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Foto Ivo Oliveira

"Liga Europa? Onde podemos mostrar que queremos dar a volta é no jogo de amanhã"

Por Sporting CP
15 Abr, 2023

Rúben Amorim na antevisão ao Sporting CP vs. FC Arouca deste domingo (20h30)

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal recebe, este domingo, às 20h30, o FC Arouca em jogo da 28.ª jornada da Liga Portugal, um encontro que acontece no ‘intervalo’ dos quartos-de-final da Liga Europa frente à Juventus FC.

Rúben Amorim pensa num jogo de cada vez, mas na antevisão à partida disse que a melhor forma de os Leões darem a volta a essa eliminatória é com aquilo que fizerem neste jogo do campeonato: “Onde podemos mostrar que queremos dar a volta é no jogo de amanhã. Que tipo de atitude e como vamos enfrentar o próximo adversário, que é o FC Arouca que não perde há seis jogos. Seis jogos sem perder, com quatro vitórias e dois empates, para uma equipa que começa o campeonato à procura de se estabilizar e que se aproxima dos lugares europeus, são muito jogos. O treinador deles está a fazer um grande trabalho. É uma equipa versátil e muito difícil, que tem muita velocidade na frente e acho que a estratégia vai passar por aí. Por isso, nós temos de estar muito concentrados, frescos física e mentalmente. Voltámos para Lisboa com boas sensações e temos de usar isso, sabendo que é um jogo completamente diferente. Um jogo do campeonato, onde temos uma responsabilidade diferente, com um adversário que vai estar confortável à espera de que o jogo se complique e aquilo que nós temos de fazer é ganhar”.

A mudança de chip de um jogo europeu para um nacional, por vezes, é complicada, mas o técnico Leonino acredita que isso não afectará a equipa: “O grande perigo é termos jogado na quinta-feira, termos treinado lá num campo pequeno e só termos treinado hoje aqui para preparar o jogo contra uma equipa que tem muita coisa para mostrar, que está muito confiante e que vem preparada. Essa é a grande dificuldade. O medo não é que eles fiquem desconcentrados, mas sim ligar o chip porque parece que ainda agora saímos do avião. Mas nós já provámos que somos fortes quando voltamos das competições europeias, temos jogadores para rodar e, portanto, estamos preparados para isso. É um jogo muito perigoso, onde só a vitória nos interessa, mas sei que vamos estar bem amanhã”.

Será o terceiro encontro entre as duas equipas esta temporada e, apesar de no primeiro os Leões terem perdido, Rúben Amorim sabe o que se passou em Arouca: “Lembro-me bem e também fui ver. Foi o jogo em que falhámos mais oportunidades, sofremos um golo de bola parada aos 46 minutos e depois disso o FC Arouca não conseguiu criar mais ocasiões de perigo. Estaremos mais preparados agora, como estávamos na Taça da Liga em que estivemos mais consistentes”.

O certo é que haverá quatro baixas - Paulinho, Jeremiah St. Juste, Jovane Cabral e Daniel Bragança - e o treinador acha que estes jogadores não regressarão mais esta temporada: “Teríamos de ter alguma sorte para voltarem a jogar porque já não falta muito para a época terminar. Eu não queria estar a dizer isto porque não sou médico, mas vejo com dificuldade que possam voltar a jogar”.

Assim, sem Paulinho, o técnico foi questionado se Rodrigo Ribeiro poderá ser opção e a resposta foi clara e extensiva a todos os jogadores da formação: "O Rodrigo Ribeiro é sempre opção na equipa principal, como é o Afonso Moreira e como são outros jogadores, depois depende do rendimento que eles tenham todas as semanas. Eu vejo os jogos todos da equipa B, sei o rendimento deles e falo com o Çelikkaya todas as semanas, sei exactamente os metros que fazem, a intensidade que têm e, portanto, nós seguimos os jogadores atentamente, todos têm a porta aberta e depende deles porque têm de mostrar rendimento na equipa B para subirem à A”.

No seguimento do tema, Rúben Amorim falou igualmente sobre o momento da equipa Leonina e sobre uma possível saída da Liga 3: “Nós estivemos perto da subida, mas as características deste campeonato levam-nos para o problema de agora estarmos na fase de descida. Obviamente que isso nos preocupa, mas eu sei as razões por que isso aconteceu. Tirámos sempre muitos jogadores, o que lhes retirou qualidade e por isso complicou-se e, além disso, houve um desgosto muito grande nos jogadores quando não conseguiram atingir a fase de subida e penso que eles levaram um bocadinho a reagir a isso. Ainda está tudo em aberto e eu sei que vamos conseguir os nossos objectivos, mas estaremos preparados para qualquer situação”.

Na semana em que Portugal caiu no ranking e assim perdeu uma equipa na Liga dos Campeões, Rúben Amorim também falou sobre aquilo que considera que seria preciso fazer para a Liga portuguesa crescer e voltar a subir de patamar: “A divisão dos direitos, a melhoria das infra-estruturas e a forma de pensar o futebol. Lembro-me que quando era jogador do CF “Os Belenenses” às vezes gastava-se dinheiro para vir mais um jogador, mas não se usava esse dinheiro para ter um ginásio como deve ser ou para ter mais um fisioterapeuta. Esse tipo de coisas podem ajudar. Não sei como estão agora os clubes ditos pequenos, que cada vez estão mais profissionais, mas acho que isto tem tudo a ver com o dinheiro, com os jogadores que se podem trazer, a formação que têm e aproveitar os jogadores que não têm espaço no Sporting CP, SL Benfica, FC Porto ou SC Braga e que podem crescer noutros clubes. Sinceramente, ainda não tive muito tempo para pensar nas soluções para o futebol português, mas temos muito a melhorar e tem tudo a ver com a capacidade financeira porque o dinheiro ajuda em muita coisa. A liga inglesa é muito boa porque contrata os melhores jogadores, os melhores treinadores, os melhores fisioterapeutas e etc. A espanhola era a melhor e começou a cair porque perdeu capacidade para atrair os melhores. Portanto, tem tudo a ver com dinheiro e a Liga, a FPF, a ANTF e o Sindicato de Jogadores têm de pensar em conjunto e resolver o problema”.