Treinador referiu que o resultado passou para segundo plano após o susto com Gonzalo Romero

Paulo Freitas considera que o Sporting CP merecia ter seguido para a final da Golden Cup, fruto daquilo que fez em campo desde o início do jogo frente ao OC Barcelos, mas referiu que "o resultado passou claramente para segundo plano a 14 minutos do fim".

"Foi um jogo muito disputado e dominado pelo Sporting CP praticamente desde a saída de bola. Saímos tristes porque queríamos ter ganhado e queríamos ir à final para ganharmos a prova. É para isso que trabalhamos, para ganhar títulos. Ainda assim, saímos de consciência tranquila porque fomos iguais a nós próprios e dignificámos a camisola. Hoje, se houvesse justiça, teríamos de ser nós os vencedores. Fomos completa e francamente superiores e eles foram eficazes", disse o treinador Leonino.

Gonzalo Romero saiu de maca a 14 minutos do final do encontro, mas felizmente "não passou de um susto". "Aí o resultado passou para segundo plano, o mais importante para nós era o Nolito. No decorrer do jogo foi-nos chegando a informação de que ele estava a reagir bem e fiz questão de dizer isso aos jogadores num time out. O semblante deles estava demasiado carregado".

"Quatro dias em seis jogos e logo após o jogo com o FC Porto recebemos a notícia da morte de um familiar do Ferran Font e hoje aconteceu o que aconteceu. Apesar disso, a equipa mostrou ter um grande carácter e penso que os Sportinguistas estão orgulhosos por isso", referiu Paulo Freitas, mostrando-se satisfeito com aquilo que os Leões fizeram nesta prova: "Hoje estamos num patamar diferente e muito mais próximos daquele que é o ADN desta equipa. Temos de continuar a trabalhar e a melhorar os índices de eficácia".

Paulo Freitas falou ainda de Gonzalo Romero, sublinhando que a recuperação do argentino foi "a grande" vitória deste dia: "Felizmente está tudo bem e ele vai puder continuar a trabalhar e a ajudar-nos. Foi mesmo um enorme susto que não queremos que se volte a repetir nem com ele, nem com nenhum outro agente desportivo".

Quanto a Ferran Font, que foi a jogo após saber da morte do avô paterno, o treinador disse que ficou realçado o "carácter" do jogador espanhol. "Dei-lhe obviamente abertura para decidir fazer aquilo que quisesse e para se juntar à família dele, mas ele prontamente mostrou disponibilidade para ficar com a equipa. Tem um grande carácter e quis ajudar-nos".