Leões conquistam troféu de homenagem a Jesus Correia, Vasques, Albano, Peyroteo e José Travassos, após vencerem o Wolfsburg por 2-1.
Antes mesmo da bola começar a rolar no belo tapete verde de Alvalade, oportunidade para Marcelo Meli ser apresentado aos Sócios e adeptos leoninos que viram ‘in loco’ o último reforço do Sporting CP.
Reforços que estiveram à margem do 11 escalado por Jorge Jesus para o Troféu Cinco Violinos. O técnico verde e branco apostou na artilharia pesada e colocou a orquestra que tão bons resultados deu na época transacta a funcionar na íntegra no anfiteatro leonino. Entraram em campo com os quatro 'Aurélios' campeões europeus (Rui Patrício, Adrien, João Mário e William Carvalho), aos quais se juntaram Schelotto, Sebastian Coates, Rúben Semedo e Marvin Zeegelaar na defesa, Bruno César na ala esquerda e Bryan Ruiz no apoio ao ponta de lança Islam Slimani.
O Sporting CP entrou em campo com vontade de honrar aqueles que deixaram melodia nos nossos ouvidos. Apesar das balizas andarem longe da mira dos homens mais avançados, nas duas primeiras dezenas de minutos, o leão não deixou de imprimir velocidade e intensidade, prometida pelo próprio técnico, Jorge Jesus, na antevisão do jogo. Um domínio claro, ao qual o Wolfsburgo não conseguia dar seguimento. Com maior fulgor do lado esquerdo, de lá nasceu o primeiro rugido, com Bruno César a assistir, ao minuto 26, Islam Slimani, ao aproveitar um erro terrível de Dante. Livre de marcação, o argelino, à meia volta, estoirou pela primeira vez a baliza germânica.
Este foi apenas o primeiro de três actos do médio brasileiro. Primeiro assistiu, depois apontou às redes alemãs, com a bola a raspar o poste direito do guardião Casteels, que ao minuto 34 viu a sua baliza ser violada pela segunda vez, novamente com Bruno César na jogada: o brasileiro é derrubado na área, pelo defesa Trash, e Adrien, na conversão da grande penalidade, ampliou para 2-0.
Numa primeira parte onde a defesa leonina esteve de aço, com Rúben Semedo e o patrão Coates, em grande plano, foi mesmo Rui Patrício a merecer a grande ovação antes do regresso aos balneários: Ricardo Rodríguez remata, em posição central, fora da grande área para um voo de enorme categoria do internacional português que fez valer o título de melhor guarda-redes do Euro-2016.
Na segunda metade, o Sporting perdeu fulgor na pauta musical, a sinfonia andou a compasso, fruto das 10 alterações que ocorreram na etapa complementar: o primeiro a sair foi João Mário, para a entrada de Iuri Medeiros. Ao minuto 54, Jorge Jesus retira Adrien e Slimani, colocando Palhinha e Alan Ruiz no terreno de jogo.
Dez minutos depois, o técnico muda os laterais da orquestra: saem Zeegelar e Schelotto para as entradas de Jefferson e João Pereira.
O Wolfsburg aproveitou o desacerto táctico da formação para subir no terreno de jogo. As linhas alemãs subiram e a defesa leonina começou a ter mais trabalho, com Rui Patrício a ser chamado ao serviço.
A sopa de letras tornou-se ainda mais confusa quando Jorge Jesus opera mais cinco alterações aos 76 minutos. Ruben Semedo, William Carvalho, Bryan Ruiz, Bruno César e Coates abandonam o relvado, para as entradas de Ewerton, Aquillani, Podence, Matheus e Naldo.
Resumido e baralhando, apenas restou Rui Patrício do onze inicial que ao minuto 78 não conseguiu evitar o golo germânico, apontado por Donkor.
A sinfonia verde e branca ecoou para uma plateia de 30.198 espectadores que rugiram a plenos pulmões durante 90 minutos. Mais seis de descontos. Lá no céu, os Cinco Violinos também aplaudiram.