Alterações na formação do futebol feminino

A partir de 2019/2020, o Sporting Clube de Portugal vai ter uma equipa sub-15 de futebol feminino a jogar num campeonato com equipas masculinas.

De forma a enfrentarem mais dificuldades e, consequentemente, terem mais potencial de crescimento, as Leoas vão deixar de competir enquanto sub-17 e vão passar a existir seis equipas femininas no activo: sub-13, sub-15 A, sub-15 B, sub-19, equipa B e equipa principal. As sub-15 A vão estar incluídas num campeonato maioritariamente masculino na distrital de Lisboa, enquanto que a formação B vai jogar o distrital de iniciadas femininas.

“É uma ideia que já tínhamos há bastante tempo e que andou a ser maturada durante alguns meses. Tem a ver, especificamente, com a necessidade de proporcionarmos estímulos mais competitivos às nossas jovens mais aptas. As jogadoras que tínhamos deste escalão estavam a competir no escalão superior, de juvenis. Mas era o campeonato distrital de juvenis, um campeonato de futebol de sete. Um campeonato muito pouco competitivo, com poucas dificuldades. Começámos a pensar em contextos de maior dificuldade e a forma que encontrámos foi inscrevermos uma equipa de iniciados num campeonato misto. Elas vão jogar contra rapazes e vai ser muito mais difícil, até porque existir diferenças físicas entre raparigas e rapazes. Vai ser muito mais difícil, mas melhor para elas crescerem. Já tínhamos feito essa experiência com a equipa de sub-13 e correu muito bem. Percebemos que era importante para o crescimento delas, dá-lhes outras valências”, explicou Mariana Cabral, coordenadora da formação do futebol feminino do Sporting CP, ao Jornal Sporting.

Beatriz Teixeira, treinadora que transita das sub-13 para as sub-15 A, também não escondeu que a competição que existia era pouco exigente. “Fui treinadora das sub-13 e competia com rapazes. O projecto correu muito bem e superou até algumas expectativas. Sentíamos que tínhamos várias jogadoras de sub-17 cujo campeonato não se adequava a elas. Precisávamos de algo mais difícil, mais competitivo. A nova treinadora da equipa principal, Susana Cova, também tinha a mesma ideia. O objectivo é termos uma competição em que elas possam evoluir”, contou.

Leia mais sobre as mudanças na formação do futebol feminino na edição do Jornal Sporting que está nas bancas a partir desta quinta-feira.