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“Fomos uma equipa com alma, coração e determinação”

Por Jornal Sporting
08 Nov, 2015

Declarações de Jorge Jesus no final da vitória por 1-0 sobre o Arouca

O Sporting teve de sofrer para vencer em Arouca, mas disso Jorge Jesus já estava à espera. O técnico ‘leonino’ salientou o rigor defensivo demonstrado pela formação da casa, destacando que só uma equipa forte nos duelos individuais, cheia de querer e competitividade seria capaz de ultrapassar os comandados de Lito Vidigal. E foi o que aconteceu: mentalidade de campeão.

“Já sabia que ia ser um jogo difícil. Em nove jogos, o Arouca tinha uma derrota frente ao FC Porto e já tinha ganho três pontos a um candidato ao título. E esse jogo foi em Aveiro, não foi aqui. Aqui é mais difícil. É uma equipa muito organizada defensivamente, não é fácil marcar-lhes golos. Tínhamos de ter mentalidade de campeão para além da qualidade técnica e táctica. Precisávamos de ter alma nos lances divididos, intensidade e competitividade, que foi o que fizemos, mais na segunda parte do que na primeira”, começou por explicar o treinador dos ‘leões’, continuando: “Era preciso muita atitude no confronto directo porque a equipa do Arouca é muito agressiva do ponto de vista defensivo. O Lito Vidigal montou uma equipa muito boa a defender, dentro das características e dos objectivos que tem, das melhores do Campeonato. Não tivemos muitas oportunidades, mas conseguimos algumas fáceis de concretizar, enquanto o Arouca pouco fez ofensivamente porque controlámo-los bem e não os deixámos sair muitas vezes. O que nos importava era ganhar e fomos compensados pela qualidade do nosso trabalho e por acreditar mesmo com menos um jogador. Os jogadores do Sporting mereceram sair daqui vencedores porque foi um jogo muito competitivo e soubemos estar à altura da responsabilidade”.

Jorge Jesus explicou ainda as alterações que pediu à equipa durante o descanso e o porquê da substituição de Esgaio por Jefferson. No final, tudo correu pelo melhor.

“Ao intervalo, tínhamos de mudar algo nos processos ofensivos. A equipa estava a jogar muito fechada, a nossa linha avançada fechava muito o espaço e, como o Arouca é muito organizado, não estávamos a encontrar espaço para os nossos jogadores transportarem a bola. Era preciso mudar posicionamentos, atitudes de jogo em termos técnicos e isso resultou melhor na segunda parte do que na primeira, também porque o Arouca não teve tanta intensidade defensiva devido ao cansaço imposto por correrem atrás da bola”, revelou o técnico, antes de explicar a entrada de Esgaio para o corredor esquerdo: “O Jefferson sentiu um desconforto muscular nos últimos minutos da primeira parte. Não o senti confiante, não quis que agravasse uma possível lesão e fui obrigado a substitui-lo. É curioso que o Esgaio entrou muito bem e deu mais dinâmica ao corredor do que o Jefferson”.

“Foi uma vitória de uma equipa que, para ser campeã, tem de saber sofrer. Ganhámos porque fomos a equipa que queria ganhar, mas, essencialmente, porque fomos uma equipa com alma, coração e determinação. Quando não saiu bem em termos técnicos, houve entrega e muita determinação e continuamos a defender a liderança, que era o que queríamos”, concluiu Jorge Jesus, não esquecendo os Sportinguistas que se deslocaram até ao Municipal de Arouca: “Os adeptos merecem esta vitória. Às oito e meia da noite de domingo, longe de Lisboa, não é fácil vir cá. Eles merecem o triunfo e a alegria porque também foram eles que, nos últimos 20 minutos, empurraram a equipa para a vitória. Obrigado aos adeptos do Sporting”.

No final, tempo ainda para responder a questões relativas a Pinto da Costa e Lopetegui, presidente e treinador do FC Porto. “Eu é que estou a falar a verdade e o que ele (Lopetegui) possa dizer, para mim, não tem valor nenhum. Conheço o Pinto da Costa há muitos anos, existe muita amizade, mas, se foram ao fundo da questão, as declarações dele tinham a direcção de alguém”, afirmou.