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Foto José Lorvão

Rúben Amorim: "Fomos sempre a equipa que esteve mais perto do golo"

Por Sporting CP
01 Set, 2024

Reacção do técnico ao triunfo no Clássico

Consumado o triunfo sobre o FC Porto (2-0), em jogo a contar para a quarta jornada da Liga Portugal, o treinador Leonino Rúben Amorim mostrou-se satisfeito com a exibição dos seus jogadores, considerando que os Leões foram uns justos vencedores pois foram a equipa que “criou mais perigo” ao longo dos 90 minutos.

“Não foi dos melhores clássicos, houve estratégias diferentes, mas controlámos bem a profundidade e fomos melhores na pressão. Deixámos muitas vezes o FC Porto jogar com o guarda-redes porque eles esperavam que fossemos à bola para ficar um jogador livre, mas fomos mais inteligentes nessa abordagem. A nossa equipa andou sempre a construir e a levar a bola para a frente, sendo que após os primeiros dez minutos assentámos o jogo no meio-campo do FC Porto e criámos mais oportunidades”, começou por analisar na conferência de imprensa pós-jogo.

“Ainda assim, temos muito para melhorar em todos os aspectos pois perdemos muitas bolas. Lembro-me pelo menos de dois ou três passes do Diomande sem pressão em que a bola foi para fora. Esses pormenores por vezes dificultam um jogo mais fluido. O jogo interior esteve muito bloqueado e às vezes precisamos desses momentos, tivemos só um ou dois com o Morita e o Pote. Tentámos fazer o nosso jogo, contra um adversário difícil, mas fomos sempre a equipa que esteve mais perto do golo e mais pressionante à procura da vitória. Acabámos por conseguir”.

Rúben Amorim garantiu depois que esta exibição e resultado não fazem esquecer as duas últimas derrotas com o FC Porto, pois estas “valeram títulos”, mas frisou a evolução registada na equipa desde essas partidas para este Clássico em Alvalade.

“Ganhar este jogo obviamente dá-nos vantagem, moraliza a equipa antes da paragem e é muito importante, mas não diz nada do que se vai passar no campeonato, enquanto os outros jogos deram títulos. Isso vai ficar sempre e deve ficar. Esses dois jogos tiveram histórias diferentes (…), mas hoje fomos mais completos ao longo do jogo. Mesmo a meio da segunda parte, quando o FC Porto estava melhor (…), senti que a equipa não ficava nervosa. A equipa está a crescer e ainda tem muito por onde crescer, há muita fragilidade que ainda vai ser exposta em jogos de Champions e temos de aproveitar cada minuto para trabalhar”, referiu.

O técnico foi também questionado sobre se a aposta em Geny Catamo no flanco esquerdo é para manter, visto que o moçambicano revelou-se decisivo ao marcar o golo do 2-0 no Clássico pouco depois de ter rendido na ala direita Geovany Quenda.

“O Geny vai lutar com o Quenda [pela ala direita]. O Geny apanhou, mesmo desgastado, uma equipa do FC Porto já com muito mais espaço. Agora, a quantidade de vezes que o Quenda levou a bola para a frente e não perdeu o Galeno na profundidade... Uma coisa leva à outra, o Quenda fez o trabalho sujo e depois o Geny, com a sua força… Também porque pressionou menos, jogou um pouco mais baixo e ajudou-nos. Agora, temos de ter dois jogadores por lugar naquelas posições e o Geny voltará à direita. Mas quando tiver de jogar à esquerda, voltará a fazê-lo”.

Quanto a Viktor Gyökeres, avançado que voltou a ser crucial ao marcar o primeiro golo da partida – leva já sete no campeonato -, o técnico Leonino mostrou-se agradado com a exibição do sueco, lembrando que “é um jogador diferente de todos na Liga”.

“Foi muito competente defensivamente, mais do que nos últimos dois jogos, mas também porque precisou mais. Depois, tem uma capacidade física em que, com três jogos [depois de ter sido operado], começa já a ter a capacidade de fazer os números que costumava fazer em termos de metros e alta intensidade. É um jogador muito importante para nós, dá-nos uma vantagem. Quando defendemos mais baixo, sabemos que temos sempre um rapaz louro e alto para receber a bola no espaço e é muito difícil pará-lo. Estou muito contente com o Viktor”, sublinhou.

Apesar de não ter marcado, o técnico foi também confrontado com a exibição de Pedro Gonçalves, tendo sido questionado sobre se seria o seu jogador favorito.

“Não posso dizer isso porque são todos os meus favoritos. Agora, o Pote é um jogador especial por tudo. (…) Não o trocaria por nenhum e, se estivesse noutro sítio, seria talvez o primeiro jogador que queria porque ele faz tudo. É médio-centro, mas se o meter a lateral ele sabe jogar – não o faço porque também não gostava que o fizessem a mim. É um jogador muito especial para mim”, admitiu o técnico.

A fechar, Rúben Amorim relativizou a importância desta vitória, que permite ao Sporting CP manter o registo 100% vitorioso na Liga e subir à liderança isolada, ainda que à condição.  

“O objectivo ainda é muito longo, nem se olha para a tabela nesta fase. Obviamente é bom ter quatro vitórias e dois golos de vantagem no confronto directo com o FC Porto, tudo é importante, mas ainda falta muito tempo. Três pontos é apenas uma jornada e há equipas que nos podem apanhar, podemos nem acabar a jornada em primeiro lugar devido aos golos”, realçou.