Pela lei do talentoso bombardeiro
28 Abr, 2018
Dois golos de Bruno Fernandes colocou equipa no 2.º lugar em jogo que Portimonense dificultou ao máximo
A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal venceu, nesta noite de sábado, o Portimonense por 2-1, quando ficam agora a faltar apenas duas jornadas para o final do campeonato, com um escaldante – como sempre – dérbi para a próxima ronda.
As deslocações a Portimão nunca são tarefa fácil e o técnico Vítor Oliveira tornou-a ainda mais complicada pela forma organizada e disciplinada com que coloca os seus homens em campo. Nem mesmo depois de uma verdadeira entrada à leão no jogo por parte do Sporting, a formação algarvia pareceu perder o Norte. Logo aos dois minutos, Battaglia, de cabeça ao segundo poste, colocou Leo em sentido, após um pontapé de canto do homem que, para a esmagadora maioria da família leonina vale o seu peso em ouro, que é como quem diz, vale cada euro do investimento que o Clube fez na sua contratação. Mas já lá vamos.
Foi, apenas, a abertura das hostilidades futebolísticas, já que três minutos depois, foi Gelson Martins a cruzar para a cabeça do isolado Coates, que em vez de atacar à baliza, amorteceu a bola para uma zona de ninguém.
O Portimonense, paulatinamente, ia tentando chegar à baliza de Rui Patrício (8’ e 15’), mas nunca com o perigo suficiente para se questionar o domínio leonino no encontro. Foi um jogo “rico” – para utilizar a expressão usada por Vítor Oliveira na conferência de imprensa final –, mas este foi o melhor período do jogo, com um caudal ofensivo de encher o olho aos amantes do futebol de ataque. Acuña (17’) obrigou Leo a defender a dois tempos, com Bas Dost a escorregar no momento em que se ensaiava para rematar. Era de um ensaio mesmo que se tratava, mas com outro protagonista. Bas Dost, de cabeça, assistiu Bruno Fernandes para o golo inaugural (23’), coroando assim o que o colectivo havia batalhado até ao momento. E continuou. Cinco minutos depois, Gelson, supersónico pelo corredor direito a deixar para um Rafa Soares sem o mesmo andamento, chegou em esforço à linha e cruzou para remate de Acuña demasiado por cima da baliza de Leo.
Por não se conseguir dominar o tempo e o campo todo, Tabata assistiu Fabrício – num cruzamento elogiado pelo próprio Jorge Jesus – para o golo do empate, resultado com que se chegou ao intervalo, não sem antes Bryan Ruiz ter ainda desperdiçado nova arrancada da pérola da formação leonina, novamente pelo corredor direito, com escala ainda em Bas Dost.
O segundo tempo não foi tão bem jogado como o primeiro. A verdade é que, com as alterações promovidas por ambos os técnicos – as duas equipas começaram exactamente com o mesmo esquema de 4x2x3x1 –, os efeitos práticos só se fizeram sentir do lado do Sporting e quase mesmo ao soar o apito final. Novamente Bruno Fernandes, com um golo mais colocado do que em força, a entrar junto ao poste direito de Leo, que ainda se esticou... em vão.
Uma explosão de alegria no Municipal de Portimão, praticamente lotado com Sportinguistas que em momento algum pararam de incentivar a equipa. Provaram, mais uma vez, que seja onde for, os leões jogam sempre em casa.
Tudo pronto, agora, para o dérbi.