Técnico destacou "segunda parte fantástica"

Após o notável triunfo frente ao poderoso PSG por 39-28, Ricardo Costa, treinador dos Leões do andebol, fez a análise deste jogo da oitava jornada do grupo A da EHF Champions League em conferência de imprensa.

"Foi uma segunda parte fantástica. Sabíamos que o PSG não tinha alguns jogadores importantes e nós fizemos um excelente trabalho. Uma palavra também para os nossos adeptos, porque tivemos um ambiente fantástico", começou por dizer na sala de imprensa do Pavilhão João Rocha, antes de ‘dissecar’ o desenrolar dos acontecimentos.

"Hoje tínhamos um grande desafio. Na primeira parte estivemos demasiado à vontade no jogo, pedimos para não cometer tantas falhas e podíamos ter feito muito melhor. Depois, defendemos muito bem o 7v6, o André [Kristensen] ajudou, mas acho que a dinâmica defensiva foi absolutamente decisiva", destacou o treinador dos Campeões Nacionais, ciente da importância de "corrigir algumas coisas" relativamente à derrota em Paris.

Agora, o factor casa voltou a ajudar e muito, segundo Ricardo Costa. São já 35 vitórias seguidas no Pavilhão João Rocha, e esta é mais uma na galeria das grandes noites de Liga dos Campeões.

"Um dos factores é o ambiente que vivemos aqui. É altamente difícil para qualquer equipa vir jogar cá", considerou, acrescentando: "Disse aos meus atletas que o orgulho de ter o pavilhão cheio há semanas e já sem bilhetes à venda é um trabalho deles. Tínhamos a obrigação de continuar a ser grandes dentro de campo".

"Continuar a contagiar, a jogar o andebol que sabemos, mas também a continuar com os pés no chão" é o plano traçado pelo técnico nesta EHF Champions League. "Há três anos eramos uma equipa jovem, com dores de crescimento e hoje as dores são outras. Tenho um grande orgulho nesta equipa e nestes jogadores, que nos fazem sonhar a todos, inclusive a mim, que sou o treinador", salientou Ricardo Costa.

Com 11 pontos somados em oito jogos, é tempo de "continuar o caminho de superação", apontou, mas também de continuar a apontar bem alto. "Temos de sonhar em grande para atingir grandes metas. No início desta caminhada sempre disse aos meus atletas que não íamos participar na Liga dos Campeões, mas sim lutar por algo muito grande. Enquanto sentir esta energia dos meus jogadores, não existe outro caminho", sentenciou Ricardo Costa.

Vitória avassaladora frente ao PSG (39-28) em nova noite para recordar

Em casa continua a mandar o Leão. Num Pavilhão João Rocha lotado, a equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu o Paris Saint-Germain por 39-28, esta quarta-feira à noite, na partida da oitava jornada do grupo A da EHF Champions League.

Depois de dois desaires europeus, os Leões de Ricardo Costa voltaram a casa – onde só sabem vencer - para responder de forma enfática e começar a segunda volta da fase de grupos da melhor maneira ao impor uma derrota ao crónico campeão francês que já não perdia há dois meses – e tinha apenas duas derrotas esta época.

Numa noite em que André Kristensen foi uma ‘muralha’ entre os postes (17 defesas), a primeira parte foi um inquebrável ‘braço de ferro’ entre as duas equipas, mas a forma avassaladora como os Leões entraram no segundo tempo acabou por escrever mais uma história para recordar nesta EHF Champions League.

Desta forma, o Sporting CP chega aos 11 pontos e ultrapassa – à condição – o CS Dinamo București (10 pontos, mas com menos um jogo) no terceiro lugar e aproxima-se da liderança do PSG (12) e Vészprem HC (12, mas menos um jogo) no grupo.

Para este duelo de líderes - e actuais campeões - dos seus respectivos campeonatos domésticos, Ricardo Costa apostou de início em André Kristensen, Orri Þorkelsson, Martim Costa, Natán Suárez, Edy Silva, Kiko Costa e Pedro Portela - ainda sem João Gomes nas opções. Já do lado parisino, Andreas Palicka, Luc Steins, Luka Karabatic e Elohim Prandi foram importantes ausências para o técnico Raúl González.

Foi muito o equilíbrio desde a abertura do jogo e, apesar de alguns deslizes do Sporting CP no ataque, rapidamente as bancadas e os irmãos Costa começaram a ‘rugir’ e Pedro Portela assinou o 4-3 - e desde o início que ambos os guarda-redes também disseram ‘presente’ (ambos fecharam a primeira parte com mais de 30% de eficácia entre os postes).

Após os primeiros dez minutos, no entanto, o PSG – mais certeiro a nível ofensivo - distanciou-se com o 6-9 e, pouco depois, só não fez o 7-11 porque Kristensen, sozinho, parou um contra-ataque dos franceses. Galvanizador a cada defesa, o guardião norueguês continuou a emergir e catapultou os Leões para a reacção, que se ficou inicialmente pelo 9-10 – apesar de um par de oportunidades (desperdiçadas) para empatar.

Ainda assim, os comandados de Ricardo Costa continuaram em busca de mais, melhoraram defensivamente – com Kristensen a fechar a baliza a ‘sete chaves’ – e foi nesta recta final que sobressaiu a melhor versão da equipa Leonina até então. Já sob um ambiente ensurdecedor, a igualdade chegou aos 22 minutos saída da ponta direita, com Portela a assinar o 12-12 e, instantes depois, o capitão Salvador Salvador atirou a contar para a reviravolta no marcador (14-13).

O ‘braço de ferro’ entre Sporting CP e PSG durou até ao último segundo da primeira parte, mas um certeiro livre de sete metros de Þorkelsson – então com quatro golos (máximo do lado Leonino) – fez prevalecer o 16-15 a favor dos Leões ao intervalo.

E, a seguir, não podia ter sido melhor a reentrada verde e branca na partida. Com muita competência atrás e astúcia a sair para o ataque, Kiko Costa dilatou a vantagem e mais um livre de sete metros de Þorkelsson aumentou a vantagem para três golos pela primeira vez (19-16) – e o pivô Gautier Loredon sofreu uma exclusão de dois minutos.

O conjunto de Paris ainda tentou reagir de imediato com a aposta no 7v6, mas o ímpeto Leonino revelou-se avassalador e a diferença no marcador continuou a aumentar de forma frenética. Às consecutivas defesas de Kristensen, somaram-se roubos de bola, uma defesa cada vez mais férrea e os golos de Martim, Gurri e Kiko (dois) para fixar o 25-18 – e tudo isto ainda antes do minuto 40 para júbilo das bancadas a ‘abarrotar’ do Pavilhão João Rocha.

Nesta fase, o desespero do crónico campeão francês em campo contrastou com a soltura dos Leões, que foram abrilhantando a exibição com momentos de ‘magia’, ora para encontrar Edy Silva por dentro, ora com finalizações em ‘rosca’. E, de novo, a vantagem verde e branca não parou de aumentar: com a velocidade de Gassama a funcionar, o 33-24 soltou o rugido das bancadas e, pouco depois, o guarda-redes Kristensen coroou a sua exibição sublime com o 36-26 que ‘cavou’ uma valiosa diferença de dez golos no marcador.

Com este ‘murro na mesa’, a quarta vitória europeia (em quatro jogos) em casa já não fugiria das ‘garras’ do Leão, que continua a brilhar entre a elite europeia. E a festa fez-se, mais uma vez, em simbiose perfeita entre equipa e adeptos para lá do final do jogo.

Na próxima jornada europeia, já na próxima semana, o Sporting CP e o Pavilhão João Rocha receberão também os romenos do CS Dinamo București, mas antes disso segue-se o regresso ao Campeonato Nacional através de uma visita ao Vitória SC.

Sporting CP: Edy Silva (2), Pedro Portela (3), Kiko Costa (6), Natán Suárez, Jan Gurri (3), Pedro Martínez, William Höghielm, Salvador Salvador [C] (6), Orri Þorkelsson (7), Mamadou Gassama (2), André Kristensen [GR] (1), Diogo Branquinho, Maiko Vázquez, Christian Moga, Martim Costa (9), Mohamed Ali [GR]

Sporting CP recebe o Paris Saint-Germain FC na quarta-feira (19h45)

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal recebe, esta quarta-feira, o Paris Saint-Germain FC, a partir das 19h45 no Pavilhão João Rocha, em partida da oitava jornada da fase de grupos da EHF Champions League. Em antevisão à partida, Mohamed Ali exprimiu a confiança do grupo de trabalho dos Campeões Nacionais.

“Sentimo-nos muito bem, até agora estamos a jogar bem a EHF Champions League, mas é uma prova longa, com jogos difíceis em que jogamos contra as melhores equipas do Mundo. Estamos a treinar bem a cada semana para cada jogo”, disse o guarda-redes egípcio de andebol do Sporting CP em declarações aos meios de comunicação do Clube.

De seguida, Ali desvendou o que espera do PSG no reduto Leonino. “Normalmente não é fácil jogar aqui [Pavilhão João Rocha], porque sabemos que com os nossos adeptos a ajudarem somos muito fortes. O PSG tem agora dois jogadores que estão lesionados, mas é uma das melhores equipas do Mundo. Estamos muito concentrados para o jogo e queremos ganhar”, traçou.

O guarda-redes lembrou ainda o jogo da primeira volta em Paris, mas acredita que desta vez o resultado será favorável ao Sporting CP. “Até cerca dos 45 minutos eles ganhavam por quatro, cinco golos, mas depois reduzimos. Creio que teremos de nos concentrar mais no ataque, a nossa defesa está bem, mas é normal que tenha havido coisas que não foram tão boas, porque também jogámos contra uma grande equipa. Só temos de nos concentrar em nós próprios, no nosso ataque, na nossa defesa, no nosso trabalho. Creio que temos treinado bem para isso”, realçou.

A preparação do jogo envolve conversas com o companheiro de sector, André Kristensen, para, por exemplo, decifrar “como remata o lateral direito adversário, qual o lado favorito de remate dele, coisas entre guarda-redes”, contou, falando depois da frieza que vai ser necessária nas quatro linhas, para uma mistura perfeita com a força dos adeptos Leoninos nas bancadas.

“Temos de jogar tranquilos. Queremos ganhar, sim, mas com cabeça. Teremos de pensar bem, jogamos em casa, com a nossa gente, os nossos adeptos e isso é algo importante para nós. Todas as equipas na EHF Champions League sabem que, quando vêm aqui, não é fácil ganharem-nos”, sentenciou Ali. 

Análise do treinador da equipa Leonina após triunfo frente à AA Águas Santas

No final da partida da 12.ª jornada do Campeonato de andebol em que o Sporting CP venceu a AA Águas Santas por 36-28, o treinador da equipa Leonina, Ricardo Costa, fez a análise ao jogo em declarações aos meios de comunicação do Clube.   

“Foi um jogo intermitente da nossa parte, daí a minha insatisfação. Acho que falhámos demasiados remates na cara do guarda-redes, o Francisco [Fontes, guarda-redes da AA Águas Santas] fez 17 defesas, normalmente quando um guarda-redes faz tantas defesas é um sinal de que podemos perder o jogo. Dominámos o jogo, mas oscilámos muito, quando fizemos as rotações e não interessa quem foi, mas quando as fizemos abanámos sempre e perdemos solidez".

Ricardo Costa viu aspectos a corrigir na exibição Leonina. “Na primeira parte tínhamos 20 golos marcados, 16 sofridos, estivemos bem em termos defensivos, mas em termos de recuperação defensiva, a AA Águas Santas fez na minha opinião vários contra-ataques fáceis, situações nas quais criámos diante do guarda-redes e depois não recuperámos. Nunca esteve em causa a nossa vitória, mas não foi um jogo que me satisfizesse de forma total”.

Para o treinador, a pausa para selecções e o primeiro jogo após esses compromissos dos países permite extrair agora ilações mais concretas. “Acho que de depois de uma paragem da Selecção nunca sabemos qual é o momento dos jogadores, a equipa pareceu-me um pouco partida, é normal. Ainda bem que este jogo foi em nossa casa, se fosse fora os problemas ainda poderiam ser maiores, conseguimos ganhar, era importante somar mais três pontos e julgo que tivemos momentos brilhantes de andebol bem jogado e outros momentos não tão bem jogados, mas isso faz parte do nosso crescimento e também do Campeonato que não é sempre a dominar. Há que sofrer também para ganhar e acho que hoje sofremos um pouco”.           

Francisco Costa, jogador da equipa de andebol do Sporting CP, deu também a opinião sobre o jogo da 12.ª jornada realizado este sábado no Pavilhão João Rocha, em declarações aos meios de comunicação do Clube.  

“Claro que sabe bem dar continuidade ao trabalho que temos vindo a fazer. Foi bom voltarmos a estar todos juntos, voltar a sentir aquelas sensações que tínhamos. Aconteceu hoje. Foi um pouco difícil a entrada. Na segunda parte conseguimos pôr dentro de campo aquilo que trabalhámos ao longo da semana, agora temos um jogo importantíssimo da EHF Champions League na quarta-feira. Na primeira parte, hoje, tivemos vantagens de seis sete golos, que depois foram reduzidas para três golos, quisemos resolver o jogo muito rápido e isso não estava a acontecer, perdemos bolas e sofremos golos em transição. Na segunda parte o Ricardo [Costa] disse para não arriscarmos tanto, jogarmos pela certa e defender bem. Passa por aí. Não arriscar tanto conseguimos fazer menos falhas técnicas do que na primeira parte e isso foi a chave do jogo”.   

Triunfo da equipa de Ricardo Costa frente à AA Águas Santas por 36-28

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal venceu este sábado a Associação Atlética Águas Santas por 36-28, na jornada 12 do Campeonato.

Um triunfo que dá sequência à marcha invencível e sem travões da equipa de Ricardo Costa, com os campeões nacionais a somarem o 12.º triunfo em outras tantas jornadas do Campeonato, na partida que para os Leões marcava o início da segunda volta.

O Sporting CP foi mais uma vez intenso e muito capaz, apesar de um certo ‘abrandamento’ na fase final da primeira parte. Nada que pusesse em perigo o ascendente dos verdes e brancos, que foi a tónica da partida.

O pivô Edy Silva marcou os dois primeiros golos dos campeões nacionais - o segundo numa execução primorosa em remate de costas.

Com uma defesa profunda e a sair rápido ao jogador que ia receber a bola, o Sporting CP limitou as acções da equipa maiata e por isso andou sempre na frente do marcador, tendo dobrado a formação visitante aos 8-4, com menos de 10 minutos jogados na etapa inicial.

Na baliza, Mohamed Aly foi garante de segurança em toda a defesa, com a equipa maiata a não conseguir transpor o 6x0 que derivava para 5x1 da formação verde e branca.

Com as virtudes habituais – andebol rápido e de transições e soluções diversificadas de remate, a equipa Leonina foi gerindo a vantagem -, quando não a alargou – esteve na frente a 14-7 – tendo ficado apenas uma nota menos boa nessa fase – Gassama teve de sair, devido a queixas físicas – recuperou e voltou ao jogo na segunda parte.

A AA Santas ainda conseguiu uma boa reacção, ao reduzir dos16-11 para os 17-14, cenário para o qual também ‘concorreram’ duas exclusões quase seguidas, de Salvador Salvador e de Diogo Branquinho no Sporting CP.

Mas a equipa Leonina recompôs-se, com uma excelente capacidade física e anímica e fechou a primeira parte na frente por 20 -15 e Martim Costa, mas também Jan Gurri a revelarem boa pontaria na concretização.

Os primeiros 10 minutos da segunda parte definiram, se dúvidas houvesse, o vencedor da partida. O Sporting CP conseguiu marcar nessa fase oito golos e sofrer apenas um, com uma defesa de elevado nível e uma elasticidade nas trocas que reduziu em muito as possibilidades de sucesso da equipa maiata na concretização.   

Os 25-16 com cerca de sete minutos jogos na etapa complementar embalaram o Sporting CP para a referida vitória e os contra-ataques, ou ataques planeados a redundarem em bons golos.

Os irmãos Costa – Martim e Francisco – distinguiam-se nas concretizações – e aos 20 minutos a vantagem era de 32-25, com um golo de Christian Moga, pivô que está cada vez mais eficiente no ataque.

Nos últimos minutos, Ricardo Costa mudou a primeira linha, para testar soluções também saídas da formação. Rafael Vasconcelos e Maiko Vazquez juntaram-se a Pedro Martínez e o jogo foi correndo até ao final, com a AA Santas ainda a reduzir diferenças, que ficaram fechadas em 36-28.

Muito bom ensaio dos campeões nacionais para o embate que vão ter já esta quarta-feira frente ao PSG no Pavilhão João Rocha, a partir das 19h45, na 8.ª jornada da EHF Champions League.    

Sporting CP: Edy Silva (3), Pedro Portela (2), Francisco Costa (8), Natán Suárez (1), Jan Gurri (2), Pedro Martínez, Salvador Salvador (2), Orri Þorkelsson (4), Gassama (2), Andre Kristensen [GR], Diogo Branquinho, Maiko Vazquez, Christian Moga (3), Martim Costa (9), Mohamed Aly [GR], Rafael Vasconcelos.

Andebol regressa com recepção à AA Águas Santas

Duas semanas depois, a equipa principal de andebol do Sporting Clube de Portugal está de volta à acção para receber, este sábado (18h30), a AA Águas Santas na jornada 12, que dará início à segunda volta desta primeira fase do Campeonato Nacional.

Antes da paragem para compromissos internacionais, os Leões de Ricardo Costa assumiram a liderança isolada da tabela – só com vitórias (33 pontos) – ao vencer em casa do FC Porto (30-31). "Não é fácil jogar lá, foi um clássico difícil, mas conseguimos a vitória, que é o mais importante", rememorou Christian Moga, pivô dos Leões, aos meios de comunicação do Sporting CP, antes de garantir que a equipa já está preparada para regressar à acção.

"Afinamos algumas coisas, os jogadores que foram às selecções já regressaram, estamos todos juntos e já olhamos em frente", atirou. No horizonte segue-se a recepção a uma AA Águas Santas actualmente no sexto lugar e que não deve ser descurada, alertou o andebolista de 26 anos, agora com o Pavilhão João Rocha como palco.

"Eles vêm com tudo, mas nós vamos estar preparados. Temos de encarar o jogo com seriedade, porque é um adversário difícil. Lá não foi tão fácil [30-41], por isso queremos fazer melhor do que na primeira volta", apontou, acrescentando: "A expectativa é sempre ganhar, mas sabemos que a AA Águas Santas é uma equipa contra quem é difícil de jogar".

Apesar dos obstáculos, a missão verde e branca é clara. "Temos o objectivo de vencer todos os jogos", traçou Christian Moga, destacando “o trabalho e a união” da equipa às ordens de Ricardo Costa.

Já a nível pessoal, o pivô sente-se “bem” de Leão ao peito, reconheceu, mas sempre disposto “a melhorar” com “treino e trabalho diário”, completou.

"É um prémio muito especial e significa muito porque reconhece o meu trabalho"

Martim Costa foi eleito o melhor jogador jovem da Europa pela Federação Europeia de Andebol (EHF).

Aos 22 anos, o lateral é uma das figuras do Sporting Clube de Portugal e da Selecção Nacional e, naturalmente, ficou muito satisfeito com este reconhecimento. “É, sem dúvida, um prémio muito especial para mim. É sinal de que as coisas têm corrido muito bem e que o trabalho tem sido bem feito. Significa muito para mim porque reconhece o meu trabalho e o meu objectivo passa por continuar a trabalhar para que daqui a uns anos o prémio seja de melhor jogador e não melhor jovem”, começou por dizer ao Jornal Sporting.

Neste momento ao serviço de Portugal, o jovem jogador soma 22 jogos e 114 golos esta época pelo Clube, reconhecendo que o Sporting CP o tem ajudado a ser quem hoje é dentro e fora das quatro linhas: “O Sporting CP, os meus companheiros de equipa, a equipa técnica e o staff contribuíram muito para a conquista deste prémio. Todos me têm ajudado a evoluir muito nos últimos quatro anos. Quando cheguei aqui não era metade do que sou agora. Sem dúvida de que o Sporting CP me tornou melhor atleta, melhor companheiro de equipa e melhor pessoa”.

Orgulhoso disso e sempre focado em ser ainda melhor, Martim Costa referiu que continuará a fazer aquilo que fez até aqui: “Podem esperar de mim o mesmo de sempre: dedicação máxima pelo Clube e pela Selecção. Continuarei a treinar no máximo e a ajudar os meus companheiros de equipa a serem melhores para continuarmos a ganhar títulos”.

Técnico destaca justiça dos três pontos conquistados pelo Sporting CP na Dragão Arena

No final da partida da 11.ª jornada do Campeonato Andebol1, no qual o Sporting CP triunfou em casa do FC Porto por 30-31, o técnico Leonino, Ricardo Costa, fez a análise à partida aos meios de comunicação do Clube, destacando o mérito da vitória dos campeões nacionais.  

“Em primeiro lugar, dar os parabéns às três equipas. Foi um grande jogo de andebol, uma grande promoção à modalidade. A haver um vencedor teríamos de ser nós, pelo simples facto de entrarmos melhor na primeira parte, entrarmos melhor na segunda, tanto numa parte como na outra tivemos vantagem de quatro golos. É óbvio que do outro lado está uma equipa capaz de reagir e reagiu sempre de uma forma forte, mas nós nunca abanámos. Mesmo perdendo duas ou três vezes a vantagem. Saíamos mais fortes com um parcial de 3-0 na segunda parte. Podíamos ter gerido a parte final e jogámos a última bola, mas sabemos que na Dragão Arena é sempre assim, será sempre assim entre estas duas equipas, uma luta de titãs. No fim tem vencido o Sporting CP. Dar os parabéns aos meus atletas, são três pontos muito merecidos”.   

Para Ricardo Costa, o triunfo do Sporting CP em casa do FC Porto “não é decisivo”, mas é importante. “Temos o exemplo da época passada. É certo que para nós é importante ganhar sempre, em todo o lado, estamos talhados para vencer e é isso que queremos continuar a fazer. Uma coisa é vencer, outra é achar que temos o campeonato no bolso. Serei o primeiro a contrariar isso, porque sei que a partir de agora e com esta vitória no Dragão, toda a gente mos vai colocar a faixa ao peito, nós rejeitamos de todo esse entregar das faixas. Há muito Campeonato, a época é muito longa, foi muito importante vencer aqui [Dragão Arena], mas não significa nada, é apenas mais um jogo, Temos de continuar a nossa luta, agora com estes 15 dias de paragem para as selecções, desejar a máxima sorte aos nossos atletas”.

Ricardo Costa agradeceu, ainda, o excelente apoio dos Sportinguistas na bancada do recinto do FC Porto. “Ajudaram-nos imenso, dar os parabéns aos que vieram aqui e aos que ficaram em casa a torcer por nós.  Esta vitória é deles, é para eles, somos uma família e há que continuar a lutar pelo Sporting CP e a conquistar títulos para o Sporting CP”.

O capitão Salvador Salvador fez também a análise ao clássico do Sporting CP em casa do FC Porto, relativo à 11.ª jornada do Campeonato Andebol1, em declarações aos meios de comunicação do Clube.  

“Foi o típico clássico, um excelente jogo de andebol. É muito complicado vir jogar aqui [Dragão Arena], acho que entrámos fortes, entrámos bem, depois cometemos alguns erros, não só no ataque, como na defesa, na nossa recuperação defensiva, sofremos um parcial de 5-0, também com mérito do FC Porto. Na segunda parte entrámos com uma ‘cara’ completamente diferente, estivemos quase sempre a ganhar, metemos o resultado numa vantagem de três nos últimos cinco minutos, com o FC Porto sempre atrás no resultado e felizmente apareceu outra vez o Martim [Costa]; aparece sempre nestes momentos, marcou mais um excelente golo. Conseguimos levar a vitória para nossa casa e temos a 11.ª vitória em onze jogos”, alertando que “o caminho é muito longo e vamos manter os pés no chão”.    

Excelente exibição dos Campeões Nacionais frente ao FC Porto (30-31)

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal visitou e venceu o FC Porto por 30-31, este sábado, em partida da 11.ª jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional. 

A primeira parte foi de grande equilíbrio, com alternâncias de marcador e de vantagens e essa foi a toada que marcou os 30 minutos iniciais. 
O Sporting CP com uma defesa profunda, agressiva e a limitar as acções da primeira linha do FC Porto, levou os Campeões Nacionais a começarem logo com 0-2, através de um golo de Salvador Salvador e de um golo de Martim Costa. O FC Porto teve dificuldades iniciais para superar a muito bem organizada defesa do Sporting CP, mas empatou a dois golos, através de contra-ataques. 

A tendência de superioridade do Sporting CP nesta primeira fase de jogo ficou mais evidente quando o Sporting CP conseguiu um parcial de 0-3 para o 4-7, com o técnico co FC Porto a mexer de forma radical na primeira linha, retirando Pedro Valdés e Fábio Magalhães para as entradas dos nórdicos Leo Gunnarson e de Jakob Mikkelsen. Assente numa defesa muito capaz, o Sporting CP foi evidenciando superioridade, mas com o FC Porto a crescer nos ataques através da primeira linha e das ligações com o pivô – também houve troca durante o jogo com a entrada de Victor Iturriza.   

O Sporting CP jogava mais rápido do que o FC Porto, com Martim Costa e Francisco Costa a conseguirem diversos golos nas entradas aos seis metros e o FC Porto aumentou a agressividade defensiva, o que levou até Natán Suárez a ter de ser substituído, fruto de um contacto físico bastante duro na cara que tirou o espanhol das quatro linhas por alguns minutos.

Quando Edy Silva - num grande golo - fez o 9-13, a supremacia do Sporting CP era indiscutível, mas os Leões de Ricardo Costa sofreram depois um ‘apagão’, com o FC Porto a aproveitar bem alguns remates com pouco ângulo dos jogadores Sportinguistas e ainda uma exibição crescente em qualidade de Diogo Rema na baliza portista. De 9-13 e 11-15, o FC Porto virou para 16-15, com Iturrriza a marcar o golo dessa recuperação azul e branca, a menos de dois minutos para o intervalo. A frieza de Christian Moga empatou o jogo a 16 golos, resultado com que se chegou ao intervalo, numa grande execução do pivô Leonino, em chapéu. 

Já no segundo tempo, o técnico Ricardo Costa promoveu logo uma mudança, com a entrada de Mohamed Aly para a baliza. No ataque, dois golos quase de seguida, um de Orri Þorkelsson e outro de Francisco Costa mostravam a boa disposição ofensiva dos Campeões Nacionais, para uma vantagem de dois golos da equipa Leonina, que ainda aumentou já dentro dos cinco primeiros minutos, com um grande golo de Francisco Costa. 

Contudo, uma exclusão de Moga deixou o Sporting CP com menos um jogador durante dois minutos, situação aproveitada pelo FC Porto para diminuir a desvantagem até um golo de diferença, depois de uma entrada do ponta direito portista, Diocou. Um livre de sete metros à trave de Francisco Costa acabou por ser aproveitado logo de seguida para o 20-20, com Orri Þorkelsson a dar nova vantagem aos Leões, de livre de sete metros e Gassama, num contra-ataque finalizado de baliza deserta fez o 20-22. 

O jogo começava a ter uma prevalência das defesas sobre os ataques, cada vez mais prolongados, mas com remates, algum vezes na iminência de jogo passivo, com menores possibilidades de sucesso e as falhas técnicas também a aparecerem – erros não forçados que comprometeram ataques do Sporting CP.  Se não era em ataque planeado, era em contra-ataque que o Sporting CP se mantinha agarrado à liderança no marcador, com Gassama muito certeiro nesse capítulo a fazer o 22-24. 

E na baliza começava a emergir Mohamed Aly, com excelentes defesas a remates das pontas. A vantagem de três golos (22-25) com 19’22 jogados no segundo tempo, em magnífico remate de meia distância de Martim Costa, levou o treinador do FC Porto a pedir uma pausa técnica para travar o ascendente Leonino, com Martim Costa a aparecer em grande plano com golos consecutivos de primeira linha. 

Mas o Sporting CP teve uma exclusão de dois minutos a Gassama, a anteceder um livre de sete metros defendido por Kristensen, que logo a seguir faria nova grande defesa a remate aos seis metros de um jogador do FC Porto, praticamente dentro dos cinco minutos finais, com Orri Þorkelsson a marcar um grande golo de ponta. A vantagem de 26-29, com um golo de Edy Silva, deixava o Sporting CP muito bem colocado para vencer o jogo, até porque os Leões iam gerindo a vantagem de três golos já com menos de três minutos para jogar – perto do exemplar Martim Costa nesta fase. 

O FC Porto ainda aproximou a 29-30 com menos de um minuto para jogar, mas um grande golo de Martim Costa apontou o 29-31, de nada valendo o golo do FC Porto a reduzir para o 30-31, já no segundo final. 

Vitória justíssima e muito importante da equipa de andebol do Sporting CP, em casa do FC Porto, resultado que isola os Campeões Nacionais na liderança da tabela, só com vitórias, ao mesmo tempo que impôs a primeira derrota aos dragões.    

Sporting CP: Edy Silva (2), Pedro Portela (1), Francisco Costa (6), Natán Suárez (1), Jan Gurri (2), Pedro Martínez, William Höghielm, Salvador Salvador [C] (2), Orri Þorkelsson (3), Mamadou Gassama (2), Andre Kristensen [GR], Diogo Branquinho, Christian Moga (1), Martim Costa (11), Mohamed Aly [GR],

Treinador Leonino na antevisão ao encontro com o FC Porto

A equipa principal de andebol do Sporting Clube de Portugal joga, neste sábado, às 18h00, em casa do FC Porto em jogo da jornada 11 da fase regular do Campeonato Nacional. Frente-a-frente o primeiro e o segundo classificados da prova, ainda sem qualquer derrota, com os Leões a terem, naturalmente, a ambição de continuar invictos.

Ricardo Costa fez a antevisão ao encontro, referindo que não será um jogo fácil, mas não tem dúvidas de que se o Sporting CP fizer o que tem feito, sobretudo na Liga dos Campeões, estará mais perto de vencer.

“O FC Porto é uma equipa que jogou muitos anos na Liga dos Campeões e o nosso nível na Liga dos Campeões deve ser levado para este jogo. Há outros jogos do nosso campeonato em que, se calhar, não temos a motivação de colocar em campo essa intensidade, mas neste temos de colocar e só assim, com a nossa melhor versão, conseguiremos vencer no Dragão”, começou por dizer o técnico Leonino, referindo que este jogo não decide nada, mas é importante como todos: “Todos os jogos são importantes para nós, não podemos falhar contra ninguém, mas sabemos que este jogo não decide nada e no ano passado vimos isso. Vencermos os dois jogos e termos tido nove pontos de avanço não significou ser campeão à segunda ou terceira jornada da fase final. Por isso, todos os jogos são importantes, queremos vencê-los a todos, queremos mostrar em todos o nosso valor e esta é mais uma oportunidade para o fazer”.

Por isso, Ricardo Costa, que disse que o FC Porto “apesar de ter mudado de treinador, tem as mesmas ideias”, referiu que mais importante do que as qualidades do adversário é o foco estar na equipa verde e branca: “Temos de nos concentrar no que queremos fazer. Sabemos que a base do FC Porto é a defesa, que é muito forte e compacta, e nós temos de ser inteligentes para os ultrapassar e vencer. Estes jogos podem sempre cair para qualquer um dos lados, com margens mínimas, como temos visto, mas estamos prontos para mais este jogo e para conquistar os três pontos”.

O treinador do Sporting CP apelou ainda à presença e ao apoio dos adeptos Leoninos em casa do FC Porto e mesmo à distância: “Gostamos muito de jogar no Pavilhão João Rocha, mas também gostamos muito de jogar fora e quando vencemos fora de casa o sabor ainda é maior. Os Sportinguistas têm-nos apoiado muito, ainda agora em França tivemos muitos na bancada, e por isso deixo-lhes o convite para estarem no Dragão também, mas quem não tiver bilhete que nos veja na televisão porque nós jogamos sempre para eles”.