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Foto José Lorvão

Rui Silva: "Estou muito orgulhoso"

Por Sporting CP
07 Abr, 2021

Treinador feliz depois do triunfo no dérbi

No final da vitória da equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal por 31-29 sobre o SL Benfica, esta quarta-feira, Rui Silva analisou o desafio na sala de conferências de imprensa do Pavilhão João Rocha.

"Sabíamos que ia ser um jogo extremamente competitivo. O SL Benfica tem um estilo de jogo muito bem organizado e foi-nos causando muitas dificuldades a nível ofensivo, na nossa defesa. Conseguiu algumas situações de tiro fácil nos nove metros, o que não é normal. No ataque fomos sempre muito tranquilos e não cometemos muitos erros. Nos últimos dez minutos, conseguimos aumentar um bocadinho a agressividade na defesa e neutralizar as acções de cruzamento [do SL Benfica]. Fizemos algumas alterações na defesa e recuperámos algumas bolas para marcar em transição. O andebol é um jogo de defesa forte e transição e hoje fomos mais fortes", começou por dizer o treinador verde e branco aos jornalistas.

Rui Silva admitiu que "o jogo não foi bonito", mas explicou que isso se deve ao nível e ao equilíbrio entre as duas formações e realçou o espírito de sacrifício dos Leões, que não puderam contar com Daniel Andrejew, Edmilson Araújo, Jens Schöngarth e Tomislav Špruk.

"Houve muitos momentos com perdas de bola e ressaltos. Os jogos entre grandes são jogos de luta e sabíamos que isso ia fazer a diferença. Sabíamos que tínhamos jogadores que não podiam ajudar hoje e isso limitou o nosso jogo. Não tivemos um único canhoto na primeira linha. Houve muito mérito dos nossos jogadores no ataque. O Tiago [Rocha], por exemplo, lesionou-se no jogo em casa com o SPR Wisła Płock e treinou limitado. Este é o espírito que queremos para o nosso grupo de trabalho. Quando alguém está em dificuldade, o próximo está sempre lá para ajudar. Ganhámos sem os jogadores que podiam ter ajudado, mas ninguém reparou nisso", referiu, continuando.

"Quando jogamos contra equipas do mesmo nível, quando não se tem a rotatividade que se pretende, jogamos sempre em cima do fio da navalha. Hoje, quase todos os jogadores estiveram bem. Em termos defensivos, tivemos de usar sempre os mesmos jogadores. É um sacrifício muito grande, mas quando existe este sentimento a responsabilidade é maior e eles responderam muito bem. Estou muito orgulhoso pela coesão e pelo espírito de luta", garantiu.

Respondendo às declarações de Chema Rodríguez, treinador do SL Benfica que justificou a vitória do Sporting CP com a experiência que fez a diferença nos minutos finais, Rui Silva preferiu recordar a competência. "O Sporting CP não foi mais experiente. Foi, sem dúvida, mais competente. Fomos mais fortes defensivamente e mais fortes na transição. Tivemos alguns momentos de sorte em alguns momentos do jogo, mas a sorte trabalha-se imenso", lembrou.

Por fim, o técnico falou sobre o momento e o futuro do andebol Sportinguista.

"Todos os projectos precisam de tempo. Não há nenhum projecto no Mundo, seja em que área for, que tenha sucesso numa semana, num ou dois meses. (...) Qualquer treinador precisa de três, quatro meses para ver algum sucesso no trabalho. O Sporting CP, esta época e neste contexto, também não teve a vida fácil. Desde Outubro que não temos a equipa toda, seja por lesões ou trocas. O Sporting CP e os Sportinguistas têm de acreditar que o que queremos construir no andebol demora tempo. Acreditem em nós. Hoje não sou o melhor treinador do Mundo porque ganhei ao SL Benfica como não era o pior quando perdi com o FC Porto. (...) Sabemos o que queremos fazer. A equipa tem crescido. Saímos da EHF European League como saímos, hoje ganhámos ao SL Benfica e estamos na luta pelo Campeonato. Acreditamos que podemos ganhar o Campeonato e a Taça, queremos trazer os dois títulos para casa. (...) Acredito que estamos no bom caminho", concluiu Rui Silva.