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Foto César Santos

“Depois do primeiro golo pelo Sporting não tem dado para acreditar”

Por Jornal Sporting
02 Fev, 2017

Uma entrevista de Bas Dost ao Jornal Sporting, em conjunto com a Sporting TV, em vésperas da viagem ao Dragão

Chegou, viu e marcou. Aos 27 anos, Bas Dost chega a Alvalade e com 18 golos em todas as competições, 16 apenas na Liga, está no bom caminho para se tornar o novo goleador da competição portuguesa. A marca coloca-o também no topo da Europa ao lado de Suárez (Barcelona) e Aubameyang (Dortmund). Conheça as ideias do holandês que começou a carreira como médio, negando a si próprio as qualidades que todos lhe apontavam como ponta-de-lança.

Jornal Sporting – Podemos começar por algo fácil: que palavras ou frases é que já consegue dizer em português?

Bas Dost – Alguma coisa. Bom dia, obrigado, como estás, boa noite, boa tarde [risos]. Sei dizer mais palavras, mas agora é difícil.

Quais foram os maiores obstáculos quando chegou a Portugal e o que mais o deixou maravilhado no Sporting?

O maior obstáculo foi a língua. Não podia falar com ninguém. Há muitas pessoas em Portugal que só falam português, mas essa dificuldade foi só no início. Estou aqui para jogar futebol e não para conversas. Tive sorte em ter marcado logo no primeiro jogo que fiz de leão ao peito e conseguir dar-vos boas sensações. Depois disso, correu tudo tão bem que não podia acreditar.

Consegue entender melhor o português?

Sim, já. Quando o treinador está a falar entendo 20 a 30% do que diz, mas há sempre um tradutor ao meu lado, portanto vai-me dizendo o que se passa.

Já tinha marcado em Alvalade antes mesmo de representar o Sporting, quando esteve ao serviço do Wolfsburg. Algum sentimento especial ou memória dessa primeira visita?

Lembro-me de na altura ter percebido que havia um grande ambiente. Ganhámos na Alemanha por 2-0 e na deslocação a Lisboa ficou 0-0, mas tivemos muita sorte. O Sporting podia ter ganho por 4-0. Gostei desde o início de ter jogado num grande estádio e perante um público fabuloso. Nunca pensei que algum dia pudesse vir a jogar aqui, mas a ideia era, sem dúvida, a de um grande Clube.

Que grandes diferenças encontrou entre os campeonatos holandês, alemão e português?

Há muitas diferenças. Na Alemanha, todos os jogos são complicados, não interessa qual o clube que se defronta. Na Holanda e em Portugal há jogos “fáceis”. Aqui os jogos fora de casa são todos bem difíceis. Joga-se frente ao Nacional, na Madeira, e todos pensam que será uma vitória, mas no fim torna-se complicado. Aqui há o Sporting, Benfica, FC Porto e Sp. Braga, enquanto que na Holanda há o Ajax, Feyernoord e PSV... é quase o mesmo. Contudo, o futebol é diferente. Gosto da maneira de pensar: quando ganhamos é tudo maravilhoso, se perdemos é tudo mau. Gosto disso.

Uma entrevista para ler na íntegra na edição impressa do Jornal Sporting, esta quinta-feira nas bancas