Super Sporting
05 Ago, 2021
Esperemos agora que a evolução da pandemia não tenha recuos e que possamos estar todos juntos novamente em Alvalade
Os dias passam e o Sporting CP continua a ganhar. Desta feita, a Supertaça, conquistada com mérito e sem discussão perante o SC Braga por 2-1. Os números não mentem. É a nossa nona Supertaça, que nos deixa como o segundo clube com mais troféus nesta competição. O que não é por acaso, pois o Sporting CP dá-se especialmente bem com a Supertaça: em onze finais, apenas não ganhámos em duas. Talvez o mais impressionante seja registar que nas últimas quatro provas de futebol nacional, ganhámos três, Campeonato Nacional, Taça da Liga e Supertaça. Se a época passada terminou em glória, esta em glória começou.
A história do jogo faz-se como tem sido timbre do Sporting CP vencedor de Rúben Amorim: concentração, equilíbrio e fio de jogo. O que, aliás, ficou evidente na marcha do marcador: o Sporting CP entrou a perder e, sem temor nem tremor, fez uma natural reviravolta, ainda na primeira parte. É fácil falar de uma equipa que se movimenta em campo de forma tão ordenada e compacta que quase parece um único jogador, com onze componentes. Mas tal seria injusto para a prestação de alguns atletas Leoninos, que continuam no elevado nível da época passada ou a evoluir muito favoravelmente.
Começando pelo marcador do golo da vitória, Pote finalizou um tento de belo efeito, numa trivela em arco, praticamente indefensável. Pedro Gonçalves continua com golo nos pés e, por pouco, não bisou na segunda parte. Nada a estranhar do melhor marcador da temporada passada, que deixa antever mais uma grande época. Segue-se Jovane Cabral. Talvez não tenha ficado muito vincada a veia goleadora do jovem Cabral na época passada, a sua melhor até ao momento: oito golos, cinco no campeonato, dois na Taça da Liga e um na Taça de Portugal. Para muitos pode ser insuficiente, mas creio ser sinal de que o extremo esquerdo está em crescendo de maturidade e acerto.
Não é de estranhar que Rúben Amorim lhe tenha dado a titularidade. Entrou aguerrido e marcou o primeiro golo, o despertar da cambalhota do Leão, numa grande desmarcação. Esteve implacável a gerir o jogo e mostrou que pode ser novamente titular. Por fim, Nuno Mendes continua dono e senhor do corredor esquerdo, num nível raramente visto num jogador que nem 50 jogos oficiais pela equipa do Sporting CP tem. Sobe e desce consoante o ritmo do jogo. Joga e faz jogar. Assiste milimetricamente quando tem oportunidade, como fez com Jovane Cabral, que marcou, e com Pote, que ia marcando.
Ao fim de quase ano e meio, vimos, finalmente, o regresso de adeptos ao estádio. Os do Sporting CP não faltaram, acompanhando e vibrando com a equipa campeã nacional. Esperemos agora que a evolução da pandemia não tenha recuos e que possamos estar todos juntos novamente em Alvalade – agora muito mais bonito com o cadeirame verde – para ver este Super Sporting defender o seu título, como tanto desejamos e merecemos.