“Ganhar rodeado daqueles que vi crescer”
Por sporting
27 Abr, 2015
27 Abr, 2015
Ricardo Figueira lembra dificuldades até ao título na CERS
O autor do golo que colocou o Sporting na final da Taça CERS faz saber a todos que o sabor de conquistar esta prova não vem apenas pelo trabalho realizado nestes dois dias. “A modalidade só se tornou oficial este ano mas todos os que percorreram esta caminhada são importantes, desde o início com a disputa da 3.ª Divisão. Penso que todos aqueles que fizeram parte desta equipa ao longo desses tempos até aos dias de hoje devem sentir-se muito contentes e sentirem que também ganharam, porque contribuíram em muito para que a modalidade atingisse o patamar que hoje atingiu. Não podemos esquecer-nos de ninguém, desde jogadores a treinadores, passando pela restante equipa técnica. Todos os que passaram por aqui, sem excepção, sabem que também fizeram parte deste trajecto. A dificuldade que passámos, treinando em pavilhões emprestados a horas tardias até chegarmos ao Livramento onde nos acolheram espectacularmente. Fizemos do Livramento o nosso covil e acredito que todos estão satisfeitos nesta altura, mesmo aqueles que não calçam os patins”. A título pessoal, Ricardo Figueira lembra que há uns anos nem sequer pensava voltar a jogar. “As pessoas não têm a noção do que estou a sentir. Estive três anos fora do hóquei, cheguei a jogar com veteranos e nunca pensei voltar a jogar. Principalmente voltar a jogar e a ganhar rodeado daqueles que vi crescer. O João Pinto, o Carlitos, o Girão, o Losna, que conheço desde juvenis. Formamos um grupo que está talhado para estes dias. Disse ao Girão antes das grandes penalidades que ele está predestinado a ser herói. Sabemos sofrer e quem nos tem pela frente tem de ‘roer o osso todo’ para nos ‘virar’. Quero agradecer a quem veio, às famílias dos atletas, a todos os Sportinguistas e daqui para a frente continuar a mostrar que estamos aqui para vencer”. O capitão ‘leonino’ aproveitou também para responder a Carlos Realista, antigo hoquista ‘verde e branco’ que na antevisão à prova havia dito que os jogadores que treinou (João Pinto, Girão e Figueira) estavam predestinados a fazer a diferença em alturas de grande adversidade. “Acho que nos é intrínseco saber lutar até ao fim. As pessoas duvidavam que pudéssemos dar títulos, achavam que éramos difíceis de ‘domar’ e que teríamos dificuldades em jogarmos juntos. Se há equipa que consegue isso é a nossa e se há equipa que consegue virar jogos é a nossa, o Carlos sabe isso de há muitos anos a esta parte daí ter dito isso”. Por fim, uma referência aos três anos de ‘leão’ ao peito que tiveram sempre como fim o levantar de uma Taça. “Aceitei o convite do Engenheiro (Gilberto Borges) exactamente para isto: como capitão erguer uma Taça com a camisola do Sporting. Só nós sabemos o que sofremos para aqui chegar. O Tiago (Losna) jogou extremamente debilitado, não consegue mexer o braço, mas sabia que era importante dar o contributo à equipa. Estive com o João Alves, com o Presidente e com o Ernesto (Pereira) até às três da manhã no hospital porque sabíamos que era importante estarmos juntos do Girão num momento tão difícil para ele. Foram esses momentos que nos ajudaram a dar tudo, a fazer com que a bola não chegasse à nossa baliza e que tornam este título ainda mais saboroso”, concluiu.