Sporting CP recebe Moreirense FC este domingo

Depois da paragem para os compromissos das selecções nacionais, a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal volta a jogar oficialmente este domingo, recebendo o Moreirense FC para a quinta jornada da Liga Portugal (Estádio José Alvalade, 20h30).

Na conferência de imprensa de antevisão ao encontro, Rúben Amorim começou por garantir que "a preparação foi igual", mesmo tendo passado bastante tempo sem vários jogadores internacionais.

"Vamos adaptando os treinos consoante os treinos que temos entre jogos. Foram duas semanas boas. Alguns jogadores saíram [para as selecções], outros deviam ter ficado, como o Morten [Hjulmand], que precisava de mais tempo com a equipa. Ficaram outros, tivemos um jogo-treino, trabalhámos algumas rotinas. O Iván [Fresneda] ficou, que é importante para se ambientar à equipa, à ideia e à vida na Academia. Foram duas semanas que aproveitámos ao máximo e estamos preparados para um ciclo bom, que vem aí, com jogos a meio da semana. É isso que queremos, enquanto Clube, e eu preciso de jogos para toda a gente jogar. Este ano é o ano em que me custa mais fazer o 11 inicial", começou por dzer aos jornalistas no Auditório Artur Agostinho, no Estádio José Alvalade.

Para o treinador Leonino, o Moreirense FC é uma equipa "muito bem trabalhada", mesmo sendo recém-promovida: "Vem com uma rotina de vitórias da Segunda Liga e teve mais posse em Famalicão, por exemplo. São muito organizados na pressão, o meio-campo é rotativo. (...) Tratamos este jogo muito importante como se fosse uma final e esperamos grande dificuldade. As equipas mais fortes tiveram muitas dificuldades com o Moreirense FC. Prevejo um jogo difícil, mas tivemos uma boa preparação".

Questionado sobre a prestação e os dois golos de Gonçalo Inácio ao serviço da selecção nacional portuguesa, Rúben Amorim lembrou que o defesa-central "é muito forte nos lances de bola parada e com batedores como os da selecção e os do Sporting CP vai evoluindo nesse aspecto, mas não é algo novo". Sobre Ousmane Diomande e Viktor Gyökeres, o técnico explicou que "fizeram os jogos pela selecção, vêm com ritmo, tiveram tempo de descanso e participaram em dois treinos com a equipa, pelo que estão na máxima força".

Antes de revelar que todo o plantel está apto excepto Jeremiah St. Juste, ainda a recuperar de lesão, o técnico voltou a falar sobre Paulinho e o seu notável início de temporada: "Os jogadores têm fases boas e fases más. Fico contente por ele, mas o mais importante é o que ele tem dado à equipa. Tem feito golos, mas o trabalho é o que sempre fez e sempre o defendi. É um avançado do Sporting CP que faz golos e aproveita as oportunidades, mas o empenho e a forma como ajuda a equipa são iguais aos do passado".

Em relação ao futuro próximo, sendo que o ritmo de jogos vai aumentar com o começo da fase de grupos da UEFA Europa League, Rúben Amorim destacou a importância da rotação nas grandes equipas.

"Vamos jogar contra o Moreirense FC e ver quantos dias temos para preparar o próximo, que vai ter características diferentes. Vai ser uma escolha [de jogadores] normal sabendo que o principal objectivo é ganhar, mas teremos de fazer alguma rotatividade. O princípio das grandes equipas é que toda a gente tem de estar a jogar porque o treino e o ambiente são muito importantes e para ninguém se sentir completamente titular", afirmou.

De volta a Gonçalo Inácio, Rúben Amorim não tem dúvidas de que o jovem Leão "ainda tem muitas coisas a melhorar", mas tem vários pontos fortes, como "a boa velocidade, o jogo de cabeça, a construção e o um contra um". "Pode crescer ainda mais na consistência de jogar todos os jogos no nível máximo. Está num bom momento, mais maduro e mais seguro de si, mas tem muito para crescer", adicionou.

Desafiado a comparar Iván Fresneda a Pedro Porro, o timoneiro do emblema de Alvalade considerou que as maiores semelhanças são o facto de "serem ambos espanhóis e com muito andamento". O resto é bastante diferente.

"O Iván é muito maduro para um miúdo de 18 anos. O Pedro Porro era menos maduro do que ele no entendimento do jogo e mesmo no ambiente no balneário são completamente diferentes. O Iván não tem a capacidade do um para um do Porro [no ataque], pelo que nunca poderá ser o jogador que o Porro era no último terço. O Fresneda é melhor do que o Porro no um contra um [na defesa]. O Fresneda é melhor defensivamente, tem características diferentes a atacar, têm ambos muito andamento e acho que o Iván é mais robusto fisicamente para aguentar vários jogos seguidos, mas isso ainda está para provar", disse.

Afastando a responsabilidade da marcação dos jogos e dos respectivos horários, Rúben Amorim revelou o isolado pedido que faz: "A única coisa que peço é que, quando é no Verão, para os jogos não serem à tarde porque acho que o calor faz diferença e tem impacto na forma de jogarmos. (...) Se a Liga dissesse que os jogos teriam de ser em horas específicas as coisas seriam de outra forma".

Por fim, e no seguimento da comparação Porro/Fresneda, Rúben Amorim falou sobre as diferenças entre Manuel Ugarte e Morten Hjulmand.

"São características completamente diferentes. O Morten não tem a capacidade do Ugarte de ir buscar jogadores a todo o lado do campo com uma velocidade incrível. O Morten tem, e o Ugarte não tinha, a capacidade de ler o jogo, antecipar os lances e estar bem colocado. Temos de ir adaptando a equipa aos jogadores que temos e o Morten também se vai adaptar à nossa forma de jogar, à nossa pressão alta", concluiu.