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Português, Portugal

Uma época Histórica

Por Miguel Braga*
21 maio, 2021

Como frisou o presidente Frederico Varandas na recepção que se realizou nos Paços do Concelho, em Lisboa “é possível vencer com honra e decência”

Chegou ao fim a edição 2020/2021 da Liga NOS e o Sporting Clube de Portugal é o justo vencedor. Como frisou o presidente Frederico Varandas na recepção que se realizou nos Paços do Concelho, em Lisboa “é possível vencer com honra e decência”. É possível vencer os poderes e os interesses instalados, é necessário continuar esta luta em prol do desporto e do futebol em Portugal.

São feitos que irão perdurar na história e que não se resumem ao primeiro lugar na Liga NOS e à conquista da Taça da Liga. Esta foi uma época onde o Sporting CP, para além destas vitórias, conseguiu outras conquistas que devem ser recordadas:

- A começar pela recuperação da nossa formação. Com um total de 11 jogadores formados de Leão ao peito campeões nacionais em 2020/2021 (Luís Maximiano, Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio, Nuno Mendes, João Palhinha, Tomás Silva, Daniel Bragança, João Mário, Dário Essugo, Jovane Cabral e Tiago Tomás). Foi superado o máximo anterior de dez jogadores formados em Alvalade campeões nacionais em 1981/1982 (Carlos Xavier, Virgílio Lopes, Vitorino Bastos, Zezinho, Augusto Inácio, Francisco Barão, Ademar, Freire, Alberto e Mário Jorge);

- Percorremos um longo caminho de 32 jornadas sem conhecer a derrota, um registo inédito na história dos Campeonatos Nacionais com 34 jornadas;

- Somos a equipa com menos golos sofridos nos dez principais campeonatos europeus. Só viajando até ao 11.º país do ranking UEFA (Escócia) podemos encontrar o campeão Rangers FC com apenas 13 golos sofridos;

- E também somos a defesa menos batida com o melhor marcador da competição. Acontece na história do Sporting CP pela quinta vez, mas em 2020/2021 com a particularidade de Pedro Gonçalves não ser avançado como eram Manuel Vasques (1950/1951), João Martins (1953/1954), Hector Yazalde (1973/1974) e Liedson (2006/2007);

- É Leão o mais jovem campeão na história dos Campeonatos Nacionais – Dário Essugo. Realizou a sua estreia com apenas 16 anos e seis dias frente ao Vitória SC a contar para a 24.ª jornada;

- Outro Leão a destacar é João Pereira, o mais velho campeão nacional da história do Sporting CP com 37 anos, dois meses e 23 dias, bateu o anterior máximo de João Azevedo (mítico guarda-redes dos “Cinco Violinos”) de 36 anos de idade, oito meses e 24 dias;

- Luís Maximiano é o primeiro jogador da história do Sporting CP a ser campeão nacional nos iniciados (2013), juvenis (2016), juniores (2017) e equipa principal (2021);

- Tiago Tomás tornou-se, aos 18 anos, no mais jovem jogador nos 114 anos de história verde e branca, a somar o maior número de jogos numa época, com um total de 37 partidas, superando os 36 desafios acumulados por Litos em 1984/1985, jogador que detinha um recorde batido ao fim de 36 anos. 

De salientar que o hóquei em patins voltou a vencer a Liga Europeia e o Sporting CP alcançou os 39 títulos continentais!

Para todos os Sportinguistas esta será uma época histórica.

A história vive-se hoje, amanhã e sempre!


Editorial da edição n.º 3820 do Jornal Sporting
* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Somos campeões!

Por Miguel Braga*
14 maio, 2021

Obrigado a todos os que contribuíram de qualquer forma para este passo de gigante. E todos temos também de saber que o caminho continua e que são precisos mais passos. Um e depois outro. Obrigado e parabéns, Sporting Clube de Portugal!

32 jogos completos, nenhuma derrota e o título de Campeão Nacional. 18 épocas depois, o Sporting Clube de Portugal voltou ao lugar que merece no futebol português. Parabéns a todos os Sportinguistas, parabéns a toda a equipa no sentido maior da palavra, parabéns a todos os que contribuíram para a construção deste caminho e para a execução de uma estratégia escolhida e parabéns também para quem teve esta visão e projectou este presente, desejado por todos aqueles que se orgulham de ser e pertencer à família do Sporting Clube de Portugal.

Os heróis desta saga começaram dentro de campo. Foram eles os obreiros da conquista do Leão. Semana após semana, em Alcochete, Alvalade ou fora de portas, provaram ser a defesa mais sólida, a melhor equipa, os mais solidários, os mais decisivos, os mais trabalhadores. Da juventude de uns, à experiência de outros. Da técnica à raça, da entrega e da dedicação, atingiram este patamar na carreira que deve orgulhar cada um de nós. Os heróis de campo foram sempre acompanhados pelos heróis do banco, de quando em vez remetidos para a bancada, mas que provaram ter espírito Leonino para lutar, treinar, acompanhar, cuidar, aperfeiçoar, trabalhar mais e fazer acreditar não só os heróis no campo, mas toda a nação Leonina.

Nesta história existiram tantos heróis. A começar por cada Sportinguista que acreditou nos heróis e exultou a sua façanha, que se sentiu orgulhoso por vencer a Liga NOS. A começar também em cada Sportinguista que viu o seu Clube ser campeão de futebol pela primeira vez na vida. Toda uma geração que merecida sentir esta sensação. E todos os outros, todos os Leões do Sporting Clube de Portugal.

Os mass media – todos incluídos – foram veículos de histórias únicas, vividas por cada um de nós que teve o privilégio de acompanhar o renascer de um Clube que teve um passado. A social media permitiu que o conteúdo produzido seja de uma extensão ainda difícil de medir. Seria um estudo interessante, perceber quantas fotografias, quantos vídeos, quantas stories, quantos lives, quantas transmissões de rádio, de televisão, directos ou comentários, se produziram com esta conquista.

Obrigado a todos os que contribuíram de qualquer forma para este passo de gigante. E todos temos também de saber que o caminho continua e que são precisos mais passos. Um e depois outro. Obrigado e parabéns, Sporting Clube de Portugal!


* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

As conquistas do Leão

Por Miguel Braga*
07 maio, 2021

(...) Uma palavra para o Sporting CP que saiu à rua: que orgulho é ver pessoas de todas as idades vestidas a rigor com a camisola do Leão, com a esperança restituída num Clube unido e mais forte. Onde vai um, temos mesmo de ir todos

“Não sei se o mundo do futsal, em Portugal mais propriamente – é algo que deixo no ar –faz ideia do feito que o Sporting CP alcançou hoje. Sei que vão dizer que foi espectacular, que ganharam a segunda Champions. Mas têm verdadeiramente noção do que o Sporting CP fez na Croácia? Em cinco dias venceu em três jogos o campeão russo, espanhol e europeu. Se têm noção daquilo que o Sporting CP alcançou hoje”. As palavras são de Nuno Dias, treinador consagrado, um dos grandes responsáveis pela incrível vitória da passada segunda--feira. Uma vitória que só pode encher de orgulho a nação verde e branca. Será uma tarefa hercúlea tentar um dia fazer o que Nuno Dias tem alcançado de Leão ao peito. Ao treinador, ao staff, aos jogadores, ao capitão, a toda a estrutura, a todos os envolvidos, um profundo agradecimento e reconhecimento. Além do mais, esta conquista tem um sabor especial: tem a marca Sporting, tem na génese o ADN do Clube, com a presença em força de vários atletas da formação: “quero deixar um agradecimento especial a todos os treinadores da formação. Todos, até os que passaram antes que tiveram responsabilidade na formação dos que estiveram aqui. Por isso chegaram aqui preparados para fazer um excelente trabalho”. Agora, é altura de trazer o foco para a competição interna, até porque a época não acabou e há mais para conquistar.

Também esta semana, a equipa de Rúben Amorim conseguiu mais uma vitória, com uma exibição personalizada e segura em Vila do Conde frente ao Rio Ave FC. Para trás ficou mais um recorde – 31 jogos seguidos na mesma época sem conhecer o sabor da derrota –, e um enorme golo de Paulinho; agora o foco está novamente no próximo jogo, frente ao Boavista FC, em nossa casa. Concentração, humildade e muito trabalho é a receita em que a equipa se especializou. Dar continuidade ao que tem sido conquistado está na mente de todos. Esta vitória, apesar de valer “apenas” três pontos deixou-nos também duas certezas: a conquista do objectivo delineado no início da época – a entrada directa na Liga dos Campeões – e que o Sporting CP ficará à frente do seu eterno rival na classificação do Campeonato Nacional de futebol, feito que não acontece desde a época 2008/2009.

Uma última palavra para o Sporting CP que saiu à rua: que orgulho é ver pessoas de todas as idades vestidas a rigor com a camisola do Leão, com a esperança restituída num Clube unido e mais forte. Onde vai um, temos mesmo de ir todos.


* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Acreditar no colectivo

Por Miguel Braga*
29 Abr, 2021

Faltam cinco jogos para o fim do campeonato. Mais importante do que pensar nos pontos que ainda faltam discutir, é trazer o foco já para o jogo, frente ao CD Nacional, em casa, sábado que vem. O próximo jogo é sempre o mais importante

Quando Artur Soares Dias deu ordem de expulsão a Gonçalo Inácio, aos 17 minutos de jogo, no Estádio Municipal de Braga, muitos adeptos terão levado as mãos à cabeça. Outros tantos, pensaram que a missão tinha ganho contornos de impossível. Mas na Pedreira estava uma equipa técnica que olhou para o relvado e percebeu que era altura de mudar a abordagem do jogo. Fez, numa primeira fase, acertos posicionais. Muitas vezes ecoou pelo estádio “Paulinho! Paulinho! Fecha pela esquerda!”. Com o intervalo, mais mudanças, dando à equipa a experiência de Neto e a explosão de Matheus Nunes. Para se ter uma ideia da dificuldade, nesta edição da Liga NOS todas as equipas que se viram reduzidas a dez elementos na primeira parte não conseguiram vencer. Na realidade, nos 14 jogos anteriores onde aconteceu a dita expulsão antes dos 45 minutos, apenas Belenenses SAD e CD Tondela tiveram arte e engenho de alcançar o empate. Todos os outros perderam.

Olhando para a estatística de jogo, o Sporting CP aplicou a táctica que tantas outras equipas aplicam quando jogam com o Leão: dar a posse ao adversário e fechar espaços. E se é verdade que a equipa de Rúben Amorim perdeu no confronto da posse (30% contra 70%), conseguiu fazê‑lo sem recorrer constantemente à falta (o Sporting CP, apesar dos cinco cartões amarelos contra quatro do adversário, fez metade das faltas do SC Braga) e sem permitir aos bracarenses muitas oportunidades. E as que acabou por dar, a defesa liderada por um supercapitão Coates limpou ou apareceu o melhor Adán para fazer jus ao título de defesa menos batida da Liga NOS.

Ao minuto 81, o momento de jogo. Livre para ser cobrado a meio‑campo por Pedro Porro. No Backstage que mostrámos esta semana no canal do YouTube do Sporting CP, atenção ao detalhe aos 3 minutos e 4 segundos: a comunicação “gestual” de Porro a dizer a Matheus que vai passar a bola rápida e a esperteza deste a anuir e a arrancar antes dos adversários. O resto, bem, o resto foi um remate forte e bem colocado que acabou nas redes do SC Braga e permitiu ao Sporting CP ser a primeira equipa da Liga NOS a ganhar um jogo em inferioridade numérica desde a primeira parte. Apesar do feito, a vitória significou “apenas” três pontos. Mas para a posteridade, ficou também o abraço sentido (que pode ver no Backstage) entre Matheus Nunes e Gonçalo Inácio: assim se sente e vê a solidariedade entre jovens Leões.

Faltam cinco jogos para o fim do campeonato. Mais importante do que pensar nos pontos que ainda faltam discutir, é trazer o foco já para o jogo, frente ao CD Nacional, em casa, sábado que vem. O próximo jogo é sempre o mais importante.


* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

O regresso dos pequenos heróis

Por Miguel Braga*
23 Abr, 2021

Ao vencer o SC Farense e empatar com a Belenenses SAD, a equipa de Rúben Amorim conseguiu não só manter a liderança do campeonato, como aumentar para uns nunca antes vistos 28 jogos seguidos sem conhecer o sabor da derrota

“Estava com saudades, já não jogava com os meus colegas e amigos há algum tempo”. É assim que um dos nossos miúdos resumiu o regresso da formação aos relvados. E neste caso, os relvados dividem-se em vários espaços: Alcochete, Pólo EUL e Academias Formação Sporting (págs. 12 a 14). Depois da paragem total, depois dos treinos condicionados, depois dos treinos através de plataformas electrónicas e em casa, a vida voltou em forma de futebol jovem, com a alegria característica, com a vontade própria da juventude, com o desejo de um dia pisar com a camisola do Sporting CP o relvado do Estádio José Alvalade que parece, lá ao fundo, estar atento ao desenvolvimento dos jovens Leões e das jovens Leoas.

A equipa feminina de futebol consolidou a liderança no Campeonato Nacional com uma vitória por duas bolas a zero frente ao CS Marítimo (pág. 10). Tão importante como a vitória, a marca atingida por Ana Borges, Ana Capeta e Joana Marchão: 100 jogos de Leão ao peito – isto depois de Fátima Pinto e Tatiana Pinto terem conseguido o mesmo feito já no decorrer desta época. Ana Capeta resumiu desta forma a façanha: “É mais um sonho cumprido com a camisola do Sporting CP, o meu clube do coração. Para mim é um prazer enorme vestir esta camisola todos os dias e fazer 100 jogos ainda torna tudo mais especial”. A todas, o nosso obrigado.

A cara do voleibol português faz hoje 50 anos. Em entrevista ao Jornal Sporting (págs. 16 a 19), Miguel Maia anuncia a sua despedida agradecendo com a humildade dos campeões: “Ficam grandes momentos, colegas, treinadores, directores e, acima de tudo, grandes adeptos e um sentido de orgulho em vestir esta camisola e estar dentro das instalações do Clube”. É um até sempre de um dos grandes atletas nacionais.

E se Miguel Maia é certamente uma lenda Leonina, outro que conseguiu esse estatuto é o búlgaro Ivaylo Iordanov (págs. 3 e 4), a quem, na década de 1990, e com apenas 28 anos, foi diagnosticada esclerose múltipla. Jogador internacional pelo seu país, com participações em fases finais do Campeonato do Mundo, fez 70 golos e 222 jogos, conquistando uma Taça de Portugal (1994/1995), uma Supertaça (1995) e um Campeonato Nacional (1999/2000).

Regressando ao presente, destaque também para a entrevista do capitão da equipa de basquetebol do Sporting CP (págs. 20 e 21). James Ellisor é o espelho da ambição verde e branca para a modalidade: “o nosso objectivo sempre esteve definido: sermos campeões nacionais. (…) Continuamos a trabalhar diariamente para melhor e agora chegou a hora de demonstrar porque é que terminámos a fase regular em primeiro”. Próxima meta: a conquista da Liga Placard.

Quem nos habituou a muitas conquistas foi João Matos, o capitão do futsal, que agora é também o jogador com mais jogos de Leão ao peito na modalidade (pág. 22), com um total de 605 jogos pelo Clube. Apesar de não ter marcado, João Matos foi titular na vitória por 4-1 frente ao ACDR Caxinas (pág. 23).

Entrámos na recta final da Liga NOS, com jogos de cinco em cinco dias, e uma liderança nunca vista para os lados de Alvalade nas últimas décadas. Aliás, ao vencer o SC Farense e empatar com a Belenenses SAD, a equipa de Rúben Amorim conseguiu não só manter a liderança do campeonato, como aumentar para uns nunca antes vistos 28 jogos seguidos sem conhecer o sabor da derrota. O mote dado pelo timoneiro na noite de Famalicão continua, mais do que nunca, a fazer sentido: “Onde Vai Um, Vão Todos!”, em todos os minutos que ainda faltam disputar. E o nosso apoio continuará a ser ouvido.


Editorial da edição n.º 3816 do Jornal Sporting
* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Mais um capítulo de Glória

Por Miguel Braga*
15 Abr, 2021

Sem a possibilidade de contar com o nosso treinador no banco – uma vez que foi expulso por palavras que não disse já depois do apito final –, mas com a certeza que todo o plantel e restante equipa técnica está pronto para a batalha que se segue

É preciso recuar ao ano da revolução, concretamente às épocas de 1974/1975 e 1975/1976, para encontrar um feito igual, a conquista consecutiva de duas Taças de Portugal de basquetebol (págs. 12 a 17). Ainda para mais, quando falamos de uma modalidade que regressou ao Clube apenas em 2018. Um dos obreiros destas conquistas é José Tavares, com quem o Jornal Sporting conversou por estes dias. E apesar do regresso ser recente, a História Leonina já contou com várias lendas que encantaram à volta dos cestos. Exemplo disso mesmo é Manuel Sobreiro (págs. 3 e 4), a prova que até no basquetebol os homens não se medem aos palmos – com “apenas” 1,68 metros de altura foi internacional por Portugal e conquistou de Leão ao peito três Campeonatos Nacionais e três Taças de Portugal. Ainda sobre a modalidade, uma nota final: foi bonito de se ver que no final da conquista, os responsáveis do Clube quiseram que Juvenal Carvalho e Edgar Vital (págs. 16 e 17) se juntassem à fotografia para a posteridade. É sinal de que o nosso basket é uma verdadeira família com memória colectiva.

No Luso, a equipa de Paulo Freitas carimbou o passaporte para a final four da Liga Europeia de hóquei em patins – a primeira que será composta em exclusivo por equipas portuguesas (págs. 18 e 19). As quatro melhores equipas do país e da Europa têm novamente encontro marcado para daqui a um mês (15 e 16 de Maio). Somos o campeão em título e temos como missão lutar até ao último minuto. Que Girão, Platero, Font e companhia continuem esta caminhada.

No atletismo continuamos a coleccionar títulos, com mais uma demonstração de força e competência em Almeirim no Campeonato Nacional de marcha em estrada e no Campeonato de Portugal de dez mil metros (pág. 22). João Vieira sagrou-se campeão nacional pela 60.ª vez, enquanto Carla Salomé Rocha venceu pela quarta vez (a segunda consecutiva) a competição feminina. Nos homens, Miguel Marques ficou pela prata e alcançou um novo recorde pessoal.

Este fim-de-semana, o Altice Arena será o palco do Campeonato da Europa de Judo e o Sporting CP é o clube português mais representado na prova (págs. 26 e 27). Não só temos seis atletas em representação do país, como a selecção será orientada pelo nosso Pedro Soares.

Amanhã, a equipa liderada por Rúben Amorim desce até ao Algarve para medir forças com o SC Farense. Para trás fica o jogo com o FC Famalicão (págs. 6 e 7) e a sequência de acontecimentos derivados – e mais um recorde que esta equipa atingiu, igualar o maior número de jogos sem perder no mesmo campeonato, num total de 26. O foco está agora no próximo jogo. Sem a possibilidade de contar com o nosso treinador no banco – uma vez que foi expulso por palavras que não disse já depois do apito final –, mas com a certeza que todo o plantel e restante equipa técnica está pronto para a batalha que se segue. Em nome do Sporting CP e do futebol em Portugal.

Por último, destaque ainda para o próximo ‘ADN de Leão’ que contará com Nuno Mendes (pág. 28). E se o podcast tem sido uma das apostas e estrelas da Comunicação do Sporting CP este ano, o jovem jogador internacional é com certeza também uma grande aposta do Clube e uma das estrelas da Liga NOS. Um momento a não perder.


Editorial da edição n.º 3815 do Jornal Sporting
* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Momentos a verde e branco

Por Miguel Braga*
08 Abr, 2021

(...) agora é a vez de voltarmos a pedir que se olhe para a ferramenta do VAR com atenção: a ideia não é criticar, mas sim construir um futuro e um VAR melhor, mais justo e mais transparente

Há momentos que merecem ser recordados. Há histórias que devem ser partilhadas, experiências geracionais que se cruzam. O basquetebol do Sporting CP viveu nos últimos dias uma dessas ocasiões. Com a Páscoa como motivo da visita, antigos jogadores da modalidade surpreenderam o actual plantel em pleno Pavilhão João Rocha (páginas 18 e 19).

Ernesto Ferreira da Silva, Hermínio Barreto, Carlos Sousa e Edgar Vital são Leões que têm o seu nome inscrito na memorável História deste Clube. Antigos jogadores e campeões nacionais, são também fiéis apoiantes da equipa de Luís Magalhães e co-responsáveis pelo regresso da modalidade. A simbologia do gesto assentou que nem uma luva na equipa e todos esperamos que sirva de incentivo já para a final four da Taça de Portugal.

Hoje, assinalam-se 59 anos desde que João Morais marcou o golo número 2.000 dos Leões no campeonato (páginas 3 e 4). Morais e o seu canto também fazem parte do património do Clube. É com certeza uma das nossas Lendas mais queridas, responsável pelo golo que deu ao Sporting CP e a Portugal a conquista única da competição europeia da Taça dos Vencedores das Taças. Foi em 1964, na finalíssima (já que na final tínhamos empatado a três golos com o MTK Budapest), que aos 19 minutos o jogador surpreendeu o mundo do futebol ao executar na perfeição com o seu pé direito um canto directo que acabou por ser decisivo para o Clube e para a conquista em questão. O ‘Cantinho do Morais’ seria depois imortalizado pelo lançamento de um disco, com direito a relato de rádio de Artur Agostinho, primeiro interpretado por Margarida Amaral, depois popularizado por Maria José Valério.

Nas páginas centrais desta edição, outro momento para mais tarde recordar: a vitória e conquista da Supertaça de râguebi feminino, versão de 15, frente ao eterno rival, com uns claros 18-5 (páginas 14 e 17). Uma equipa que tem dominado o panorama nacional, sendo este o 15.º título em apenas quatro anos. É obra. Os mais sinceros parabéns ao treinador Pedro Leal, à capitã Isabel Ozório e à jogadora Inês Marques, responsável pela marcação de três ensaios: “sim, marquei os três, mas é fruto do oito da frente e dos três-quartos, como é óbvio”, relatou ao nosso Jornal com a humildade que caracteriza os campeões.

O Luso vai ser palco da primeira fase da Liga Europeia de Hóquei em Patins e o Sporting CP tem a ambição de revalidar o troféu do qual ainda é o detentor – a última edição foi cancelada devido à COVID-19. “Olho para este troféu com alguma saudade, mas também com grande responsabilidade”, confessou ao Jornal Sporting o treinador Paulo Freitas. Nas páginas 22 a 24 encontramos a entrevista conjunta ao treinador e ao capitão Pedro Gil.

No futebol, continuamos a luta, jogo a jogo, sempre com o foco na conquista dos próximos três pontos. A última partida ficou marcada pela entrada sem sanção que Nuno Mendes sofreu (acabou por sair lesionado do jogo e, segundo o departamento médico do Sporting CP, foi um verdadeiro milagre o jogador ter escapado a uma lesão grave) e por dois golos anulados ao Sporting CP, um dos quais invalidado por um fora-de-jogo por dois centímetros. Depois de em Dezembro passado o Sporting CP ter iniciado e liderado a discussão pública sobre a possibilidade de serem públicas as comunicações entre árbitro e videoárbitro (VAR), agora é a vez de voltarmos a pedir que se olhe para a ferramenta do VAR com atenção: a ideia não é criticar, mas sim construir um futuro e um VAR melhor, mais justo e mais transparente.

Faltam nove jornadas para o fim da Liga NOS. E a receita é a mesma: trabalho, compromisso, humildade e garra de Leão. Sempre juntos, até porque “Onde Vai Um, Vão Todos”.


Editorial da edição n.º 3814 do Jornal Sporting
* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

99 anos de História

Por Miguel Braga*
31 Mar, 2021

Hoje, dia 31 de Março, o Jornal Sporting celebra o seu 99.º aniversário. Quase um século de existência daquele que é o mais antigo Jornal de clube desportivo do Mundo

O Sporting Clube de Portugal está de parabéns. Hoje, dia 31 de Março, o Jornal Sporting (JS) celebra o seu 99.º aniversário. Quase um século de existência daquele que é o mais antigo Jornal de clube desportivo do Mundo.

O então presidente Júlio de Araújo quis ser pioneiro, e sob a direcção de José Serrano foi publicado o primeiro número do Boletim Sporting, com o artigo ‘Razão de Ser’ que viria a ser o primeiro texto conhecido da nação Leonina.

O Sporting Clube de Portugal tornava‑se assim pioneiro, uma vez que seria o primeiro clube a contar com um órgão impresso privativo.

No Estatuto Editorial do Jornal Sporting podemos encontrar algumas preciosidades, históricas e não só, que merecem ser partilhadas:

‑ O JS foi inicialmente criado sob a forma de Boletim quinzenal com o pagamento facultativo de 2$00 semestrais;

‑ O JS é um órgão de comunicação de Desporto, especializado na história, quotidiano e futuro do Sporting CP;

‑ O JS recusa o sensacionalismo ou qualquer exploração mercantil;

‑ O JS segue as directrizes traçadas pelo Conselho Directivo do Sporting CP, é responsável por todos os seus leitores e mostra‑se autónomo a qualquer poder político, económico ou particular;

‑ O JS sublinha a relevância de distinguir, em termos gráficos e editoriais, as notícias sobre o Clube e as opiniões;

‑ O JS deve respeitar a História Centenária do Sporting CP;

‑ O JS tem presente, em todas as publicações, a importância de cada Sócio e adepto do Clube;

‑ O JS tem por missão manter a opinião pública (e, em particular, todos os seus Sócios e adeptos) informada;

‑ O JS deverá permanecer sempre como um meio de defesa dos interesses do Sporting Clube de Portugal (…) perpetuando os ideais consagrados na sua Fundação, a 1 de Julho de 1906.

Até à presente data, passaram pelo Jornal Sporting 40 directores e centenas de profissionais que ajudaram a escrever e a documentar todos os feitos que marcaram a História verde e branca ao longo de quase cem anos, contribuindo desta forma para manter intacta a missão primordial de informar os Sócios e adeptos sobre a vida do Clube.

A todos, sem excepção, muito obrigado.

 

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

A Formação a verde e branco

Por Miguel Braga*
25 Mar, 2021

Uma coisa é dizer que apostamos na Formação. Outra, bastante diferente, é viver esse caminho, fazer conscientemente essa aposta, com a noção clara dos perigos e das dores de crescimento de um projecto assim construído

“O projecto não é meu, era do Sporting CP, sou uma pequena peça, soube desde o início a ideia. O projecto é do presidente, do Hugo Viana, dos que estavam cá. Vejo as melhorias na Academia. Passa muito por aqui, temos de ir pela formação. (…) Este é o caminho”. Foi assim que Rúben Amorim resumiu, com a arte do costume, o projecto da Formação do Sporting Clube de Portugal, depois de estrear frente ao Vitória SC o mais novo jogador de sempre a jogar pela equipa principal. Dário Essugo, com 16 anos e seis dias, entrou directamente para o topo da lista dos mais jovens de sempre a actuar pela equipa principal do Clube, passando nomes consagrados como Cristiano Ronaldo, Luís Figo, Paulo Futre ou Marco Caneira e de esperanças verdes e brancas como é Joelson Fernandes ou como foi Litos.

Em 2018, com a eleição da actual Administração, o Sporting CP anunciou o regresso ao seu ADN e ao investimento na Formação e na Academia (e no próprio Pólo EUL). Numa primeira fase, foram sinalizados 89 atletas identificados com High Potential e foram também assinados novos contratos. A estrutura passou a trabalhar de forma diferente, adoptando o modelo de performance para ser centrado no jogador. No jogo com o Vitória SC, o Sporting CP entrou em campo com três teenagers, num total de seis jogadores formados no Clube, no onze titular. No banco estavam sentados outros seis. Em relativamente pouco tempo, o Sporting CP voltou a apostar na prata da casa, ainda para mais suportada com uma conquista já nesta época (Taça da Liga) e com uma campanha de nível superior na Liga NOS – faltam ainda dez jogos para o final e estas contas só se fazem no fim.

Esta aposta explica-se não só por ser o ADN do Sporting CP, mas também por outras razões, sejam argumentos pré-COVID-19 – contexto de inflação de valores de mercado – ou pós-COVID-19 – crise de liquidez. Num ano marcado por uma pandemia, o Clube fez a sua revolução silenciosa, fortalecendo o grupo com a tal prata da casa, com contratações cirúrgicas e apostando na continuidade de jogadores de indiscutível valor acrescido.

Quase 20 anos depois de ter inaugurado a sua Academia, o Sporting CP continua a renovação do seu espaço de treino de eleição – quem viu como estava e quem vê como está, compreende o trabalho e o investimento feitos. O futuro começou ontem e prolongar-se-á no tempo, com o esforço e a dedicação de todos.

Uma coisa é dizer que apostamos na Formação. Outra, bastante diferente, é viver esse caminho, fazer conscientemente essa aposta, com a noção clara dos perigos e das dores de crescimento de um projecto assim construído. Em cada coração verde e branco reside a esperança de que Dário Essugo não seja o último a fazer a sua estreia na equipa principal em 2021. Na semana de pausa das selecções, Rúben Amorim voltou a chamar muitas caras novas para o treino. Qualidade e compromisso são os dois ingredientes exigidos na receita do míster. E é isso mesmo que se respira actualmente em Alcochete.

 

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

A nossa selecção

Por Miguel Braga*
18 Mar, 2021

(...) Que o futebol em Portugal volte a ser jogado apenas dentro das quatro linhas é um desejo de todos nós. E que os nossos possam brilhar pela selecção como o têm feito na Liga NOS

Não há adepto no Mundo que não sinta orgulho ao ver um jogador da sua equipa na respectiva selecção nacional, seja a principal, ou no caso de jogadores jovens, nos sub-21. Comecemos por aqui, onde novamente o Sporting Clube de Portugal é o Clube que mais jogadores fornece ao seleccionador Rui Jorge – ombreando o título com o FC Porto, com quatro jogadores cada. São eles: Luís Maximiano, Daniel Bragança, Pedro Gonçalves e Tiago Tomás, atletas que têm sido presença habitual nos convocados do actual líder da Liga NOS, sendo que os últimos têm sido titulares, com Pedro Gonçalves em destaque por ser, à 23.ª jornada, o melhor marcador do Campeonato e, certamente, uma das revelações do ano.

De fora da convocatória acabou por ficar Gonçalo Inácio, outro dos jogadores “surpresa” no Sporting CP versão Rúben Amorim, titular da defesa menos batida da Europa do futebol (Espanha: Atlético de Madrid, 18 golos em 27 jogos; Itália: Juventus FC, 22 em 26 jogos; Inglaterra: Manchester City FC, 21 em 30 jogos; Alemanha: RB Leipzig e VfL Wolfsburg, 21 em 25 jogos; França: Lille OSC, 17 em 29 jogos; Holanda: Ajax, 19 em 25 jogos; Grécia: Olympiakos FC, 13 em 26 jogos; Roménia: CFR Cluj, 12 em 27 jogos; Rússia: FK Zenit, 19 em 22 jogos). De realçar que destes dez campeonatos (Liga NOS incluída), o Sporting CP é a única equipa que ainda não perdeu um jogo dentro de portas. Números que só nos podem dar alento e força para enfrentar as 11 finais que faltam para o término da Liga NOS. E que dão uma real dimensão daquilo que já foi conseguido até ao momento. No entanto, todos sabemos que as verdadeiras contas só se fazem no fim, quando o árbitro apitar e quando terminar a competição. Até lá, humildade, trabalho e mais trabalho, são os ingredientes para a receita de sucesso.

Nas selecções jovens, nota ainda para as chamadas de Tristan Hammond e Lucas Dias, ambos de 18 anos, para as selecções olímpicas da Austrália e Canadá, respectivamente.

No que diz respeito a convocatórias para as selecções nacionais, fazemos uma tripla estreia, com Pedro Porro para a Espanha de Luís Enrique e Nuno Mendes e João Palhinha para a selecção de Fernando Santos.

Pedro Porro chegou a Portugal como segundo reforço do plantel para a época 2020/2021. Apesar de já ter dado nas vistas no país vizinho (daí a contratação pelo Manchester City FC) e de ser capitão da selecção sub-21 de Espanha, Porro era um “ilustre desconhecido” da grande maioria dos portugueses. Em pouco mais de sete meses, Porro passou de jogador desconhecido a defesa-direito de eleição da Liga NOS, chegando agora à La Roja pela mão do ex-treinador do FC Barcelona.

E se Porro é o dono e senhor do lado direito da defesa da equipa de Rúben Amorim, Nuno Mendes é a sua versão no lado esquerdo. Jogador formado de Leão ao peito, é convocado por Fernando Santos pela primeira vez ainda com 18 anos e depois de ser já, também, uma das revelações da nossa Liga e uma das promessas sérias do futebol moderno. Nos próximos dias, terá a oportunidade de treinar e (esperemos) de jogar com os seus ídolos.

Por último, aos 25 anos João Palhinha chega à selecção nacional. Um caso de justiça, ampliada pelo facto de, no mesmo dia da convocatória, ter sido conhecida a sentença do Tribunal Arbitral de Desporto que dá razão ao jogador no braço de ferro com o famígero Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. Que o futebol em Portugal volte a ser jogado apenas dentro das quatro linhas é um desejo de todos nós. E que os nossos possam brilhar pela selecção como o têm feito na Liga NOS.

 

Editorial da edição n.º 3811 do Jornal Sporting

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

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