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Foto José Lorvão

Rúben Amorim: "Os jogadores estão bem preparados"

Por Sporting CP
14 Fev, 2024

Sporting CP visita o BSC Young Boys esta quinta-feira

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal defronta esta quinta-feira (17h45, hora PT continental e Madeira) o BSC Young Boys no Wankdorf Stadium, em Berna, na Suíça, em partida da primeira mão do play-off de acesso aos oitavos-de-final da UEFA Europa League.

Na antevisão ao encontro, realizada pouco antes do treino de adaptação ao palco do encontro, o treinador Rúben Amorim analisou o adversário, que mudou recentemente de sistema táctico.

“Eles têm a sua identidade e são uma equipa muito pressionante. Jogavam em 4-4-2, mas venderam três jogadores e um avançado que tinha grande influência, sendo que com isso o treinador teve de equilibrar a equipa com outras nuances e passou a jogar em 4-3-3. É uma equipa perigosa, que não perde em casa há dois anos para o campeonato e tem uma média de três golos por jogo em casa”, alertou o técnico em conversa com os jornalistas, prosseguindo.

“Esperamos um rival difícil, até porque os portugueses e os Sportinguistas podem olhar para o BSC Young Boys como uma equipa não muito perigosa por não estar nas principais ligas. Mas é muito perigosa, tem dois extremos de qualidade, incluindo um que voltou da CAN [Meschack Elia] e pode ter grande influência. Tem ainda médios muito talentosos, principalmente o Filip Ugrinic. Além disso, é a equipa da Suíça que joga mais com o guarda-redes, o que é importante nos dias de hoje porque é difícil pressionar alto uma equipa que joga tanto com o guarda-redes”, frisou o técnico, assegurando ainda assim que os seus jogadores “estão preparados” para tudo.

Rúben Amorim garantiu também que o facto de o jogo diante do actual campeão helvético ser disputado num relvado sintético “não vai mudar nada” na abordagem dos jogadores Leoninos.

“Sabemos que normalmente as equipas esperam um pouco por nós e temos mais tempo para pensar, mas neste jogo temos de nos adaptar mais rápido. Assim que a bola começar a rolar, vamos ter uma pressão constante, mas os jogadores estão habituados a isso e sabem o que fazer. Por outro lado, com a pressão alta do BSC Young Boys, também vamos ter outras coisas para aproveitar no jogo. Tem mais a ver com estratégia, mas a nossa identidade não mudará”, frisou.

Como é sabido, os sintéticos aumentam a probabilidade de lesões nos jogadores, mas o técnico garantiu que “o único elemento que ficou em Lisboa devido ao sintético foi Sebastián Coates”.

“Conhecemo-lo muito bem e sabemos o impacto que o piso mais rijo tem no seu corpo, mas de resto está tudo apto. O Daniel Bragança também está recuperado da lesão”, informou, lembrando que “o relvado não pode ser usado como desculpa”. “Vamos adaptar-nos, os jogadores estão bem preparados fisicamente e os azares acontecem em todos os relvados, seja sintético ou não. O importante é percebermos como rola a bola”, atirou o líder de Alvalade.

O timoneiro verde e branco abordou também a estreia em convocatórias de Rafael Nel, avançado de apenas 18 anos que esta época já marcou cinco golos em 18 jogos ao serviço da equipa B.

“Todas as vezes que o Nel foi chamado à equipa principal, demonstrou capacidade, qualidade e, acima de tudo, muita humildade. Ao sabermos da recaída do Paulinho, trouxemos mais um jogador sabendo que a equipa B também não tem jogo agora. Olhámos para tudo e demos seguimento ao nosso projecto, é mas uma opção para amanhã e, se tiver de entrar, vai entrar. É um jogador que não dá nenhuma bola por perdida, tem feito muitos golos na equipa B e adaptou-se bem mesmo com jogadores como o Rodrigo Ribeiro, foi crescendo dentro dessa dificuldade. Vai ter a sua oportunidade de ir para o banco e sentir o que é jogar pela equipa A”.

A fechar, Rúben Amorim foi questionado sobre a que se deve a subida de produção de Francisco Trincão, extremo que marcou seis golos e fez duas assistências nas últimas cinco jornadas da Liga, e se esta melhoria o deixa ou não mais perto de regressar às escolhas da selecção nacional.

“O seleccionado lá sabe, mas ele está mais perto do potencial que tem. O que mudou, tal como no Eduardo Quaresma, não foi no treino ou no treinador, tem a ver com a confiança, concentração e o acreditar. Depende mais deles dar este salto do que do treinador, não mudámos nada na abordagem. O mérito está nos jogadores e nos companheiros de equipa, que não os deixam cair. Isso nota-se muito nos jogos pela forma como todos se ajudam”, finalizou.