Leões consumaram reviravolta frente ao Sp. Covilhã (2-1), depois de irem a perder para o intervalo

Esperava-se uma partida bastante disputada entre duas formações que entraram na LEDMAN LigaPro 2016/2017 com o pé errado. O Sporting B vinha de uma derrota em casa por 2-1, frente ao Portimonense, ao passo que o Sp. Covilhã também não conseguira pontuar na primeira jornada, saindo de Penafiel com um fracasso (1-0). Os zero pontos de ambas as equipas obrigavam a uma procura clara pelo primeiro triunfo na competição, sendo que o conjunto serrano foi totalmente dominador nos primeiros quarenta e cinco minutos e os leões melhoraram consideravelmente no segundo tempo.

Encostados às cordas. Foi assim que os jogadores leoninos viveram os 15 minutos iniciais do encontro no Municipal Santos Pinto, na Covilhã. O Sporting local apresentou um onze inicial muito compacto que impôs uma asfixiante pressão sobre o portador da bola, impedindo uma boa decisão dos atletas verde e brancos. Logo aos 7’, após um canto, Zé Pedro podia ter colocado os visitados em vantagem – três minutos antes de Éder Díez atirar por cima na cara de Pedro Silva. Lances que confirmam o domínio bem vincado do adversário que, com muita agressividade e a defesa bem subida, não dava um milímetro aos comandados de João de Deus.

A reacção do Sporting B surgiu por intermédio de Ronaldo Tavares – no primeiro ano de sénior, o avançado tem sido aposta do técnico leonino. Com os centrais do Sp. Covilhã atrasados posicionalmente, Ronaldo ganhou posição e assistiu Ricardo Almeida dentro da área, mas o ex-Moreirense não foi capaz de acertar no alvo. Viria a ser uma jogada sem repercussões na postura ofensiva do opositor, que coleccionou a maior oportunidade aos 15’. Harramiz, isolado, reforçou a falta de pontaria da formação da casa.

Após um período em que os leões souberam equilibrar as iniciativas atacantes e até melhoraram os processos defensivos, pode dizer-se que a proximidade do intervalo voltou a desnortear a bússola verde e branca. Pedro Silva, com uma estirada impressionante a desvio de cabeça de Agostinho Soares (42’, depois de um canto cobrado do lado esquerdo), demonstrou por que é que é uma das grandes promessas do Clube. No entanto, era impossível para ele evitar o golo de Soares no minuto seguinte, num lance tirado a papel químico do anterior. 

A desvantagem despertou o Sporting B. Em resposta ao golo sofrido, Ronaldo Tavares rematou em arco no coração da área, sem sucesso, e Ricardo Almeida permitiu uma boa intervenção de Hugo Marques. Soou o apito do árbitro para o intervalo, mas ficou a clara impressão de que os leões estavam preparados para o segundo tempo.

Transfigurada. Este é o adjectivo certo para descrever a segunda parte. Os dois conjuntos praticaram um futebol muito menos atractivo. A qualidade diminuiu, pois tentou-se chegar à baliza contrária de uma forma menos clara. Contudo, o Sp. Covilhã foi a equipa que veio mais diferente dos balneários, carregando índices físicos diminutos, incapazes de corresponder ao melhor posicionamento dos visitantes.

Ricardo Almeida, aos 60’, respondeu da melhor maneira ao trabalho de Pedro Empis no corredor esquerdo, recolocando a igualdade no marcador. Muito mais Sporting e muito menos Covilhã. Minuto atrás de minuto começava a desenhar-se com maior facilidade o segundo golo leonino. Lá apareceu – livre batido do lado canhoto, má abordagem do guardião serrano e pontapé de Mama Baldé, à capitão, que ressaltou em Éder Díez. Estava consumada a reviravolta. Já não viria a fugir. Nem com a expulsão de Guilherme Ramos, nem com o livre indirecto a favor dos covilhanenses.

Com o triunfo, o Sporting B ascende provisoriamente ao 11.º posto, ficando à espera do Fafe, na Academia, para a 3.ª jornada, que se realizará no dia 20 às 16h.