Igualdade a dois deixa tudo em aberto na Taça de Portugal
O Sporting empatou hoje, no Estádio da Madeira, frente ao Nacional por 2-2, na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal. Um resultado que, não sendo uma vitória, acaba por ser positivo tendo em conta que foi consumado numa altura em que os ‘leões’ já estavam reduzidos a dez elementos e perdiam a oito minutos do final.
A primeira parte foi marcada pelo equilíbrio, com o Sporting a ter mais bola (61%), remates (6-4) e cantos (7-1) sem efeitos práticos desse ascendente. E foi exactamente em lances de estratégia que os ‘leões’ conseguiram chegar pelas primeiras vezes com perigo à baliza dos insulares, com William a atirar ao lado após um primeiro desvio de cabeça de Carrillo num canto (8’) e Paulo Oliveira a obrigar Gottardi a uma defesa por instinto após entrada ao primeiro poste de Paulo Oliveira (26’). Pelo meio, Luís Aurélio, de cabeça, provocou o primeiro calafrio junto à baliza de Rui Patrício (11’).
Apesar do aparente encaixe táctico que fechava em demasia o jogo ofensivo de ambos os conjuntos, a partida entraria numa toada de parada e resposta, aproveitando o desposicionamento das equipas quando arriscavam mais no último terço. Aos 31 minutos, Tiago Rodrigues atirou perto da trave num livre lateral e, dois minutos depois, foi Carrillo a beneficiar de uma grande oportunidade, salva por Rui Correia de cabeça em cima da linha de golo. Ainda antes do intervalo, o mesmo Tiago Rodrigues acertou no poste num remate de meia distância bem colocado.
O segundo tempo começou com as mesmas características e, logo aos 47 minutos, Rui Patrício foi obrigado a intervenção apertada após remate de Tiago Rodrigues, um dos melhores elementos dos 'alvinegros'. Na sequência da jogada, o Sporting saiu numa transição rápida e Tanaka isolou Carrillo que, descaído na esquerda, disparou forte mas por cima. O golo parecia ser uma mera questão de tempo e, de facto, não demorou: na sequência de um livre lateral, Rui Patrício não conseguiu segurar a bola à primeira e Luís Aurélio, de forma oportuna, empurrou para o 1-0 aos 49 minutos.
Em desvantagem, os ‘leões’ esticaram um pouco mais o jogo – expondo-se também mais à velocidade de Marco Matias em profundidade – e conseguiram chegar ao empate, também após bola parada: livre batido por Jefferson e entrada fulminante de Tobias ao primeiro poste, sem hipóteses para Gottardi (54’). No entanto, apenas quatro minutos depois, o Nacional voltou a adiantar-se através de Lucas João, que saltou mais alto nas costas da defesa ‘na sequência de um cruzamento de Marçal e fez o 2-1.
A partida entrou depois numa toada mais morna, que nem as (boas) entradas de Slimani e Adrien conseguiram quebrar por completo. E a tarefa do conjunto ‘verde e branco’ ficou ainda mais complicada com a expulsão de Miguel Lopes, por acumulação de amarelos, aos 71 minutos. Ainda assim, os ‘leões’ não desistiram e, a oito minutos do fim, Carlos Mané voltou a ser herói na Choupana – já tinha marcado no triunfo para o Campeonato – e repôs a igualdade com um remate em arco à entrada da área numa transição rápida iniciada em Adrien.
É certo que o Sporting não conseguiu manter a tradição com o Nacional fora para a Taça (três jogos, outras tantas vitórias) mas o empate, com menos uma unidade e após um ciclo de grande desgaste com os encontros frente a Wolfsburgo e FC Porto, acabou por ser um prémio justo que deixa a eliminatória em aberto para o jogo da segunda mão, no Estádio José Alvalade, a 8 de Abril.