Rui Silva: "Deixámo-nos adormecer pelo ritmo de jogo"
16 Out, 2020
Técnico não gostou da exibição dos Leões na primeira parte frente ao Boa-Hora FC
No rescaldo do triunfo sobre o Boa-Hora FC, o treinador da equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal, Rui Silva, reconheceu que a equipa não esteve bem na primeira parte, mas melhorou no segundo tempo.
“Demos os primeiros 30 minutos ao Boa-Hora FC, não estivemos em campo. Uma equipa que chega ao intervalo a perder por um golo e depois vence por nove de diferença, claramente não estava em campo. A verdade é que o Boa-Hora FC usou a arma que tinha. Fez ataques muito longos, usou o jogo passivo e os árbitros permitiram isso. (…) Pura e simplesmente não jogámos nos primeiros 30 minutos, não se trata de atitude, deixámo-nos adormecer pelo ritmo de jogo. Depois quisemos acelerar na transição, perdemos algumas bolas e cometemos erros que não são normais”, começou por dizer, apontando depois o intervalo como o ponto de viragem da partida.
“De certa forma, rectificámos a defesa. Tínhamos preparado o jogo, sabíamos os pontos fortes do Boa-Hora FC, conhecíamos a não tão boa relação com o pivô, sabíamos os jogadores que gostam de tentar o um para um e quem poderia atirar e ser perigoso de fora. A verdade é que começámos o jogo e não ligámos a isso. (…) Ou seja, começámos um pouco apáticos e desatentos, mas isso foi corrigido na segunda parte. A verdade é que o Aljosa Cudic também ajudou um pouco mais na baliza do que o Manuel Gaspar e a diferença são dez golos de vantagem na segunda parte”, referiu.
Por fim, Rui Silva admitiu que os Leões têm de melhorar o nível exibicional para terem sucesso nas competições europeias, sendo que o primeiro encontro da fase de grupos está marcado já para terça-feira, diante do CS Dinamo Bucuresti.
“Eu diria que tem de ser um Sporting CP um bocadinho melhor do que o da segunda parte. (…) Já tive oportunidade de dizer que, na minha opinião, este grupo é mais forte do que os últimos dois grupos da EHF Champions League em que o Sporting CP esteve. Ou seja, este grupo pode ser o céu ou o inferno, dependendo da forma como o encararmos. Se tivermos estes maus momentos no jogo, vai ser muito difícil superar os adversários”, concluiu.