Acção solidária da Fundação Sporting em espaço dedicado à arte e à saúde mental
Os futebolistas Antonio Adán, Francisco Trincão, Chico Lamba, Rita Almeida e o hoquista João Souto visitaram, na última sexta-feira, a Oficina de Artes da Cooperativa de Educação, Reabilitação, Capacitação e Inclusão de Montijo e Alcochete (CERCIMA), em mais uma acção de responsabilidade social promovida pela Fundação Sporting.
Neste ateliê, criado na estação ferroviária do Montijo, a arte torna-se, mais do que uma forma de expressão, num meio para a inclusão e a capacitação de pessoas das mais variadas idades e com necessidades educativas especiais, que neste espaço são ajudadas a cuidar a sua saúde mental através de pinturas, cerâmicas e desenhos.
Desta vez, com a presença de cinco atletas Leoninos e a animação trazida pelo Jubas, a tarde foi particularmente especial. “As pessoas estavam eufóricas, satisfeitas e felizes e isso é o aspecto mais importante, proporcionar-lhes momentos de alegria. Tenho de agradecer a presença dos jogadores e é importante que haja este conhecimento dos projectos que estão na comunidade local", realçou Cristina Pereira, responsável pela Oficina de Artes - inserida no projecto LoucaMente da CERCIMA -, aos meios de comunicação Leoninos.
Os atletas do Sporting CP presentes puderam conhecer a fundo o espaço, o trabalho que lá é desenvolvido e contactar com várias das pessoas que o frequentam. Mais do que isso, Antonio Adán, Francisco Trincão, Chico Lamba, Rita Almeida e João Souto sentaram-se à mesa de trabalho e, lado-a-lado com os habituais ‘artistas’ da CERCIMA, puseram mãos à obra. Usando marcadores, pastel em barra ou até lápis de cera, mostraram os seus dotes artísticos e transformaram uma tela em branco numa pequena obra de arte – devidamente assinada no final.
"Para nós também é gratificante passar estes momentos com pessoas que têm algumas dificuldades. É muito bom, desde a nossa posição, poder ajudar desta forma", começou por destacar Adán, guarda-redes dos Leões, que fez questão de aproveitar o momento “divertido” com criatividade: "Foi um desastre (risos). Esta paisagem é um desenho que aprendi quando era pequeno. Agora faço-o com o meu filho e este fica aqui".
Por sua vez, Rita Almeida sublinhou que este tipo de acções são “importantes” para conhecer “realidades diferentes” e, além disso, reconheceu que o papel de, neste caso, uma futebolista do Sporting CP também vai "além do futebol". "Para mim é muito importante estar aqui", assegurou a centrocampista de 17 anos formada no Clube.
Durante uma tarde bem passada, a Oficina de Artes da CERCIMA contou com cinco atletas Leoninos que foram artistas por um dia e abraçaram o desafio com boa disposição, antes de se mostrarem disponíveis para conversar e tirar fotografias com todos, dos mais novos aos mais velhos, imortalizando um momento que promete ser inesquecível.
Já o hoquista João Souto, que apostou em fazer um retrato do Jubas, admitiu que embora pensasse que se "ia sair muito pior", ressalvou que "é mais fácil dar umas stickadas e patinar". "Estas acções e o nosso apoio a instituições como esta são muito importantes. Ficamos a perceber que trabalham muito bem com estes jovens e têm aqui um espaço para passar o seu dia-a-dia e para fazer actividades diferentes do habitual", considerou, reafirmando que foi um momento que "dignifica e significa aquilo que é o nosso clube". "A nós cabe-nos apoiar estas instituições, estar presentes e sentir que ajudamos", acrescentou.
Por fim, Inês Sêco, coordenadora-executiva da Fundação Sporting, salientou que este foi mais um "dia diferente e de inclusão" inserido na missão solidária Leonina.
"Temos vindo a fazer, mensalmente, uma acção junto da comunidade e desta vez foi com a CERCIMA e sobre a saúde mental. O Sporting CP é um clube muito solidário e queremos aproximar cada vez mais o que se passa em campo e os jogadores e trazê-los para fora, aproximá-los da comunidade", apontou.