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Foto José Cruz

“Não vamos virar a cara à luta”

Por Jornal Sporting
26 maio, 2018

Atletas e director técnico fizeram o balanço do primeiro dia

Sem esconder a desilusão pela desclassificação na estafeta, mas com a certeza de que as atletas tudo farão para recuperar o máximo de pontos na segunda jornada. Carlos Silva, director técnico do atletismo do Sporting CP, analisou o dia inaugural de provas em Birmingham. “Não podemos fazer, colectivamente, um balanço positivo, embora nalguns pormenores técnicos a jornada nos tenha corrido de feição. Chegámos à última prova a dois pontos da equipa turca, que hoje apresentava uma primeira jornada muito forte. A nós foi-nos correndo sempre tudo dentro do previsto e acima até das expectativas. Pensávamos chegar ao final da primeira jornada um pouco atrasados, porque temos noção do que são as provas individuais, mas com a classificação na estafeta demos um passo atrás nesta competição”, lamenta.



Individualmente, não faltaram resultados positivos às leoas. No final do triplo salto, Patrícia Mamona demonstrou a sua satisfação por ter regressado após uma longa paragem. “O objectivo para esta competição era dar o máximo de pontos ao Sporting CP e essa missão foi cumprida. Em termos de marca, obviamente não tem grande significado, porque há oito meses que não saltava. Foi muito bom ter saltado outra vez”, admite.

Ainda à procura da melhor forma, a atleta verde e branca deixou sinais de optimismo para o futuro próximo. “Neste momento, a minha motivação está no máximo. O corpo não se esquece assim de um dia para o outro, já faço triplo salto há 15 anos. Agora é ter a minha força de volta, melhorar um pouco os detalhes técnicos. Sou uma rapariga muito competitiva e nos momentos chaves estou sempre lá”, afirma.

Patrícia Mamona teve um apoio especial nas bancadas do Alexander Stadium. “Os meus pais são cá de Birmingham e, para mim, foi muito importante eles estarem aqui a ver-me competir. Apoiaram-me muito durante a lesão”, confessa.

Não menos orgulhosa do seu desempenho estava Jéssica Inchude, que terminou em segundo lugar no lançamento do peso. “Correu como esperava. Nas provas internacionais nunca consigo chegar perto do meu recorde pessoal, porque fico muito nervosa. Desta vez, como já tenho mais experiência, consegui superar-me”, revela.

Cátia Azevedo, segunda classificada nos 400m, abordou o formato competitivo, nomeadamente a existência de duas séries, mas saiu com um sentimento de dever cumprido. “É mais difícil porque estamos separadas. As atletas estão muito dispersas e não estamos directamente em competição. Em termos pessoais fiquei realizada. A atleta com que corri tem um recorde pessoal extraordinário e bati-me com ela. Isso é que é ser uma leoa”, garante.



Não tendo repetido o primeiro lugar de há dois anos, em Mersin, Marta Onofre terminou o salto com vara com um sabor amargo. “O que correu menos bem foi não ter conseguido dar a pontuação máxima ao Sporting CP, que era o meu objectivo. O aquecimento até foi razoável, mas a competição não correu como esperava”, reconhece.

Ainda com metade do caminho para percorrer, Carlos Silva não deita a toalha ao chão e acredita nas possibilidades do Sporting CP. “Neste segundo dia é para manter a mesma postura e atitude do primeiro. Vamos continuar. Sabemos que nesta segunda jornada podemos recuperar alguns pontos. Não vamos virar a cara à luta. As atletas têm tido uma postura fantástica, têm sido extremamente competitivas. No final faremos as contas”, conclui.