João Benedito renovou contrato com o Sporting por duas temporadas, com mais uma de opção.

João Benedito renovou contrato com o Sporting por duas temporadas, com mais uma de opção. Firmado o novo vínculo, o «capitão» da equipa de futsal falou em exclusivo para o site oficial do Sporting do desejo de permanecer em Alvalade. O guarda-redes verde e branco quer continuar a somar êxitos. SPORTING – Chegou a acordo com o Sporting para a renovação do contrato. Em algum momento pensou em seguir outro caminho para a sua carreira? JOÃO BENEDITO – A minha base de conversa com os dirigentes do Sporting foi muito simples: não tinha vontade de jogar em mais lado nenhum. Se não houvesse interesse do Sporting em que continuasse a jogar, ficaria ligado ao Clube noutras funções, e deixava de jogar. Mas, ainda tenho muita motivação de jogar, de ganhar títulos no Sporting, como tal, a minha opção foi muito clara e ainda bem que houve sintonia entre as duas partes. Pretende jogar por mais quantos anos? Pelo menos durante as três próximas temporadas. Qualquer atleta tem de pensar que as coisas um dia acabam e vai deixar de jogar. Não sei quando irei terminar. Sinto-me realizado com a minha carreira, com os títulos que já conquistei aqui, mantenho uma grande ambição e motivação, e penso que ainda tenho forma de competir no treino com os meus colegas ao mais alto nível. É um dos símbolos do Sporting na modalidade. Vai permanecer pelo menos mais duas temporadas no Clube, mas está preparado para passar o testemunho e a experiência a uma nova geração de guarda-redes? Aquilo que me fez chegar a este patamar foi porque nunca fiquei contente por não jogar. Consegui arranjar sempre motivos para me superar. É lógico que terei de passar o testemunho no futuro, mas por enquanto não penso nisso. Quero estar a 100 por cento, ajudando a equipa a alcançar os seus objectivos. Esta renovação resultou de um esforço da sua parte e também do Sporting numa época de mudança… Só tenho a agradecer ao Sporting. São 17 anos a jogar pelo Clube, foram muitos bons momentos, e recordo os primeiros tempos no centro de estágio, com os meus pais a acompanharem a minha evolução, e agora só espero permanecer as próximas épocas ajudando o Sporting a vencer troféus. ’Existe uma identidade enraizada dentro do Clube’ A equipa sénior do Sporting não venceu títulos esta temporada, mas a formação tem somado muitos êxitos. É um sinal de que os escalões jovens «leoninos» têm trabalhado bem? É um sinal de que existe uma identidade enraizada dentro do Clube. Nestes últimos dois anos revivemos uma experiência do passado em relação ao contacto que temos com os escalões de formação. Hoje posso dizer que conheço todos os atletas da formação, porque foram efectuadas acções no Multidesportivo que nos levaram a poder confraternizar com esses atletas e isso deixa-me muito satisfeito, bem como ver os miúdos a assistirem aos nossos jogos no pavilhão Paz e Amizade. O João, enquanto «capitão» de equipa, é um dos portadores da cultura e mística «leonina». Vai continuar a transmitir essa identidade aos atletas mais novos? Sim. É algo que é muito fácil de transmitir pois vivo o Clube de uma maneira intensa. Como já disse noutras ocasiões, para mim os bons grupos são feitos de vitórias. Quando não existem vitórias e ficamos muito aquém dos objectivos, se continua a existir um bom grupo é porque estamos no meio de bons rapazes, e eles não estão a fazer bem o seu serviço, porque não se revoltam perante a adversidade. Dessa forma, prefiro ser «capitão» de um grupo de vencedores do que de um grupo que nada ganha. Texto: Sandro Baguinho Foto: Pedro Cruz