Tudo empatado no arranque da Taça CTT
19 Set, 2017
Sporting CP e Marítimo anularam-se na primeira jornada do grupo B num jogo marcado pelas apostas dos técnicos
Ainda está preso na garganta, não é? Sim, o grito do golo de Doumbia depois daquela má abordagem do guarda-redes do Marítimo, ainda na primeira parte. Ou o grito do golo de Petrovic, que cabeceou à barra depois do cruzamento teleguiado de Bruno César. A descarga de energia impulsionada por uma simples bola a tocar nas redes ficou guardada para outros campeonatos. Mas pôde aplaudir a excelente exibição de Ristovski, assim como o aperfeiçoamento da performance do Mattheus Oliveira à medida que o cronómetro ia avançando. No geral, tiraram-se bons apontamentos ‘aqui e ali’ da equipa de Jorge Jesus perante um Marítimo bem organizado defensivamente mas totalmente inconsequente no ataque. O jogo terminou empatado, mas os leões de Alvalade mostraram mais argumentos do que aqueles que vieram da Madeira. Faltou dar-lhes bailinho.
O camisola 13 dos verdes e brancos ficou encarregue de despertar os Sportinguistas, mais ou menos adormecidos por um início pouco dinâmico. Aproveitou a titularidade para apresentar os seus recursos, destacando-se o critério ofensivo e a rapidez quando precisou de recuperar a posição. Depois das demonstrações do miúdo macedónio, apenas o ‘quase-oportunismo’ de Doumbia voltou a provocar frenesim no Estádio José Alvalade. Abedzadeh esteve perto de dar uma ‘fífia’, mas o avançado costa-marfinense não acreditou muito nisso, desistindo do passe de Bruno César para rejúbilo do guarda-redes adversário. Aos 20’, ouviu-se um estrondo, mas voltou a não ser de festa, já que o cabeceamento de Petrovic embateu com toda a força na barra da baliza maritimista. Ficaram por aí as oportunidades do Sporting na primeira parte da partida, que terminou com a chegada de Mattheus ao ‘ponto de rebuçado’ – aquela recepção com a ponta da bota, após a variação de flanco de Alan Ruiz (da direita para a esquerda), resume a qualidade técnica do médio brasileiro.
Para a etapa complementar subiram os mesmos jogadores ao relvado, embora com posturas diferentes. Caso de Alan, capaz de dar ‘um pezinho’ em todos os lances mais perigosos dos verdes e brancos. Aliás, foi mesmo ele quem recuperou a bola ainda na defesa contrária, serviu Doumbia e levou as mãos à cabeça quando o defesa do Marítimo cortou o remate do colega em cima da linha (47’). Viram-se remates (sem força) de Iuri e Podence, muitos períodos de paragem para assistência médica e o caudal ofensivo leonino foi sendo construído mais com o coração o que com a cabeça. Do Marítimo, nem uma miragem, pois a certa altura limitaram-se a segurar o empate, resultado que o treinador Daniel Ramos admitiu ter sabido a vitória. Não é caso para menos. Nesta batalha entre leões, beneficiaram mesmo aqueles que, com menos argumentos, conseguiram somar os mesmos pontos do que o rei da selva.