No rescaldo da partida frente ao Sp. Braga, Tiago Fernandes era um técnico orgulhoso dos seus pupilos

"Vencer, vencer, vencer, vencer" - é este o lema da equipa dos juniores e aquele que conseguiram pôr em prática contra o Sp. Braga, na primeira jornada da segunda fase do Campeonato Nacional. Pela frente, o segundo classificado da zona norte, recheado de bons jogadores, tal como vincou Tiago Fernandes. 

Os orientados de Tiago Fernandes receberam e venceram o Sp. Braga por 3-1 na primeira jornada da segunda fase

Dizer que os juniores do Sporting CP entraram com o pé direito na segunda fase do Campeonato Nacional é um pouco redutor para resumir o que aconteceu este domingo na Academia leonina. A equipa orientada por Tiago Fernandes entrou mesmo com os dois pés nesta etapa decisiva da prova, vencendo o Sp. Braga por 3-1 e deixando excelentes indicadores para o que aí vem. 

Nuno Dias conta com um jogo equilibrado frente uma equipa que já tirou pontos ao Sporting CP

Além do Benfica, o Sp. Braga foi a única equipa do Campeonato Nacional que já tirou pontos ao actual detentor do título. Na deslocação ao Minho, os leões não foram além de um empate a quatro (4-4), sendo que até entraram na partida a perder por 2-0. Nuno Dias, técnico leonino, admite ser conhecedor das qualidades do adversário, mas não esconde a ambição de vencer. 

Sporting perde com Sp. Braga no último segundo do prolongamento

Petrony, Coimbra, Madjer, Jordan e Belchior. Torres, Bruno Novo, Bê Martins e Zé Maria. Apenas o guarda-redes espanhol Dona destoava de uma realidade capaz de deixar qualquer um orgulhoso – o jogo decisivo da Divisão de Elite do Campeonato Nacional, que fez inveja a muitos jogos internacionais, começou com nove campeões do Mundo na Praia do Ouro, em Sesimbra. No final, e no último segundo do prolongamento, o Sp. Braga acabou por revalidar o título, batendo o Sporting por 4-3.
 
O Sporting até entrou com ligeiro ascendente na partida mas cedo o Sp. Braga equilibrou com as oportunidades e o perigo a rondar ambas as balizas, bem defendidas por Petrony e Dona, duas das grandes figuras da partida nos instantes iniciais. Ainda assim, seriam os bracarenses a chegar à vantagem aos oito minutos, no seguimento de um trabalho individual de Zé Maria, resultado com que se atingiu o final do primeiro período.
 
No segundo período, os ‘leões’ surgiram mais agressivos e logo aos dois minutos fizeram o empate através de Coimbra, num autêntico míssil no seguimento de um livre em posição frontal. O tento foi um tónico importante para o conjunto comandado por Miguel Faro, que ameaçou o 2-1 dois minutos depois por Belchior, a atirar ao poste. Os minhotos reentraram depois no jogo, com o espanhol Amarelle (é verdade, ainda joga e muito) a obrigar Petrony a grandes defesas. Marinho, de bola parada, também ameaçou por duas ocasiões e atirou mesmo uma bola à trave, aos sete minutos.
 
Faltava, claro está, falar de Madjer e o capitão ‘leonino’ ainda tinha uma cartada por lançar: de bola parada, ainda longe da baliza, fez valer o pontapé canhão e marcou o 2-1. O Sporting estava pela primeira vez em vantagem no último minuto do segundo tempo mas esse cenário durou poucos segundos – numa jogada estudada no pontapé de saída, o também canhoto Amarelle restabeleceu a igualdade a duas bolas.
 
O terceiro e último período teve um início muito semelhante ao segundo, com o conjunto ‘verde e branco’ a adiantar-se de novo no marcador por Belchior, na sequência de um roubo de bola bem conseguido por Ricardo Baptista. Mas o jogo estava mesmo num ritmo de parada e resposta e, aos cinco minutos, Amarelle fez o empate e deixou tudo em aberto para os derradeiros minutos do encontro com casa cheia.
 
A partida atravessou um período menos bonito, com um acumular de faltas atípico, mas o Sporting começou paulatinamente a lançar-se no ataque à baliza minhota. Marinho, David Martins, Belchior e Madjer obrigaram Dona a grandes intervenções, evitando o 4-3. No último minuto, após a expulsão de Bruno Novo por acumulação de amarelos, os ‘leões’ ainda arriscaram em vantagem numérica mas a partida foi para prolongamento.
 
O tempo extra começou com uma oportunidade flagrante desperdiçada por Coimbra, seguida de mais um remate muito perigoso de Madjer a rasar o poste. O Sp. Braga voltou a ter quatro jogadores de campo no areal mas foi o Sporting a ter as melhores chances até ao lance que decidiu a partida: no último segundo, Bê Martins, com um grande remate a meio-campo, fez o 4-3 e deu o título aos minhotos.