O evento juntou mais de 200 pessoas e contou com algumas presenças especiais
A claque mais antiga de Portugal prossegue com as celebrações do seu 40.º aniversário. Depois de no dia 12 de Março se ter realizado uma missa em honra de todos os membros que desapareceram e fizeram parte desta grande família Sportinguista, o jantar da noite de ontem voltou a assinalar a data especial.
A enorme sala decorada com as cores do Sporting Clube de Portugal parecia pequena para tanta paixão pelo Clube. O técnico ‘leonino’, Jorge Jesus, não quis faltar à ocasião e relembrou alguns momentos da sua adolescência para, ao mesmo tempo, recordar o início da Juventude Leonina.
“Estou incorporado dentro daquilo que é a História do Sporting Clube de Portugal, dentro daquilo que é a paixão pelo Sporting. É uma claque que tem muitos anos. Eu sou um pouco mais velho do que os 40 anos, mas lembro-me de ser miúdo e de quem fomentou esta claque, quando eu era júnior do Sporting CP. Não quero dividir nada. Hoje é esta claque, amanhã será outra claque e, se me solicitarem, lá estarei. Para mim, o importante é ser o Sporting CP e estarmos todos juntos para atingir os nossos objectivos”, vincou, antes de esclarecer que, apesar de estar em tempo de estágio, não foi capaz de negar o convite.
“Eu estou em estágio e até estou equipado. Às 22:00h tenho uma palestra com os jogadores. Vim aqui porque queria estar aqui… Porque eles têm sido muito importantes para nós, Sporting CP. Aquela Curva Sul tem sido fundamental para mudar alguns resultados. A minha forma de retribuir é estar presente”, concluiu o treinador ‘verde e branco’.
O Presidente Bruno de Carvalho falou de um projecto bem conseguido quando se referiu à presença de todas as claques na Curva Sul.
“Ficámos todos muito orgulhos. Voltar a ter a Curva Sul unida foi um trabalho conjunto entre o Sporting CP e as claques e resultou muito bem. Têm sido um elemento preponderante do 12.º jogador. Todo o estádio é importante, mas aquela alegria, aquela cor, aquele entusiasmo que eles trazem tem demonstrado que este projecto resultou”, afirmou o líder do Clube, que, quando era jovem, também foi membro deste grupo organizado.
“A Juventude Leonina, para além de ter sido um grupo a que pertenci quando era jovem, acaba por ser fundada pelos filhos daquele que foi o Presidente com quem eu fui crescendo e com quem me fui identificando. O Presidente João Rocha fez parte da minha adolescência, por isso, para mim, é muito bom poder estar aqui com a claque mais antiga de Portugal, com uma claque que tem dado um apoio tremendo”, prosseguiu Bruno de Carvalho.
“Muitas pessoas não têm noção de que o Sporting CP está espalhado pelo mundo inteiro. O que significa que a Juventude Leonina, com 40 anos de existência, também está espalhada pelo mundo inteiro. Tem núcleos em quase todo o mundo. Explica-se pelo amor e pela paixão que se vive neste Clube. As pessoas gostam de se agrupar à volta daqueles que são os seus ideais ultras, como eles costumam dizer”, rematou.
Com os cânticos de apoio como música de fundo, também Augusto Inácio quis demonstrar a sua satisfação por poder estar junto daquela que é, para si, a sua “segunda família”.
“Estou em família. Estou com pessoas que gostam do Sporting CP, que apoia o Sporting CP, que vai a todo o lado com o Sporting CP. Esta é a tal segunda família. Este 40.º aniversário é sinal de vitalidade, de querer e de demonstração de amor pelo Sporting CP”, sublinhou o Director de Relações Institucionais, que também não quis deixar de explicar a importância que o 12.º jogador tem durante um jogo de futebol.
“Costuma dizer-se que os adeptos são o 12º jogador e algumas pessoas questionam-se acerca disso. O 12.º jogador é aquele que lá está quando, por vezes, as coisas não estão a correr bem no campo, quando a força anímica e a confiança vão um pouco abaixo. São os adeptos que, muitas vezes, com os gritos de incentivo, elevam a autoestima e passam energias positivas. Quando se tem uma claque destas, e não nos podemos esquecer que não é só a Juventude Leonina, os jogadores, até pelo sentimento que vem de fora, conseguem dar mais do que aquilo que até pensavam que eram capazes”, concluiu.
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