com apenas 10 anos, sai pela porta maior, rumo a uma das maiores constelações de estrelas do futebol europeu. Na equipa principal, a sua história escreveu-se em três épocas e outros tantos títulos. Aos 17 anos fez a sua estreia, aos 18 foi Campeão Nacional e venceu a Taça da Liga, com 19 conquistou a Supertaça. “Saí, mas vou levar sempre o Sporting no meu coração”, afirmou o jogador na despedida do Clube. Por tudo o que fez, Nuno Mendes também tem lugar guardado no coração de todos os Sportinguistas.

Editorial da edição n.º 3835 do Jornal Sporting

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

A superação do Desporto

Por Miguel Braga*
19 Ago, 2021

Uma nota sobre estes nossos 15 atletas que se dividem entre três modalidades e por sete países diferentes: é uma honra para todos, o vosso Esforço e Dedicação ao desporto e à vida.

Começam já no próximo dia 24 de Agosto os Jogos Paralímpicos em Tóquio, naquela que é a maior representação Leonina de sempre (páginas 18 a 23), com um total de 15 atletas do Sporting CP a garantirem a presença na capital japonesa.

Na história da competição, o Sporting CP já conquistou quatro medalhas e volta a ter a ambição de alcançar o pódio para Portugal. "O nosso mantra interno sempre foi a superação e isso deu-me uma energia extra para agarrar este projecto". As palavras são de Márcia Ferreira, directora do departamento paralímpico e treinadora de goalball do Sporting CP, alguém que vive diariamente essa procura de superação, com devoção Leonina. Esta persistência faz parte do ADN do Clube e também de todos os nossos atletas paralímpicos. Uma última nota sobre estes nossos 15 atletas que se dividem entre três modalidades (tiro com arco, goalball e atletismo) e por sete países diferentes (Portugal, Brasil, Turquia, Israel, Lituânia, Estados Unidos da América e Marrocos): é uma honra para todos, o vosso esforço e dedicação ao Desporto e à Vida.

Também a equipa principal de futebol do Sporting CP passou, no último fim-de-semana, mais uma prova de superação ao vencer em Braga o Sporting local, mesmo reduzido a dez jogadores. Já muito se escreveu sobre a qualidade de jogo da equipa e dos golos de Jovane Cabral e Pedro Gonçalves (pode ler o resumo nas páginas 6, 7 e 9), sobre a análise de Rúben Amorim (página 8) e até sobre decisões da equipa de arbitragem liderada por Luís Godinho. Mas uma palavra para a força mental da equipa, que manteve as linhas e a concentração, mesmo depois do SC Braga se lançar desenfreadamente no ataque. De Adán a Tiago Tomás, todos os jogadores cumpriram a preceito as instruções do treinador. No final, a quinta vitória consecutiva do Sporting CP frente ao SC Braga.

Independentemente dos méritos da vitória, a mesma continua a valer apenas três pontos. E no próximo sábado temos novamente mais três pontos em disputa. Se é verdade que a Belenenses SAD ainda não venceu no início da Liga e perdeu dois jogos com o Sporting CP na pré-época, mais verdade será que quererá mudar o rumo da sua sorte frente ao campeão nacional. Trabalho e concentração absoluta são a receita da qual não podemos fugir.

Arrancaram também os jogos da formação, neste caso equipa B, sub-19 e sub-17 (páginas 12 e 13), nas equipas que são o viveiro de jogadores para a equipa A. Nesta edição do Jornal Sporting, aproveitamos também a ocasião para apresentar as nossas equipas de sub-23, sub-19 e sub-17 (páginas 14, 15 e 16), com um total de 71 jogadores. O crescimento e sucesso de cada um serão mais um passo na consagração da nossa formação e do modelo centrado no jogador.

Também o hóquei em patins voltou ao trabalho (página 24), com a responsabilidade sobre os ombros de ser não só campeão português, mas também campeão europeu. “Sabemos a responsabilidade que temos e o Clube que representamos. Nesta nova época vamos continuar

com os mesmos objectivos: ganhar sempre o próximo jogo. Há muito que temos esta mentalidade e é com esse mote que começamos a época”. As palavras são do grande Ângelo Girão. De assinalar ainda o regresso do Basquetebol (página 25) a trabalhar intensamente para o primeiro objectivo da época: a qualificação para a Basketball Champions League. É o regresso esperado dos nossos campeões.

Editorial da edição n.º 3833 do Jornal Sporting

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Orgulho dentro e fora de campo

Por Miguel Braga*
22 Jul, 2021

Ser Sportinguista é ver as futuras estrelas do desporto nacional a crescer, a conviver com os seus ídolos, a proporcionar a todos estes momentos que são a alma de um clube, a ligação entre modalidades, entre gerações de talento, entre os Sócios e adeptos

A época passada continua a encher de orgulho os Sportinguistas. Dezanove anos depois, a conquista do título de Campeão Nacional de futebol foi apenas um dos muitos troféus alcançados pelas equipas e atletas do Sporting CP.

Esta semana, sob o olhar atento do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, o Clube deu a conhecer os primeiros passos na requalificação da envolvência do Estádio José Alvalade e do Pavilhão João Rocha. Depois de cortada a fita de ocasião, o presidente do Sporting CP deu, literalmente, o tiro de partida para a inauguração da pista verde de tartan que agora circunda parte do Estádio: deu-se, assim, o arranque para uma nova fase na vida do Clube. A corrida de cada um daqueles jovens esteve carregada de simbolismo, de História, de um legado que já teve muitas caras e que terá, no futuro, com certeza, muitas mais. Mas de todas estas caras, há sempre uma que se destaca, pela devoção e dedicação ao desporto e ao Sporting CP - falo, claro, do professor Moniz Pereira.

Ainda em plena pista, a manhã foi surpreendida pelos saltos e precisão dos atletas da ginástica do Sporting CP, com uma demonstração de trampolim e, mais uma vez, com o orgulho de ser e sentir Sporting CP. Estava feita a ligação com o novo campo de street basket onde, mais uma vez, se juntaram atletas da equipa principal do basquetebol do Sporting CP com os miúdos da formação. Ser Sportinguista é também apreciar estes momentos, é ver as futuras estrelas do desporto nacional a crescer, a conviver com os seus ídolos, a proporcionar a todos estes momentos que são a alma de um clube, a ligação entre modalidades, entre gerações de talento, entre os Sócios e adeptos e os atletas.

A transformação da envolvência do Estádio José Alvalade só nos pode deixar orgulhosos. Vivemos ainda em tempos diferentes, onde as pessoas foram obrigadas a estar fora dos estádios, excluídas por força das circunstâncias de assistir ao chamado espectáculo desportivo – seja em estádios ou pavilhões. Esta é também uma forma de dizer que queremos o regresso do público, os nossos atletas também o desejam, de sentir a força da massa adepta, de sentir o apoio, de ouvir a viva-voz “Sporting, Sporting, Sporting”.

Se a envolvência já pode ser experienciada por cada um, falta ainda saber qual será a decisão do Governo relativamente ao regresso dos adeptos às bancadas. Do nosso lado, a certeza de que a mudança será efectiva, fora e dentro do Estádio. Na terça-feira, a garantia foi dada por Frederico Varandas: “até final da época desportiva teremos todas as cadeiras do estádio de Alvalade remodeladas”, o que neste caso em particular se traduz em cadeiras verdes por todo o Estádio. Ainda nos próximos dias abre portas a esperada Megastore Sporting. O futuro também se escreve no presente.

 

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

A continuação de uma caminhada

Por Sporting CP
15 Jul, 2021

Rúben Amorim tem à sua disposição um total de 32 jogadores (ainda sem contar com Coates e Plata). Desses mais de trinta atletas, 19 fizeram a sua formação no Clube. Em números redondos, estamos a falar de 60% do plantel da pré-temporada.

 

O arranque para a nova temporada começou em casa, na Academia Cristiano Ronaldo, em Alcochete, a ritmo elevado. Agora, o plantel do Sporting CP trabalha às ordens de Rúben Amorim em Lagos, no Algarve, onde ficará até dia 21 (páginas 6 e 7).

Ainda sem o capitão Coates e Gonzalo Plata – de regresso nos próximos dias após participação na Copa América pelas respectivas selecções -, mas já com os nossos três jogadores presentes no Euro 2020 jogado em 2021, o treinador tem à sua disposição um total de 32 jogadores. Desses mais de trinta atletas, 19 fizeram a sua formação no Clube. Em números redondos, estamos a falar de 60% do plantel da pré-temporada. Sabendo de antemão que o plantel será ainda reduzido, esta é a altura de todos se mostrarem ao treinador, este é o timing para dar provas, de superação individual em nome do bem comum.

Até ao momento, os reforços mais sonantes são os laterais Ricardo Esgaio e Rúben Vinagre (página 5). Mas há mais jogadores a querer mostrar serviço, prova que em todas as posições vemos futuro no Sporting CP. Diego Callai, Flávio Nazinho, Gonçalo Esteves, Dário Essugo, Tiago Ferreira, Geny Catamo e Joelson Fernandes são exemplos disso mesmo. Há muita esperança Leonina em cada um destes jogadores e só trabalho e mais trabalho poderão permitir que dêem o salto que todos desejamos. O futuro será escrito por cada um à sua maneira.

Nas páginas 8 e 9, o percurso da equipa para época a 2020/2021, um caminho que devemos fazer em conjunto, incentivando, apoiando, acreditando numa estrutura, numa equipa, num projecto que já deu frutos e que espera continuar a dar alegrias aos milhões de Sportinguistas espalhados pelo Mundo. Uma das armas para esta luta é, sem dúvida, Jovane Cabral, para quem “jogar na Liga dos Campeões é um sonho de criança”. Em entrevista ao Jornal Sporting, o jogador afirma acreditar que o Sporting CP fará “uma boa temporada”. Para ler nas páginas 10 e 11.

Outra entrevista que merece leitura atenta está nas páginas 16 e 17. Carlos Carneiro, antigo jogador internacional português, é o novo director do Andebol e explica o que pretende para a modalidade, afirmando que “não podia rejeitar a oportunidade de fazer algo importante no andebol do Sporting CP”. O arranque da temporada está marcado para o próximo dia 26.

Destaque também para a apresentação do projecto da Academia de hóquei em patins: “queremos alargar a base e Lisboa faz-nos voltar aos anos 70, 80 e 90, quando tínhamos a melhor escola de patinagem e hóquei em patins em Portugal. É a melhor notícia que podemos dar aos Sportinguistas”, afirmou Gilberto Borges, director da modalidade. Alguns pormenores na página 18.

Damos ainda a conhecer mais alguns dos nossos atletas que vão marcar presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Eu Sou Olímpico apresenta Irina Rodrigues (lançamento do disco), Sara Catarina Ribeiro (maratona), Salvador Gordo (natação) e Teresa Bonvalot (surf) nas páginas 22 a 25. A todos, desejos de sucesso.

Editorial da edição n.º 3828 do Jornal Sporting

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Escrever a história a ouro

Por Miguel Braga*
08 Jul, 2021

A equipa feminina de atletismo do Sporting CP é campeã nacional de clubes ao ar livre, título revalidado, o 11.º consecutivo e o 51.º da história do Clube, um registo simplesmente esmagador.

É o domínio total da modalidade no feminino, um feito que orgulha qualquer coração verde e branco. A equipa feminina de atletismo do Sporting CP é campeã nacional de clubes ao ar livre, título revalidado, o 11.º consecutivo e o 51.º da história do Clube, um registo simplesmente esmagador. Em Guimarães, na Pista de Atletismo Gémeos Castro, as Leoas voltaram a mostrar a sua raça: “Sabe a muito trabalho, a muita luta e dedicação. São 11 anos a conquistar sempre este título, é preciso ser muito persistente e é uma honra representar esta equipa, porque se entrega sempre de corpo e alma”, afirmou Sara Moreira, atleta responsável por subir ao pódio para receber o título colectivo feminino (páginas 14 e 15).

Quem também sempre se dedicou de corpo e alma ao Sporting CP, foi o espanhol Pedro Gil, que se despede do Clube em entrevista ao Jornal Sporting (páginas 20 e 21): “é o melhor pavilhão onde joguei em toda a minha carreira. Jogar lá é maravilhoso por toda a envolvência, pela beleza do pavilhão e pela pista em si. Não há melhor rinque do que o do PJR. Vou ter muitas saudades”. De leão ao peito, Pedro Gil conquistou dois Campeonatos Nacionais, duas Ligas Europeias, duas Elite Cups e uma Taça Continental. Ao homem e ao atleta, o nosso sincero obrigado.

É também com gratidão que falamos nesta edição em mais uma Lenda do Sporting CP: o extremo João Cruz (páginas 3 e 4), avançado rápido e finalizador que marcou 144 golos em 278 jogos pelo Clube. Na década de 1940/1941 fez o seu jogo de sonho na final da Taça de Portugal, marcando 3 golos em 60 minutos. O Sporting CP venceu a equipa de “Os Belenenses” por 4-1, com o resultado a ser confirmado por Peyroteo, conquistando assim a dobradinha nessa época. João Cruz acabaria por sair em 1947 depois de se sagrar campeão nacional e com a ascensão do Violino Albano.

Aos 28 anos, Ricardo Esgaio regressa ao Clube pela porta grande (página 6) e promete a entrega de sempre, garantindo também que já está noutro patamar: “estou mais maduro, sei lidar com o jogo e com a pressão”. Nas redes sociais, vários jogadores, actuais e passados, de Porro a Bruno Fernandes, passando por Paulinho ou Jovane Cabral, desejaram toda a sorte do mundo ao lateral: “que coisa linda. Bem-vindo de volta, meu jogador".

Nos últimos dias, Esgaio já foi presença na Academia Cristiano Ronaldo às ordens de Rúben Amorim, tendo inclusivamente marcado um golo no jogo de treino frente ao Casa Pia AC (página 7). Dentro de momentos, segue-se o estágio no Algarve.

Destaque também para a série Eu Sou Olímpico (páginas 22 a 24) e para mais três atletas Leoninos que vão estar presentes em Tóquio, em representação do país, nos próximos Jogos Olímpicos: o trampolinista Diogo Abreu, a agora maratonista Carla Salomé Rocha e o atleta do triplo salto, Tiago Pereira. A todos, desejos de superação individual e de glória. A acção começa já a 23 de Julho.

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

No caminho para os próximos 115 anos

Por Miguel Braga*
01 Jul, 2021

1906 foi o ano onde tudo isto aconteceu. Mas sobretudo nasceu o Clube que nos faz sonhar

E tudo começou em 1906.

No mesmo ano em que nasceu o último imperador na China, o filósofo matemático Gödel, a inconfundível e multifacetada Josephine Baker, ou em território nacional, Agostinho da Silva, Humberto Delgado e Marcello Caetano.

1906 foi também o ano do grande sismo de São Francisco (magnitude de 8.0 na Escala de Richter), da primeira transmissão radiofónica do mundo, nos Estados Unidos, da extinção do periquito das Seychelles e foi a primeira vez que um italiano (Giosuè Carducci) venceu o Prémio Nobel da Literatura.

Já em Maio de 1906, João Franco foi nomeado chefe de governo, depois da queda de Hintze Ribeiro e em Novembro os Republicanos venceram as eleições para a Câmara de Lisboa, elegendo inclusivamente todos os seus candidatos.

Este foi também o ano em que as finlandesas foram as primeiras mulheres na Europa a ter o direito de votar e as primeiras no mundo que puderam apresentar-se a eleições como candidatas.

1906 foi um ano importante para a música, ao ser fabricado pela primeira vez o gira-discos de vitrola pela Victor Talking Machine Company. E neste ano, o explorador norueguês Roald Amundsen conseguiu realizar a travessia noroeste do oceano Árctico e o mundo perdeu um dos seus grandes artistas, o pintor Paul Cézanne.

De volta a Portugal, 1906 ficou também marcado pela apreensão por parte das autoridades, do jornal humorístico “A Paródia”, fundado por Bordalo Pinheiro, por tecer duras críticas ao governo de Luciano de Castro, do Partido Progressista. E não foi caso único: os jornais “Novidades” e “O Liberal” também sofreram da mesma sorte.

Foi neste ano que a Suécia adoptou a sua bandeira actual, a cruz amarela sobre o fundo azul e também foi o ano em que correram pelo mundo histórias do combate entre George Hackenschmidt e Ahmed Madrali.

Em 1906 a Rolls-Royce lançou o Silver Ghost, considerado o carro mais valioso do mundo. 
1906 foi o ano onde tudo isto aconteceu. Mas sobretudo nasceu o Clube que nos faz sonhar e cujo fundador deixou expresso o desejo e a visão: “Queremos que o Sporting seja um grande Clube, tão grande como os maiores da Europa”. Que assim seja também durante os próximos 115 anos.

Parabéns, Sporting CP, parabéns a todos os Sportinguistas.


* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Os Olímpicos como Meta

Por Miguel Braga*
11 Jun, 2021

A primeira medalha de ouro, como se sabe, foi conquistada por uma das maiores lendas do desporto português, atleta do Sporting CP e actual director do atletismo do Clube, Carlos Lopes

Desde o início do século XX que Portugal participa nos Jogos Olímpicos. A primeira vez remonta a 1912, na Escandinávia, fomos o décimo terceiro país a aderir ao Movimento Olímpico – três anos depois de ter sido criado o Comité Olímpico de Portugal e do mesmo ter sido reconhecido pelo COI. Somos, inclusivamente, o 18.º país mais assíduo naquela que é a competição mais emblemática do desporto mundial.

A missão olímpica portuguesa teve início em 1912 e nos 109 anos seguintes, Portugal participou em todas as edições dos Jogos Olímpicos até à data e conquistou um total de 24 medalhas. A primeira medalha de ouro, como se sabe, foi conquistada por uma das maiores lendas do desporto português, atleta do Sporting CP e actual director do atletismo do Clube, Carlos Lopes. Aquela tarde quente em Los Angeles ficará marcada para sempre na memória de mais uma geração. Aliás, Lopes é um dos únicos quatro portugueses que se pode orgulhar de ser duplo medalhado nos Jogos Olímpicos (ouro em Los Angeles, 1984 e prata em Montreal em 1976), juntamente com Rosa Mota (ouro em 1998 e bronze em 1984), Fernanda Ribeiro (ouro em 1996 e bronze em 2000) e Luís Mena e Silva (duas vezes bronze, em 1936 e 1948).

Nas páginas 18 a 23 damos a conhecer os nossos atletas olímpicos e aqueles que estão a trabalhar afincadamente para fazer parte deste grupo de atletas de eleição. Como curiosidade, a estreia nacional nos Jogos Olímpicos de Inverno aconteceu apenas em 1952 e nem sempre somos presença assídua – apenas seis participações desde então, sendo que o melhor lugar de sempre foi conquistado por Mafalda Queiroz Pereira em 1998, no esqui acrobático, na 21.ª posição.

Nesta edição do Jornal Sporting, destaque também para mais uma conquista do nosso ténis de mesa, páginas 14 e 15 e poster na página seguinte. “Os nossos jogadores deram tudo e tiveram atitude!”, disse Chen Shi Chao, um dos grandes responsáveis por mais uma vitória, a sexta vez consecutiva que o Sporting CP ganha o título – este foi também o 38.º Campeonato Nacional na modalidade, reforçando a hegemonia Leonina.

No futebol, o segundo lugar conquistado pela equipa B soube a vitória, já que esta foi a melhor classificação de uma equipa secundária do Sporting CP no terceiro escalão nacional, permitiu o acesso à recém‑criada Liga 3 e provou que a estratégia do Clube foi a correcta – já que o regresso da equipa B foi antecipado um ano e a construção do plantel não implicou qualquer contratação. O balanço nas páginas 6 e 7.

Depois do fecho da edição, Sporting CP e SL Benfica defrontam‑se no jogo 3 do play‑off que vai consagrar, este ano, o campeão de futsal. Os dois primeiros jogos – uma vitória e uma derrota para os pupilos de Nuno Dias – ficaram marcados por uma permissividade das equipas de arbitragem à agressividade da equipa adversária. Esperemos que o campo não ganhe tendência para se inclinar sempre para o mesmo lado.


Editorial da edição n.º 3823 do Jornal Sporting
* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Segundos que decidem um título

Por Miguel Braga*
04 Jun, 2021

(...) O norte‑americano fez o derradeiro lançamento, mas há todo um grupo de pessoas que está de parabéns, que sabe, melhor do que ninguém, o caminho percorrido para chegar até aqui

Uma das belezas do Desporto são as vitórias arrancadas a ferros. Aquele último esforço, aqueles últimos segundos de uma competição, que decidem pontos, jogos, vitórias e, por vezes, campeonatos. Como exemplo poderíamos falar do corredor que ultrapassa o adversário nos últimos metros por 0,05 segundos, daquele que salta mais um centímetro do que o outro na derradeira tentativa, do golo de Miguel Garcia contra o Az Alkmaar ou dos cinco segundos finais do último jogo do Campeonato Nacional de basquetebol, também conhecido por Liga Placard, que colocou frente‑a‑frente o Sporting CP e o FC Porto. Uma jogada defensiva para evitar a derrota acabou em falta atacante evidente e inequívoca sobre Micah Downs. O norte‑americano fez o derradeiro lançamento, mas há todo um grupo de pessoas que está de parabéns, que sabe, melhor do que ninguém, o caminho percorrido para chegar até aqui. A entrevista no pós‑jogo a Miguel Afonso é uma belíssima explicação do que é um projecto, uma fé, um amor e dedicação ímpares ao Clube, de um todo, staff oficial e não só, de Luís Magalhães, de José Tavares, de António Paulo e Flávio Nascimento, de Travante a Diogo Ventura, de João Fernandes a James Ellisor, a todos os jogadores, ao Edgar e ao Juvenal, a todos os que acompanham no Pavilhão João Rocha o dia‑a‑dia da equipa, a todos os adeptos que ao longe continuaram a apoiar e aos que festejaram in loco mais uma vitória para a história Leonina.

Mas o Desporto tem sempre os dois lados da medalha, quem ganha e, inevitavelmente, quem perde. Este ano de 2021 revelou um mau perder transversal do FC Porto assente numa narrativa bélica contra as arbitragens, pressionando e condicionando o futuro, seja dentro ou fora de campo, nesta e noutras modalidades. Ao longo do ano futebolístico essa foi uma das formas de agir e os exemplos são conhecidos por todos. Porém, não se limitaram à Liga NOS ou à Taça da Liga.

Veja‑se a equipa B do FC Porto: em Janeiro era “a nossa equipa bem pode queixar‑se, mais uma vez, dos erros alheios que determinaram a perda de pontos. Foi mais do mesmo”; em Fevereiro: “Estão a brincar com o trabalho dos jogadores, treinadores e staff. Foi um golpe duro, ninguém percebeu a expulsão, só o árbitro percebeu”; em Março: “Não são os adversários que têm tirado pontos ao FC Porto B, têm sido os árbitros”; em Abril, a culpa recaía numa “decisão muito polémica da equipa de arbitragem”.

Também a final da Liga Europeia de hóquei em patins ficou marcada por declarações do mesmo género. “Ainda não foi desta que o FC Porto voltou a conquistar a Liga Europeia de hóquei em patins. Na final disputada no Pavilhão Gimnodesportivo do Luso, os Dragões perderam diante do Sporting por 4‑3, após prolongamento, mas o trabalho da equipa de arbitragem espanhola teve muito que se lhe diga”. Todas estas citações ou são de responsáveis, jogadores, newsletters ou afins das equipas azuis e brancas.

Regressando ao basquetebol, não bastaram as imagens dos pontapés às cadeiras, não bastou danificar o troféu do vencedor ou rodear o árbitro – será que estes actos vão ter consequências à altura? De “foi das maiores roubalheiras a que assisti. Uma roubalheira monumental”, a “foi a maior vergonha que vi em toda a minha vida! Peço desculpa a todos os que gostam de basket e de desporto pelo que acabaram de assistir! Hoje gozaram connosco e com o trabalho de uma época inteira”, ou “foi um título sonegado às claras num resultado fortemente influenciado pelo árbitro Carlos Santos”, de tudo se queixaram os azuis e brancos, ameaçando até, imagine‑se, abandonar a modalidade. A forma e o conteúdo são o mesmo e é transversal. A culpa, se não ganham, é sempre das arbitragens. Mérito dos outros é que não.


* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Uma edição para mais tarde recordar

Por Miguel Braga*
27 maio, 2021

Em toda a Liga NOS, o Sporting CP conseguiu a proeza de ter mais 27 cartões amarelos do que o FC Porto, e isto apesar de ter feito menos 14 faltas. É muita cirurgia para um só clube

Terminada a Liga NOS, é altura de balanços, de olhar para o que foi conquistado nestes 34 jogos e de fazer um resumo dos números do Campeão. E é isso mesmo que nos propomos fazer nesta edição do Jornal Sporting – páginas 6 a 11 –, recordando dados estatísticos, frases marcantes do treinador ou pormenores que, dentro de campo, acabaram por garantir os 85 pontos do Campeão Nacional de futebol.

Um dia depois de acabar a Liga NOS, o Sporting CP foi recebido por Fernando Medina na Câmara Municipal de Lisboa (CML). Recordemos algumas palavras do presidente Frederico Varandas: “para uns, não venceram porque foram o único clube do Mundo a ter COVID-19, outro porque teve apenas 16 penáltis. Mas eles sabem, todos sabem, que o Sporting CP foi o clube mais competente”. E apesar de toda essa competência – mais pontos, menos golos sofridos, apenas uma derrota e já depois de conquistado o título, melhor diferença de golos ex aequo com FC Porto – há outros números da Liga que devemos ter presentes na memória.

Além dos penáltis referidos pelo presidente – nunca é tarde para recordar que sozinho, FC Porto teve mais pontapés de penálti a favor do que Sporting CP, SL Benfica e SC Braga juntos – há outros dados que apontam para a pressão incessante que a norte se faz aos homens da arbitragem, aos adversários, a tudo o que não vista azul e branco no futebol português.

Assim, e olhando para os três grandes do futebol português, finda a Liga e os seus 34 jogos, o Sporting CP fez 520 faltas, o FC Porto 534 e o SL Benfica 513, deixando assim as equipas com médias muito idênticas de faltas assinaladas por jogo: 15,3, 15,7 e 15,1, respectivamente. Por outro lado, o equilíbrio é desfeito quando contabilizamos os cartões amarelos mostrados às três equipas: o Sporting CP acabou com um total de 89 amarelos, o FC Porto com 62, o SL Benfica com 81. Mais uma vez, e para se perceber as diferenças: a média para o Sporting CP é de 2,6 amarelos/jogo, para o FC Porto apenas de 1,8, para o SL Benfica de 2,4. Ou dito de outra forma, o Sporting CP é brindado com um cartão amarelo ao fazer 5,84 faltas, o FC Porto ao fazer 8,61 e o SL Benfica 6,33.

Ou seja, em toda a Liga NOS, o Sporting CP conseguiu a proeza de ter mais 27 cartões amarelos do que o FC Porto, e isto apesar de ter feito menos 14 faltas. É muita cirurgia para um só clube. Dito de outra forma, o FC Porto precisou de fazer quase 50% mais faltas para levar um cartão amarelo do que o Sporting CP – 47,5% mais faltas, para ser preciso. Se juntarmos a totalidade dos cartões, a conclusão é que o FC Porto foi, ao longo da última época, a equipa mais bem-comportada dentro de campo, vencendo assim o prémio fair play – neste capítulo, o FC Porto foi a equipa com menos cartões e o SL Benfica a única que chegou ao final dos 34 jogos sem qualquer cartão vermelho. Ainda na disciplina, Fábio Pacheco e Otamendi foram os jogadores mais amarelados, com 13 cartões amarelos cada, sendo que nas épocas anteriores em que jogou em Portugal pelo FC Porto, o máximo que o internacional argentino conseguiu foram oito cartões/época.

Também nos treinadores, o destaque vai para a equipa fair play da Liga: Sérgio Conceição foi o mais indisciplinado com seis amarelos, três cartões vermelhos directos e mais um por acumulação. O último vermelho directo, recorde-se, deu direito a uma suspensão de 21 dias, castigo entretanto suspenso por alegadamente ser contrário ao direito de liberdade de expressão. E não, não estamos no capítulo da ficção.

Junte-se a estes episódios as várias declarações dos responsáveis máximos do FC Porto sobre a arbitragem, as cenas da entourage azul e branca em Moreira de Cónegos ou o comportamento no pós-jogo entre FC Porto e Sporting CP que valeu a condenação pública do Sindicato de Jornalista e do CNID (Associação dos Jornalista de Desporto). Recordemos, mais uma vez, o que disseram uns e outros. Segundo o Sindicato, “o jornalista do site zerozero.pt foi tratado com pouca elegância por parte do treinador do FC Porto na conferência de imprensa após o jogo e depois insultado repetidamente pelo assessor de imprensa”; e concluiu o CNID: “a tolerância e o respeito são pilares da sociedade democrática e de um desporto são. No desporto, ser mais forte nunca deve ser sinónimo de ser mais bruto”.

No desporto e na vida, não pode valer tudo para atingir os nossos objectivos e sobre a temática, o presidente do Sporting CP foi bastante claro no seu discurso na CML: “Quando acordamos e vemos mais notícias de suspeição, de corrupção, esta vitória para nós é uma luz ao fundo do túnel. E é acima de tudo um alento e uma esperança para muita gente. Hoje é um daqueles dias em que os avós podem chegar a casa e dizer aos netos que os do bem também têm força, também têm coragem, também têm resiliência e, sobretudo, também ganham. Hoje é o dia em que netos, filhos e pais podem dizer que se vence e que é possível vencer sem abdicar da honra, da decência, da integridade e da transparência do desportivismo”. Este é o caminho.


Editorial da edição n.º 3821 do Jornal Sporting
* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

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