Resposta de Leão no Bessa
25 Abr, 2022
Sporting CP regressa às vitórias com solidez diante do Boavista FC (0-3)
A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal voltou, esta segunda-feira, à cidade do Porto para bater o Boavista FC por 0-3 na partida que encerrou a 31.ª jornada da Liga Portugal. Depois de uma semana difícil, os Leões deram uma resposta consistente e eficaz no terreno dos axadrezados para regressar às vitórias e voltarem a encurtar a distância para o primeiro lugar – agora a seis pontos.
Além disso, a turma de Alvalade faz 'xeque' ainda ao segundo lugar e que pode ser 'mate' já na próxima jornada, uma vez que agora está a apenas um ponto de ficar assegurado – e, consequentemente, também o acesso directo à fase de grupos da UEFA Champions League da próxima época.
Para enfrentar o 12.º classificado, comparativamente ao último encontro - frente ao FC Porto para a Taça de Portugal - o treinador Rúben Amorim mudou quatro peças para iniciar o jogo no 'tabuleiro' do Bessa: saíram os suspensos Matheus Reis, Pedro Porro e Paulinho e ainda Manuel Ugarte, entraram Nuno Santos, Ricardo Esgaio, João Palhinha e Marcus Edwards – reeditando com Pablo Sarabia e Pedro Gonçalves um trio móvel no ataque dos Leões. Além disso, Zouhair Feddal – após lesão – regressou às opções, juntando-se ainda aos jovens Gonçalo Esteves e Rodrigo Ribeiro no banco de suplentes.
Depois de ter soado a música 'Grândola Vila Morena' no estádio – uma das senhas da Revolução dos Cravos na noite do 24 para o 25 de Abril de 1974, há precisamente 48 anos - deu-se o pontapé de saída no relvado, com o Sporting CP a assumir a iniciativa e dando muita largura ao seu jogo, como é habitual. Assim, com Esgaio projectado na direita, surgiu o primeiro lance de envolvimento ofensivo, mas Matheus Nunes, à entrada da área, acertou mal na bola. Por sua vez, na profundidade, qualquer um dos três avançados Leoninos surgia na posição mais central e tentavam associar-se entre si – a mobilidade era total.
Já o Boavista FC - esta noite desfalcado pelas ausências do seu melhor marcador (Petar Musa) – e de um dos seus jogadores mais utilizados (Sebastián Pérez) - procurava manter-se organizado e sair rapidamente para o ataque depois de cada recuperação de bola – principalmente através de Kenji Gorré.
A posse era maioritariamente do Sporting CP (36%-64% na primeira parte), mas a toada da partida foi morna nos primeiros 20 minutos, antes de chegarem os primeiros golpes neste duelo felino. E os primeiros pertenceram aos Leões, com Pedro Gonçalves, numa recarga, a rematar para defesa de Rafael Bracali, guarda-redes e capitão das panteras negras.
Não foi à primeira, mas sim à segunda que a turma de Alvalade inauguraria o marcador, com o lance a nascer novamente no corredor esquerdo, tal como o anterior, onde Nuno Santos era uma verdadeira 'seta' desde o início. A defesa axadrezada não cortou da melhor maneira o cruzamento do ala verde e branco e Pedro Gonçalves, com classe, deu de calcanhar para a entrada da área, onde apareceu Matheus Nunes a rematar colocado e rasteiro para o fundo das redes – quarto golo do internacional português esta época, o terceiro na Liga.
Já em cima dos 40 minutos, Sarabia ainda testou Bracali de fora da área, contudo o guardião sacudiu o remate em arco do espanhol para canto. Em vantagem no marcador e em crescendo ofensivo, o Sporting CP acabaria assim a primeira parte, mas a segunda trouxe um Boavista FC mais atrevido. Aos 50 minutos, Adán realizou a sua primeira defesa, segurando um remate longínquo de Jeriel De Santis e, a seguir, foi Makouta a atirar ligeiramente ao lado da baliza verde e branca. Rúben Amorim não esperou mais, lançou Ugarte no lugar de Matheus Nunes e o segundo golo caiu de imediato.
Para culminar um bom lance colectivo, o cruzamento de Edwards 'envenenou-se' rumo à baliza adversária depois de um desvio em Rodrigo Abascal e a bola ainda bateu no poste antes de ultrapassar totalmente a linha de golo. O 0-2 surgiu na melhor altura para o conjunto de Amorim, dando uma margem mais confortável quando os axadrezados esboçavam uma reacção. De seguida, entrariam também Rúben Vinagre e Bruno Tabata, saindo, Nuno Santos e Pedro Gonçalves. Daqui em diante, o jogo não mais fugiu da garra do Leão, que domaria as panteras negras até final.
Nas bancadas, os Sportinguistas faziam-se ouvir com apoio constante e, em campo, a turma de Alvalade controlava e geria o encontro de forma segura, com mais bola, sempre à espreita do ataque e sem ceder qualquer espaço à formação orientada por Petit. E essa superioridade seria prontamente materializada. A menos de um quarto de hora do fim, Amorim introduziu ainda Feddal – de regresso à competição depois de mais de um mês – e também Daniel Bragança. Saíram Coates e Sarabia, ambos sob muitos aplausos.
Parecia mais perto o terceiro do Sporting CP e chegaria mesmo através da conversão de um pontapé de penálti por Tabata – sofrido pelo próprio. Antes, só a trave tinha impedido o golo a Palhinha, que cabeceou com autoridade na sequência de um canto. O 0-3 colocou um ponto final na história do jogo numa fase em que os Campeões Nacionais jogavam no meio-campo adversário e dominavam a bel-prazer. Bragança, de longe, ainda ameaçou o quarto, mas Bracali esticou-se todo para defender e o marcador não voltou a mexer até ao apito final.
O Sporting CP, agora com 76 pontos, volta assim a reduzir a desvantagem pontual para o FC Porto – agora a seis – e, ao mesmo tempo, aumenta de novo a distância face ao SL Benfica, terceiro classificado, que agora está a oito pontos de distância - há mais nove em disputa até ao fim do campeonato. Agora, segue-se a recepção ao Gil Vicente FC, no Estádio José Alvalade, na próxima jornada, onde o Sporting CP poderá assegurar o segundo lugar no campeonato.
Sporting CP: Antonio Adán, Nuno Santos (Rúben Vinagre 68'), Gonçalo Inácio, Sebastián Coates [C] (Zouhair Feddal 78'), Luís Neto, Ricardo Esgaio, João Palhinha, Matheus Nunes (Manuel Ugarte 57'), Pedro Gonçalves (Bruno Tabata 68'), Marcus Edwards e Pablo Sarabia (Daniel Bragança 78').