Futsal feminino

O Sporting Clube de Portugal informa que chegou ao fim a ligação contratual que mantinha com as jogadoras de futsal Débora Queiroz, Cátia Morgado, Kika, Débora Lavrador e Cátia Tavares.

O Sporting CP agradece todo o empenho demonstrado ao serviço do Clube e deseja às atletas as maiores felicidades pessoais e profissionais.

Zicky e Tomás Paçó

O Sporting Clube de Portugal informa que os futsalistas Zicky e Tomás Paçó, formados no nosso Clube, irão subir à equipa sénior a partir da temporada 2020/21.

Ambos os atletas foram já opção para Nuno Dias na temporada transacta, quando ainda integravam o escalão de sub-20, e esta época farão parte, de forma permanente, da primeira equipa.

O Sporting CP deseja a ambos os atletas as maiores felicidades profissionais e pessoais. 

Capitão da equipa de futsal renova por mais três épocas

João Matos, capitão da equipa de futsal do Sporting Clube de Portugal, vai continuar a vestir de verde e branco na próxima temporada. Em entrevista concedida à Sporting TV, o jogador revelou que prolongou o vínculo com os Leões por mais três épocas e disse ser uma grande responsabilidade "continuar no Clube com a braçadeira de capitão".

Sentimento depois de renovar
"Acima de tudo, é uma grande responsabilidade continuar no Clube com a braçadeira de capitão, continuar a liderar numa equipa ambiciosa que quer tanto conquistas e que as merece. Já tenho mais idade, os anos vão passando, mas temos um projecto muito interessante pela frente, com grandes ambições. É uma alegria tremenda continuar aqui e completar mais de 20 anos de casa, mais de metade da minha vida foi passada aqui. É uma satisfação enorme e um orgulho poder continuar a vestir a pele do Leão por mais alguns anos."

Motivação depois de tantos títulos
"Condicionamos, muitas das vezes ou quase sempre, as emoções de quem nos acompanha e gosta de nós, nomeadamente a família Sportinguista. Isso é uma grande responsabilidade e, se conseguirmos dar-lhes alegrias, vamos atrair títulos e conquistas. Quem veste esta camisola sabe perfeitamente – para aqueles que não sabem, terão de ouvir essa mensagem da minha parte e dos meus colegas mais antigos – que aqui é para vencer. Não há outra motivação que não seja conquistar títulos. Já ganhei todos os troféus, só me falta o Mundial pela selecção, mas se não ganharmos não vamos continuar cá. Quero continuar cá, tenho de ganhar, de me empenhar, de ser profissional, de ter a atitude adequada e levar o nome do Clube o mais alto possível. Essa é a nossa motivação diária, trabalhar para vencer títulos."

Evolução da modalidade
"O futsal que se praticava quando eu comecei no Sporting CP é totalmente diferente do de hoje. Hoje, o futsal é para atletas que são muito capazes em termos de potência, agilidade e velocidade. Antigamente era mais pela leitura de jogo. Com o mister Nuno Dias, temos de ter essa capacidade física aliada a uma boa leitura de jogo. Quem tiver melhor leitura de jogo, vai jogar mais com o mister. São estas alternâncias que me mantêm apaixonado e depois temos um leque de quatro ou cinco jovens a aparecer da formação."

A aposta nos escalões de formação
"Os irmãos Paçó são dois jovens que respiram Sporting CP e é bom ver todo esse trajecto. Não tenho dúvidas de que são dois jogadores que têm todas as capacidades para se afirmarem. Eles, o Zicky e o Sévio, que nos acompanharam na época passada, têm muito potencial e agora é altura de serem lançados aos lobos, como se costuma dizer. Relembro que o Tomás Paçó já entrou num dérbi e é assim que tem de ser para amadurecerem e perceberem as dificuldades. Estes novos jovens são muito desinibidos e não ligam muito às emoções e à pressão do jogo. Na altura, eu ficava mais nervoso ou emocionado num jogo grande, mas hoje em dia os miúdos não demonstram tanto isso. Por um lado, pode ser bom, mas por outro pode retirar-lhes alguma responsabilidade, mas acredito que não. Vejo potencial para alguns jogadores se afirmarem na liga e no Sporting CP."

O futuro depois do fim da carreira
"O facto de jogar futsal há muitos anos deu-me a capacidade de olhar para os jovens e conseguir identificar quem tem talento ou potencial e poderá tornar-se num bom jogador. Vejo-me nesse papel, mas não tanto num treinador da formação, apesar de gostar muito também do aspecto táctico. Vejo-me mais a trabalhar com um plantel sénior, mas a acompanhar a formação na parte física e a potencializar esses miúdos para serem bons seniores. Além disso, dar acompanhamento individual na parte física aos seniores também. O Sporting CP tem um ADN baseado nos escalões de formação e hoje em dia vemos isso principalmente no futebol. No futsal, vamos ter alguns jogadores vindos da formação e, não querendo que isso morra, vejo-me nesse papel. (…) Ainda assim, tenho mais três anos de contrato pela frente que, certamente, não serão os últimos porque ainda jogarei mais algum tempo depois dos 36 anos."

As saudades dos colegas e de competir
"Tenho muitas saudades de estar com os meus colegas e de competir, seja no treino, no ginásio, nas tarefas que os preparadores físicos nos passam, nos desafios do treinador, toda essa dinâmica. Logicamente, tenho saudades de jogar com o Pavilhão cheio. No último encontro, a 13 de Março, jogámos à porta fechada e é muito duro. Nós que sentimos muito as emoções das pessoas não sabemos quando é que isso vai voltar a acontecer. Vai ser estranho continuar a jogar à porta fechada e também quando o Pavilhão João Rocha encher outra vez. Tenho muitas saudades de voltar a entrar em campo, perfilar, ouvir o ‘O Mundo Sabe Que’, sentir a emoção dos golos, dos cortes e dos minutos finais."

Impacto da pandemia de COVID-19
"Parei uma semana após os treinos pela internet acabarem e estive parado também durante uma semana em que estive de férias e, mesmo assim, ainda fiz qualquer coisa. Ou seja, em três meses parei duas semanas. Aproveitei a amizade que tenho com o Ricardo Fernandes, atleta do kickboxing do Sporting CP, porque é uma modalidade que já pratico há algum tempo. Em casa fazia musculação e tenho a sorte de ter algum espaço para dar uns toques na bola, mas não exercitava o cérebro. Quando pude sair de casa, o Ricardo abriu-me as portas da sua Academia e o kickboxing exige que eu pense rápido e reaja. Era muito importante para mim que o meu cérebro reagisse rápido. É um desporto que desconhecia e em que há um grande jogo táctico. Tenho desafiado o Adolfo Barão para um combate, quando estiver preparado ele será a minha vítima."

O significado da braçadeira de capitão
"Não se é do Sporting CP só aqui, também em casa, na rua ou quando vou às compras. Tudo isso envolve o Clube e aquilo que eu represento para o Sporting CP. Esta braçadeira é minha, disputo todos os jogos com ela e sou eu que a guardo. É uma grande responsabilidade e continua a aumentar com o passar dos anos. Somos uma equipa vitoriosa, habituámos os adeptos a ganhar títulos e não queremos que isso fuja. Habituámo-los a bom futsal, a espectáculo e a golos. Eu e o staff temos a responsabilidade de não deixar morrer essa identidade e de passá-la a todo o plantel. Este ano vamos ter algumas alterações no plantel e queremos manter essa identidade, algo que parte muito da minha responsabilidade. Aos novos atletas, tenho de passar-lhes o que é a grandeza do Clube, qual o nosso principal objectivo e foco."

114.º aniversário e a ambição europeia
"114 são muitos anos. É uma história muito bonita que o Clube tem, uma grandeza enorme. Cabe-nos a nós aumentá-la e elevar o nome do Sporting CP ao mais alto nível lá fora, como já fizemos e queremos voltar a fazer. Assumimos claramente que esse é um grande objectivo para nós, apesar de ser difícil. É uma grande ambição que todos temos. É uma semana muito especial para o Sporting CP, a equipa de futebol está numa fase extraordinária e para mim é uma semana de alegria, de prazer, de orgulho por continuar no Sporting CP."

Mamadú Ture

O Sporting Clube de Portugal informa que o futsalista Mamadú Ture, formado no nosso clube, fará parte da equipa sénior e estará às ordens de Nuno Dias a partir da temporada 2020/21.
 
Mamadú Ture regressa assim a casa depois de duas temporadas fora, a última das quais por empréstimo do Sporting CP ao Futsal Minerva, da primeira liga da Suíça.
 
O Clube deseja a Mamadú Ture as maiores felicidades pessoais e profissionais.

Daniel Machado e Wesley Reinaldo

O Sporting Clube de Portugal informa que chegou a acordo com o CR Leões de Porto Salvo para a extensão do período de empréstimo dos jogadores de futsal Daniel Machado (Dani) e Wesley Reinaldo por mais uma temporada.

Os dois jovens pertencentes aos quadros do Sporting CP vão, desta forma, continuar o seu período de evolução na Liga Placard Futsal.

Grande entrevista do pequeno grande jogador Deo

Para marcar a despedida da equipa de futsal do Sporting Clube de Portugal depois de 16 temporadas (com uma passagem pela Rússia pelo meio), Deo concedeu uma grande entrevista à Sporting TV sobre todo o percurso de Leão ao peito e não escondeu a emoção de dizer adeus ao emblema de Alvalade. Fique com algumas das principais declarações do pequeno grande craque que, aos 37 anos e depois de 26 troféus, fecha desta forma um ciclo.

Primeiros tempos em Alvalade
"O Sporting CP tinha o Mário Jardel e todos conheciam o Clube no Brasil, mas só tive a noção do tamanho do Clube quando cheguei a Portugal. (...) Quando cheguei, visitámos a Nave [de Alvalade] e deu para sentir o que poderia ser o calor dos adeptos naquele pavilhão bem apertadinho. Vi algumas fotografias e percebi que não tinha muito a ver com o futsal no Brasil. Aqui, os adeptos estão mais perto dos jogadores. Quando começaram os jogos do Campeonato e quando estive no primeiro dérbi, tive a confirmação"

"Foi tudo muito rápido na minha vida. Vim para um Clube profissional, com a exigência máxima. Costumo dizer que chegar ao Sporting CP é fácil, mas continuar no Sporting CP é que é difícil porque é um Clube muito exigente que traz muitos jogadores de qualidade. Se não estivermos num nível muito bom, é difícil continuar aqui. Isso deixa-me super feliz. Não imaginava que ia vencer tantos títulos e que me iam acontecer tantas coisas boas"

Relação com os adeptos
"Considero que sou um jogador com uma garra muito grande e acho que isso me fez identificar muito com o Clube e com os adeptos. Não sou e nunca fui um craque, mas fui sempre um jogador que fazia a diferença e ajudava a equipa. A vontade de vencer e de ganhar disputas, mesmo sendo pequeno, fez com que os Sportinguistas se identificassem comigo tal como eu me identifiquei com eles"

Golo contra o Inter FS na meia-final da UEFA Futsal Champions League de 2018/2019
"Começámos o jogo muito bem. No banco, estávamos a comentar que «hoje é nosso». Logo a seguir, o Inter FS fez o golo e comentámos que «outra vez, não». O Nuno [Dias] chamou-me para entrar e logo na primeira ou segunda bola faço aquela jogada que é uma característima minha e faço o golo. O meu golo foi fantástico porque voltou a colocar-nos em cima deles. Foi um golo importantíssimo para essa caminhada. Houve outros importantes, claro, mas por ter sido logo a seguir ao golo deles derrubou animicamente alguns jogadores da equipa deles, como se vê na reacção deles"

Final da UEFA Futsal Champions League de 2018/2019 contra o AFC Kairat
"Lembro-me de ter duas ou três oportunidades de fazer golo e não consegui. Lembro-me do apito final. De todos colocarem as mãos na cabeça. Muita gente não tem noção da importância porque não esteve connosco quando perdemos e fomos humilhados. Foi um momento fantástico para todos"

Festa após a conquista europeia
"Quando saímos da quadra e fomos para o balneário, todos ligaram para a família. Eu liguei para a minha mãe. Todos queriam mostrar o troféu, foi uma confusão gigantesca e estava tudo muito eufórico. (...) Queríamos chegar rapidamente a Portugal porque sabíamos que íamos fazer uma grande festa, mas não como aconteceu. No aeroporto e no caminho até à Câmara [Municipal de Lisboa] já vimos muitos adeptos. Mas não tínhamos noção do que estava à nossa espera no Pavilhão João Rocha"

Peso de vestir a camisola do Sporting CP
"É uma camisola super pesada por vários motivos. Pelo tamanho do Clube, pelos adeptos apaixonados, pela exigência do plantel e dos treinadores. Podes não ser grande jogador, mas os adeptos adoram quando deixas tudo em campo, quando sais suado. Os adeptos gostam da entrega. Os jogadores têm de suar muito a camisola para continuar a representar o Sporting CP"

De que vai sentir mais falta
"Várias coisas. É difícil. A paixão que eu tenho em defender o Sporting CP, estar com os adeptos, poder... [pausa emocionada] Poder chegar ao dia de jogo, entrar no pavilhão e ver os adeptos a chamarem o teu nome. É difícil. Não consigo nem falar. Vou sentir falta de representar o Sporting CP, que é das coisas que eu mais gosto. É um Clube pelo qual me apaixonei e que a minha família ama. Vai ser muito difícil não vestir mais a camisola. Olhar para o peito e não ver mais o símbolo do Sporting CP"

Sentimento de missão cumprida
"Sinto-me realizado. Conquistei títulos, joguei na antiga Nave e no novo Pavilhão, fiz mais de 500 jogos, estive no tricampeonato, ganhei a UEFA Futsal Champions League. Fazendo um balanço geral, saio super feliz e satisfeito. A melhor saída seria a ganhar um título aqui, no Pavilhão João Rocha. Sempre imaginei isso. É a única coisa que vai faltar"

Como quer ser relembrado
"Como alguém que honrou a camisola do Sporting CP. E acho que é isso que vão ouvir de mim. Valorizei cada momento que tive com a camisola do Sporting CP"

Deo

O Sporting Clube de Portugal informa que chegou ao fim a ligação contratual que mantinha com o jogador da equipa de futsal Deo.

Foram 16 anos de uma união que permanecerá para sempre como uma das páginas mais belas da história do nosso Clube.

Com a camisola do Sporting CP, Deo conquistou 26 títulos, realizou 604 jogos e marcou 295 golos, tornando-se, desta forma, o futsalista com mais jogos disputados pelo Clube.

Quanto a conquistas, venceu oito Campeonatos Nacionais, seis Taças de Portugal, uma Taça da Liga, sete Supertaças, três Taças de Honra da AF Lisboa e uma UEFA Futsal Champions League, naquele que foi o ponto mais alto desta relação de sucesso: "Sou muito grato por tudo o que os Sportinguistas fizeram por mim. Eu ganhei uma família aqui".

Ao Deo, o Sporting Clube de Portugal deseja as maiores felicidades pessoais e profissionais e agradece todo o profissionalismo e empenho que sempre demonstrou ao serviço do Clube.

Técnico verde e branco recorda conquista da UEFA Futsal Champions League

Celebra-se esta terça-feira exactamente um ano desde que a equipa de futsal do Sporting Clube de Portugal se sagrou campeã europeia em Almaty, no Cazaquistão. Num especial que terá transmissão esta terça-feira na Sporting TV, Nuno Dias, João Matos e Alex Merlim, três dos heróis da conquista mais importante da história do futsal Leonino, contam na primeira pessoa várias histórias sobre o percurso até à final, os festejos e a recepção em Lisboa.

“Havia um compromisso e uma união muito grandes, não havia maneira de não sermos campeões naquele dia”, revelou o técnico.

Poderá acompanhar este especial na íntegra a partir das 22h15 desta terça-feira, na Sporting TV. Antes disso, no ‘Sporting Grande Jornal’, será também transmitida uma entrevista com Dieguinho, ex-jogador dos Leões que viveu de perto as incidências desta conquista.

Jogador da equipa de futsal em entrevista à Sporting TV

Pany Varela, jogador da equipa de futsal do Sporting Clube de Portugal, concedeu na passada quinta-feira uma entrevista na qual abordou diversos temas como a actual pandemia de COVID-19, a forma como tem ocupado os tempos livres ou o eventual regresso das competições sem público nas bancadas.

Decisão de terminar todas as competições
“Cabe-nos aceitar o que foi decidido, o mais importante neste momento é a saúde de todos. No que toca ao desporto, estávamos em primeiro lugar no Campeonato, uma posição privilegiada porque toda a gente que acompanha a modalidade sabe que quem acaba a fase regular na liderança tem grandes possibilidades de se sagrar campeão. Também tínhamos dado um passo muito importante na Taça de Portugal ao vencer o SL Benfica. Apesar de não termos ganho nada, estávamos a trilhar um caminho muito positivo e acredito que poderíamos ter tido sucesso”.

Último jogo disputado sem espectadores no pavilhão
“Devo admitir que não foi muito prazeroso porque estamos habituados a ter adeptos na bancada, os Sportinguistas acarinham-nos muito e faltou-nos isso. Todos os jogadores ficaram com a mesma sensação, até porque um dérbi é sempre um jogo especial e gostamos de ter a massa associativa a apoiar-nos. Vencer o encontro e não ter com quem festejar nas bancadas foi estranho, mas cumprimos o nosso papel que passava por vencer e tenho a certeza de que os Sportinguistas, apesar de não terem estado presentes, vibraram muito com o triunfo. O desporto só faz sentido com público nas bancadas”.

Próxima temporada sem público
“Se essa for a única solução para que possamos voltar ao activo, sou a favor pois sinto falta de competir e de treinar. Se tiver de ser à porta fechada, jogaremos sem qualquer problema desde que nos garantam que ninguém vai estar em perigo. Além disso, disputarem-se jogos, mesmo à porta fechada, será bom para quem ficar em casa porque vai oferecer uma sensação de normalidade às pessoas”.

Saudades dos treinos e oportunidade para reflectir
“A equipa do Sporting CP é uma família. Durante a temporada, passamos mais tempo juntos do que com os nossos familiares. Converso diariamente com alguns colegas e todos sentimos falta dos treinos que nos deixavam sem fôlego. Vamos esperar que isto passe, o povo português está habituado a ultrapassar dificuldades e este é apenas mais um desafio que vamos vencer. Devemos aproveitar para pensar na forma como vivemos e nas nossas prioridades. Se calhar, estávamos a dar importância a coisas que não eram assim tão importantes e, neste momento, uma simples ida à rua já faz com que fiquemos felizes”.

Nova rotina e plano físico
“Estamos todos em contacto através do WhatsApp. Temos um grupo só com os jogadores e outro com o staff técnico. Diariamente, temos de dizer ao nosso preparador físico como nos sentimos e se temos queixas ou não. Os treinos têm acontecido através da plataforma Zoom. É diferente porque não há contacto directo, mas temos de fazer treinos de coordenação, o que nos proporciona algumas gargalhadas porque por vezes a coordenação não é a melhor (risos). Vamos descobrindo novas formas de fazer exercício e interagimos todos. Claro que não é igual, mas é o que há e adaptamo-nos”.

Tempo livre em casa
“Tenho conseguido cozinhar todas as refeições em família, algo que antes não acontecia. Além disso, acompanho mais o meu filho, que tem um ano e quatro meses, porque passamos todo o dia juntos. Por vezes, ele fica farto de mim, mas vamos tentando encontrar formas de o entreter. Acordo sempre primeiro do que eles para conseguir treinar à vontade. Quando acordam, voltamos a sentar-nos à mesa e no resto do dia costumo andar atrás dele para não acontecerem asneiras. Se não estivesse a ser entrevistado, estaria a ter aulas de inglês. Há algumas coisas que estavam guardadas dentro da gaveta e que aproveito para fazer agora”.

Mensagem para os Sportinguistas
“Se cada um de nós fizer a sua parte, a vitória será sempre mais fácil de alcançar. É necessário ter paciência porque tudo isto vai passar, mas temos de trabalhar todos juntos. Mantenham o distanciamento social e sigam as regras das entidades competentes. Dentro de semanas ou meses, voltaremos a estar juntos”.

Roupeiro do futsal está em isolamento com o filho, jogador da equipa de juvenis

Carlos Alves e João Alves, pai e filho, têm o futsal em comum: o primeiro é o roupeiro da equipa principal e o segundo é jogador dos juvenis Leoninos. Além da partilha do gosto pela modalidade, os dois têm passado o período de isolamento juntos e consideram que, apesar da pandemia de COVID-19 que o país e o mundo atravessam, há pontos positivos a retirar desta situação.   

“O isolamento é o passo certo, não só pela minha família, mas por todos. Temos aproveitado para estar mais tempo juntos porque com a rotina ‘normal’ não conseguimos fazê-lo com tanta regularidade”, referiu Carlos Alves em declarações à Sporting TV.

Quanto a João Alves, além de aproveitar para “estudar e fazer trabalhos escolares”, não tem deixado de lado o aspecto desportivo e revela que tem “mantido algumas rotinas”.    

“Tenho feito exercícios todos os dias com a supervisão do meu treinador e da restante equipa técnica para tentar manter ao máximo a capacidade física. É certo que não é comparável com os treinos quase diários que tínhamos, mas cabe a cada um de nós fazer o melhor possível”, sublinhou, revelando depois que tem estado em contacto com os colegas de equipa e que está “entusiasmado para voltar a competir”.

Aproveitando a presença do pai, que sabe qual o plano alimentar a seguir devido à proximidade diária com a equipa profissional, o jovem Leão relembrou ainda que este é um aspecto muito importante. “Não só para o desempenho físico, mas também para que nos mantenhamos saudáveis. Neste momento que vivemos, essa é a prioridade”, concluiu.