Futsal disputa amanhã o jogo 2 dos quartos-de-final

A equipa de futsal do Sporting Clube de Portugal entra em campo esta terça-feira, às 19h30, no Pavilhão João Rocha, para o segundo jogo dos quartos-de-final do play-off da Liga Placard, diante do SC Ferreira do Zêzere. Depois do desaire fora de casa (5-4), Rúben Freire garante que o grupo está determinado em dar uma resposta forte.

"Entrámos numa nova fase do campeonato com os play-offs e, se não estivermos a 100%, vai ser muito difícil ultrapassar o adversário. Faltou-nos alguma concentração para estarmos a 100% no primeiro jogo", começou por afirmar o fixo/ala Leonino, em declarações aos meios de comunicação do Clube.

O camisola 77 garantiu que, depois do primeiro jogo, o foco esteve em corrigir o que correu mal na última sexta-feira e introduzir novas dinâmicas para voltar às vitórias.

"Estamos a trabalhar sobre aquilo que não fizemos bem e a trazer coisas novas para que tenhamos um resultado melhor e consigamos atingir os nossos objectivos. Estamos focados, principalmente, naquilo que não conseguimos fazer bem no último jogo", referiu.

Consciente da importância de jogar em casa, Rúben Freire destacou a força do Pavilhão João Rocha e o papel determinante dos Sportinguistas.

"Dentro de casa temos de estar a 100%. Esperamos uma boa moldura humana aqui, como é sempre. Vamos enfrentar um SC Ferreira do Zêzere supermotivado pelo primeiro resultado, por isso só nos compete estarmos ao nosso máximo para atingir aquilo que queremos", afirmou.

A fechar, o atleta deixou um apelo aos adeptos Leoninos. "Espero ver o nosso pavilhão cheio. Sem dúvida, os adeptos têm feito a diferença, tanto em casa como fora. Agora temos um jogo extremamente importante e, com eles aqui presentes, vai ser tudo mais fácil".

Técnico analisou desaire

Terminada a partida em casa do SC Ferreira do Zêzere, com derrota dos Leões (5-4), Nuno Dias, treinador da equipa de futsal do Sporting CP, fez o rescaldo em declarações ao Canal 11, responsável pela transmissão do jogo.

“Parabéns ao SC Ferreira do Zêzere, que fez por merecer esta vitória. Trabalhou, lutou, transpirou, teve uma atitude correcta e jogou bem. Ganhou o jogo porque marcou mais golos que o Sporting CP e nós não estivemos bem”, resumiu objectivamente.

O técnico desvalorizou ainda as ausências de Zicky Té e Alex Merlim, lembrando a boa resposta que a equipa deu, mesmo desfalcada, no dérbi com o SL Benfica (4-4). “No último jogo, mesmo com ausências, acabamos por garantir o primeiro lugar na fase regular. O resultado hoje foi mau, mas é de valorizar o que o SC Ferreira do Zêzere fez. Foram mais competitivos do que nós durante maior parte do tempo e justificaram a vitória”, sentenciou Nuno Dias.

Também Tomás Paçó, fixo verde e branco, analisou o desaire neste primeiro jogo dos quartos-de-final dos play-offs da Liga.

“Não há muito a dizer. Entramos apáticos no jogo. Parabéns ao SC Ferreira do Zêzere, que tem jogadores de qualidade e aproveitaram os nossos erros. A perder 3-0 é difícil de dar a volta, porque obriga a um esforço maior”, considerou, antes de realçar que este é um momento para fazer autocrítica.

“Temos de olhar para dentro. Estamos a passar por uma má fase. Quando ganhamos não somos os melhores, quando perdemos não somos os piores”, referiu, sublinhando que “só as melhores equipas é que saem destas fases”.

Tomás Paçó apontou que “há pormenores que estão a falhar”, em particular na “finalização”, atentou e já lançou o segundo jogo, no Pavilhão João Rocha. “Temos de dar uma boa resposta. É obrigatório”, concluiu.

Derrota a abrir play-offs obriga a duas vitórias no Pavilhão João Rocha (5-4)

A equipa de futsal do Sporting Clube de Portugal visitou o SC Ferreira do Zêzere e perdeu por 5-4, esta sexta-feira à noite, no primeiro jogo dos quartos-de-final dos play-offs da Liga.

A eliminatória, disputada à melhor de três jogos, segue agora para o Pavilhão João Rocha, onde os Leões de Nuno Dias estão obrigados a vencer o segundo encontro para forçar um terceiro, também em casa, de decisão.

Já com Taynan de regresso às opções após suspensão, mas ainda sem Zicky Té e, também, sem Alex Merlim, o Sporting CP teve um arranque muito penalizador em Ferreira do Zêzere. Além de ter sido surpreendido logo aos 25 segundos, quando Alan Gitahy roubou a bola nas imediações da área Leonina e atirou a contar para um golo madrugador, a equipa da casa ainda fez o 2-0 – aos três minutos – graças a Natan Minatti, que aproveitou uma subida de Henrique Rafagnin para marcar na baliza deserta.

Os Leões ‘acordaram’ depois com dois remates perigosos de Rocha e Tomás Paçó, mas uma nova contrariedade abateu-se sobre os Tetracampeões Nacionais: Taynan viu o vermelho directo por agressão e, instantes depois, o SC Ferreira do Zêzere – oitavo classificado na fase regular - aproveitou a superioridade numérica para chegar ao 3-0.

Tudo correu mal nos primeiros dez minutos, mas o conjunto de Nuno Dias não virou a cara à luta. E depois de Sokolov ter concretizado a sexta falta adversária (3-1), os Leões lançaram-se ao ataque e só não voltaram a marcar por manifesta ineficácia. Nas melhores ocasiões, Sokolov teve mais um livre, mas desta feita permitiu a defesa, Paçó – sozinho ao segundo poste - falhou um golo de baliza aberta e Diogo Santos acertou no poste mesmo em cima do intervalo.

Mais eficaz foi, de novo, o conjunto ribatejano, que entrou no segundo tempo a marcar o 4-1 – hat-trick de Alan Gitahy. O Sporting CP, desta vez, nem tardou a responder por Sokolov, que depois de atirar ao poste ‘facturou’ numa recarga, mas o SC Ferreira do Zêzere aproveitou uma transição para voltar a manter as distâncias no marcador (5-2).

Com as contas difíceis, Nuno Dias arriscou e apostou em Wesley como guarda-redes avançado e os devidos frutos chegaram a dois minutos do fim. Primeiro, Tomás Paçó atirou cruzado para o fundo das redes e, logo a seguir, Rocha rematou ao ângulo para aumentar a incerteza, mas faltou tempo aos Leões e o 5-4 foi final. Pedro Martinho ainda negou o empate a Tomás Paçó em cima da buzina.

Os dois emblemas voltam a enfrentar-se na terça-feira (19h30), desta feita no Pavilhão João Rocha, onde os Leões estão obrigados a vencer.

Sporting CP: Bernardo Paçó [GR], Tomás Paçó, Diogo Santos, Wesley, João Matos [C], Henrique Rafagnin [GR], Pauleta, Anton Sokolov, Bruno Dias, Andriy Dzyalo, Taynan, Rocha, Rúben Freire

Play-offs iniciam-se com visita ao SC Ferreira do Zêzere

Depois de garantir o primeiro lugar na fase regular da Liga, a equipa de futsal do Sporting Clube de Portugal começa a caminhada nos play-offs, esta sexta-feira (20h00), com a deslocação a casa do SC Ferreira do Zêzere para disputar o primeiro encontro dos quartos-de-final. A eliminatória, disputada à melhor de três jogos, segue depois para o Pavilhão João Rocha.

Andriy Dzyalo, jovem pivô dos Leões, fez o lançamento da partida em declarações aos meios de comunicação do Sporting CP. "Sentimos orgulho pelo primeiro lugar, porque sabemos que é importante, mas já estamos focados no SC Ferreira do Zêzere. É uma equipa forte e agressiva na defesa e no ataque", traçou.

Esta temporada, os Tetrcampeões Nacionais já enfrentaram este adversário por três vezes e venceu sempre: duas para a Liga (2-5 e 7-3) e uma para a Taça de Portugal (4-0). "Queremos voltar a vencer e vamos fazer por isso", afirmou o fustalista de 19 anos, que também não nega que o SC Ferreira do Zêzere possa "trazer algo diferente" desta vez, mas sente o grupo verde e branco, acima de tudo, "preparado". 

"Temos seguido o plano do treinador e queremos que o trabalho nos treinos se cumpra no jogo. Vai ser um jogo complicado, mas a equipa está muito focada. Começam os play-offs e ser Pentacampeões é a nossa ambição", apontou, a fechar, Andriy Dzyalo.

Distinção da FPF como entidade formadora no masculino e no feminino

Em 2024/2025, o futsal do Sporting Clube de Portugal voltou a receber a certificação como entidade formadora de cinco estrelas, tanto no masculino como no feminino, por parte da Federação Portuguesa de Futebol.

Graças à pontuação global conseguida, novamente, acima dos 90 pontos, este é um reconhecimento que a modalidade Leonina repete pela segunda temporada consecutiva no patamar máximo, depois de ter recebido o ‘selo’ de cinco estrelas em ambas as vertentes pela primeira vez na época passada, em 2023/2024.

Técnico elogiou equipa e apontou aos play-offs

Terminado o dérbi com o SL Benfica (4-4) que garantiu o primeiro lugar do Sporting CP na fase regular da Liga de futsal, o treinador Nuno Dias esteve em conferência de imprensa para fazer o rescaldo do jogo e desta primeira parte da temporada.

Primeiro lugar consecutivo pela quinta época em fases regulares e mira ao Pentacampeonato
“Diz que a equipa tem tido essa consistência na tabela da fase regular e que, felizmente, temos conseguido ter sucesso naquilo que é o mais importante. O que nós queremos mesmo é ganhar o último jogo desta época. Seria sinal de que seríamos Campeões Nacionais. Mas, por partes, [primeiro lugar] é um objectivo alcançado, contra um adversário difícil, num jogo difícil e com alternância no marcador. Fazendo uma análise global, o Sporting CP acaba com mais pontos, mais golos marcados, menos sofridos e sem derrotas, mas isso não vai contar muito para o que vai acontecer daqui para a frente, nos play-offs.”

SC Ferreira do Zêzere nos play-offs
“Para já vamos pensar no SC Ferreira do Zêzere, uma equipa forte e que com todo o mérito chega a este play-off graças a uma trajectória de grande evolução. Recordamo-nos bem das dificuldades que tivemos lá e cá, por isso antevemos dois ou três jogos contra uma equipa difícil, que corre, arrisca e tem jogadores desequilibradores. Precisamos dos nossos adeptos como hoje para superar as dificuldades.”

A valia da vantagem no factor casa
“É importante, mas não é decisivo. Digo isto, porque nós empatamos na Luz e o SL Benfica empatou aqui. Quem tem de fazer o nosso trabalho somos nós, mas claro que os nossos adeptos são muito importantes”

A excelente resposta às contrariedades no dérbi
“Preferia não falar das ausências porque desvaloriza o trabalho dos que jogaram. Sabemos que a equipa precisa do Zicky, pelo que joga e contagia, pelo Taynan, um finalizador nato que está em todas as estratégias de jogo. Mais do que isso, destaco os que jogaram, contribuíram e estiveram muito bem. O Rúben Freire é um caso especial, porque é um miúdo extraordinário que teve uma evolução extraordinária no nosso jogo e tem sido uma grande ajuda. Quando uns estão mal, aparece o Pauleta, o Merlim, que encheu o campo em 30 minutos ou mais e, felizmente, também apareceu o Rocha num nível extraordinário, e o Sokolov, principalmente na atitude defensiva. Era injusto falar dos que não estiveram, e posso falar também do Diogo [Santos] e do Wesley também. Reinventar é perceber que elementos temos disponíveis e como vamos tirar partido de cada um. O Tomás [Paçó] teve uma semana difícil com febre e uma amigdalite e hoje ajudou-nos quando podia ter sido mais uma ausência.”

Competitividade da Liga
“Apesar dos empates, pela forma como o marcador foi evoluindo a nosso favor podíamos ter vencido esses jogos [CRC Quinta dos Lombos e Eléctrico FC]. Tínhamos obrigação de ter feito melhor. Tivemos muitas dificuldades para vencer duas vezes o SC Ferreira do Zêzere, também, e mesmo com a ADCR Caxinas, que vencemos 3-2. As equipas melhoraram, a Liga está mais competitiva e isso obriga-nos a subir a fasquia e a trabalhar melhor.”

Superação constante em dérbi louco assegurou empate precioso (4-4)

Na última jornada, a equipa masculina de futsal do Sporting Clube de Portugal recebeu o SL Benfica e empatou 4-4, este domingo, para garantir o primeiro lugar na fase regular da Liga.

O empate servia o interesse verde e branco e para o conseguir os Leões de Nuno Dias tiveram de ir ao fundo da alma para arrancar uma exibição de muita superação e corresponder ao dérbi de parada e resposta forçado pelo rival encarnado, sobretudo na segunda parte. Uma resposta de Leão após a desilusão na final-four da UEFA Futsal Champions League.

Desta forma, o Sporting CP chegou ao fim das 22 jornadas sem qualquer derrota, com 58 pontos somados – mais três que o SL Benfica (55) - e arrecadou o primeiro lugar da fase regular e a respectiva vantagem no factor casa nos play-offs pela quinta temporada consecutiva – a última vez que tal não aconteceu foi em 2018/2019.

Para este quarto dérbi da temporada (após duas vitórias Leoninas e um empate), que foi também o primeiro no Pavilhão João Rocha – excelente ambiente -, o Sporting CP apresentou-se desfalcado pelas ausências dos suspensos Zicky Té (expulsão) e Taynan (ciclo de amarelos) e entrou em falso no jogo. Ainda dentro do primeiro minuto, Jacaré aproveitou uma recarga para fazer o 0-1.

O apoio das bancadas intensificou-se e os Leões de Nuno Dias foram em busca do golo. Pauleta foi o primeiro a testar Léo Gugiel e seguiram-se tentativas de Tomás Paçó (duas) e Sokolov sem acertar no alvo. Pelo meio, Henrique Rafanin teve de ir ao chão para impedir novo golo de Jacaré.

Mas aos 13 minutos a pontaria necessária saiu dos pés de Rocha - após roubo de bola de Wesley em cima da área encarnada - para empatar o dérbi e levantar as bancadas, cada vez mais frenéticas. E o 1-1 vigorou até ao intervalo, embora ocasiões de golo não tenham faltado a ambas as equipas até ao último segundo: o SL Benfica, ‘tapado’ por faltas, ainda acertou no poste, enquanto Tomás Paçó e Pauleta ameaçaram para os Leões.

Mas reatada a partida, os golos apareceram em catadupa. Logo a abrir o segundo tempo, Wesley correspondeu com um desvio certeiro a um canto de Merlim – máximo assistente da Liga (20) – para dar a volta ao marcador, mas praticamente na jogada a seguir, com alguma felicidade no ressalto, Higor restabeleceu a igualdade. E a luta ficou ainda mais acesa com o passar dos minutos.

O dérbi continuou em aberto e com muito trabalho para os dois guarda-redes, ambos em bom plano, até que um remate de fora da área de Ivan Chishkala fez o 2-3 e soltou a ‘montanha-russa’ de emoções no Pavilhão João Rocha.

Dois minutos depois, Diogo Santos até repôs o empate neste dérbi de loucos, mas um lance infeliz – e quase imediato também – devolveu a vantagem ao SL Benfica e obrigou o Sporting CP a ter de correr atrás do primeiro lugar nos últimos sete minutos.

No entanto, os Leões de Nuno Dias responderam como se impunha: com sacrifício, mas também sem perder a clarividência. Aos 36’, Rocha ‘matou’ no peito uma bola aérea e com um forte pontapé à meia-volta ateou os festejos entre os incansáveis Sportinguistas presentes.

Para o tudo por tudo pela valiosa liderança nesta fase regular, as águias de Cassiano Klein apostaram em Arthur como guarda-redes avançado, mas não tiveram sucesso no cerco final, onde Henrique Rafagnin emergiu com duas ‘manchas’ determinantes.

Nos play-offs, o SC Ferreira do Zêzere, oitavo classificado, é o primeiro obstáculo dos Leões, que após terem acabado como o melhor ataque (121 marcados) e defesa (44 sofridos) da fase regular vão em busca de um histórico Pentacampeonato.

Sporting CP: Tomás Paçó, Diogo Santos, Wesley, João Matos, Pauleta, Anton Sokolov, Bruno Dias, Bernardo Paçó [GR], Andriy Dzyalo, Alex Merlim, Rocha, Rúben Freire, Henrique Rafagnin [GR]

Há dérbi com o SL Benfica este domingo, às 18h00, no Pavilhão João Rocha

A equipa principal de futsal do Sporting Clube de Portugal recebe o SL Benfica, neste domingo, às 18h00, em jogo a contar para a 22.ª, e última, jornada da fase regular do Campeonato Nacional.

Paulo Luís, treinador-adjunto Leonino, fez a antevisão a este encontro, mas primeiro falou da final four da UEFA Futsal Champions League que não correu como os Leões mais queriam.

“Não foi alcançado o objectivo, por isso o balanço que fazemos não é positivo, apesar do trabalho e da preparação ter sido de acordo com o que queríamos. Mas, claro, há adversários que também se preparam e que têm qualidade. Neste tipo de competições, onde só estão as melhores equipas, todos os pormenores contam e foi isso que fez a diferença. Em ambos os jogos o resultado podia cair para qualquer lado. No primeiro o nosso adversário teve mérito em como abordou o jogo e depois dessa derrota queríamos o pódio, porque queremos fazer sempre o melhor, mas também não foi possível nas grandes penalidades. Ainda assim, não há nada a apontar ao trabalho, nem aos atletas que, dentro das dificuldades que temos tido esta época, têm correspondido”, começou por dizer o técnico verde e branco.

Agora, as competições europeias já fazem parte do passado e o foco está apenas na recta final do campeonato. O Sporting CP é líder e quer acabar a fase regular da prova nessa condição, não pensando no que aconteceu em França.

“É mais fácil trabalhar sobre vitórias, mas não é o caso agora. Por isso, temos de reagir da melhor maneira. É outra competição, um jogo que todos querem jogar e que só por isso já tem o trabalho de motivação feito. O que aconteceu na Champions não nos pode afectar, já está para trás. Como não podemos fazer nada quanto ao passado, só já pensamos neste jogo com o SL Benfica. Um jogo, a nosso ver, decisivo e importante para o resto da época”, referiu Paulo Luís, dizendo que os Leões querem dar um empurrão ao ciclo de resultados menos positivo da temporada: “Acima de tudo queremos quebrá-lo porque não estamos habituados a ciclos negativos”.

“Queremos quebrá-lo o mais rápido possível e já neste jogo para limparmos esta imagem de que nenhum de nós gosta. O empenho é total e sentimos que os jogadores estão super motivados para mudar este rumo menos bom, depois de um momento muito bom e de muitos jogos a ganhar”, sublinhou.

O mérito quase esquecido

O sexto dia em Le Mans, o último completo em terras francesas, é o mais frio desde que aqui chegámos. Os termómetros apontavam uns tímidos 11.ºC quando, às dez da manhã em ponto, toda a comitiva saiu do hotel para uma breve actividade de grupo.

Um triângulo perfeito. Foi essa a figura geométrica que desenhámos com os nossos passos. Pouco mais de vinte minutos, cerca de um quilómetro de caminhada. Um momento de descompressão, uma pausa activa, uma forma suave de preparar corpo e mente antes de encerrar a participação na final four da UEFA Futsal Champions League.

No duelo frente ao FS Cartagena, estava em causa “honrar os adeptos e o escudo”, como sublinhara Henrique Rafagnin na antevisão. E os verdes e brancos fizeram-no com o brio e a ambição de sempre. O empate (2-2) ao fim do tempo regulamentar levou a decisão para as grandes penalidades, onde o acerto e a sorte não estiveram do nosso lado (3-1).

Depois de um rápido jantar para repor energias — e, quem sabe, também para aconchegar a alma —, o plantel regressou à Antarès Arena para assistir à cerimónia de entrega dos prémios. João Matos recebeu uma placa alusiva à presença do Sporting CP na competição: um símbolo da persistência, da excelência e da história que esta equipa tem vindo a construir, ano após ano.

Foi a 12.ª presença Leonina na mais emblemática prova de clubes do mundo, a quinta consecutiva. Uma regularidade que quase esconde a sua verdadeira grandeza, como se ser a quarta melhor equipa da Europa fosse um dado adquirido. Não é. É um feito. É mérito. Nunca lamento.

O troféu foi levantado pelo Illes Balears Palma, o nosso adversário da meia-final, que derrotou o Kairat Almaty por 9-4 e se tornou a primeira equipa a conquistar o título três vezes consecutivas.

Amanhã regressamos a casa. Uma longa viagem - de autocarro, de avião, de reflexão - até pisarmos de novo o nosso chão. Aos nossos Leões esperam dois dias de merecido descanso. Para “recuperar e desanuviar”, como disse Nuno Dias nas derradeiras palavras em Le Mans.

Quarta-feira é o primeiro dia do resto da nossa vida. Domingo, há dérbi. É nele que repousam agora todas as atenções.

Da minha parte, chega também a hora da despedida. Foi um gosto estar lado a lado com a nossa equipa - e convosco - neste Diário escrito desde Le Mans. Se algo vos pedimos, no plural me incluo, é que neles continuem a acreditar. Merecem-no. 

Por Filipa Santos Lopes, em Le Mans.

Leões foram derrotados pelo FS Cartagena no desempate por grandes penalidades (3-1)

A equipa de futsal do Sporting Clube de Portugal perdeu esta tarde frente ao FS Cartagena e terminou a final four da UEFA Champions League em quarto lugar. Estava em causa “honrar os adeptos e o escudo”, como frisou Henrique Rafagnin na antevisão, e os Leões fizeram-no com o brio e a ambição de cada partida, mas após o empate a 2-2 no final do tempo regulamentar, não tiveram sorte nem acerto nas grandes penalidades (3-1).

Ainda não se tinham passado 30 segundos de jogo quando o mesmo Henrique subiu em posse na quadra e, sem oposição, disparou pela primeira vez no jogo à baliza dos espanhóis. A bola embateu num adversário e, na sequência do canto, Taynan obrigou Chispi a uma boa intervenção. Estava dado o mote para uma partida intensa e equilibrada.

O FS Cartagena respondeu por Gabriel Motta, mas o guardião verde e branco, muito seguro entre os postes, defendeu com relativa facilidade. Influente no jogo da equipa, o brasileiro voltou a subir na quadra e, após boa triangulação com Taynan e Tomás Paçó, viu o remate do camisola 4 passar a centímetros do poste esquerdo da baliza.

Aos três minutos, os espanhóis voltaram a ameaçar, desta feita pelos pés de Pablo Ramírez, e o remate foi travado apenas pelo ferro. O mesmo aconteceu dois minutos depois, com o ex-Leão Waltinho a visar o alvo e o poste a adiar novamente o golo inaugural da partida.

O FS Cartagena crescia no jogo e Henrique voltou a surgir em bom plano, somando mais uma intervenção apertada, mas foi mesmo o Sporting CP quem chegou ao golo. Aos 8’, numa reposição lateral muito bem definida por Alex Merlim, a bola cruzou a quadra e chegou direitinha aos pés de Tomás Paçó. O fixo, à entrada da área mas no flanco oposto, rematou cruzado, de primeira e com precisão para o 0-1.

Os verdes e brancos galvanizaram-se com o tento e estiveram muito próximos de voltar a marcar três minutos volvidos, num lance tirado a papel químico do primeiro: na sequência de uma reposição lateral, Rocha rematou fortíssimo, mas desta vez a bola saiu milímetros ao lado da baliza.

Ainda aos 11’, a equipa espanhola ameaçou o empate numa transição rápida. Mellardo apareceu na cara de Henrique e rematou rasteiro, mas o guardião verde e branco, talvez o jogador mais decisivo em campo, segurou a vantagem com uma defesa com as pernas.

Dois minutos depois, foi Anton Sokolov quem esteve perto de marcar com um desvio de calcanhar de grande classe após excelente passe de longa distância. Falhou por pouco e — como reza a gíria desportiva — golo desperdiçado leva a golo sofrido. Aos 15’, Taynan agarrou Pablo Ramirez na área e acabou a derrubar o espanhol. No penálti, Gabriel Motta não desperdiçou e rematou forte e colocado, sem hipóteses para Bernardo Paçó.

O minuto ainda não tinha terminado e já o FS Cartagena ameaçava consumar a ‘remontada’, beneficiando da sexta falta cometida no primeiro tempo pelos atletas Leoninos. Gabriel Motta teve nos pés a oportunidade de bisar, falhou e a história repetiu-se: também os Leões conquistaram um livre de 10 metros, Anton Sokolov não tremeu e recolocou o Sporting CP na frente do marcador.

Apesar das investidas dos espanhóis, que voltaram a testar a atenção de Henrique, quando a buzina soou para intervalo o resultado mantinha-se inalterado.

O segundo tempo arrancou com um bom remate de Alex Merlim, que obrigou Chemi, guarda-redes do conjunto espanhol, a desviar a bola com uma chapada de mão direita. O jogo continuou vivo e dinâmico, mas mais afastado das balizas, e o perigo só voltou a rondar uma das balizas aos 28’, quando Osamanmusa obrigou Henrique a mais uma valiosa intervenção.  

O camisola 92 voltou a estar em evidência aos 31’ segurando mais um disparo, desta feita de Gon Castejón, e na rápida resposta Tomás Paçó acertou com estrondo na barra da baliza de Chemi. Grande lance do Leão, que se esquivou a um adversário, galgou vários metros e disparou meio em força, meio em jeito, mas com demasiada ‘pontaria’.

Aos 34’, o FS Cartagena conseguiu mesmo restabelecer a igualdade: Gabriel Motta recebeu de costas para a baliza, e, muito rápido, tocou para Waltinho, que rematou de primeira para o empate, numa fase da partida onde nenhuma das equipas parecia perto de marcar.

Nuno Dias voltou então a apostar no 5x4 para os últimos três minutos e o Sporting CP lançou-se em busca do tento que garantiria o triunfo e, também, o terceiro lugar do pódio. Muito fechado na sua defensiva, o FS Cartagena dificultou ao máximo a tarefa dos Leões, não permitiu rasgos de inspiração e segurou o empate ao fim de 40 minutos.

No momento da decisão por grandes penalidades, Taynan e Diogo Santos permitiram a defesa a Chemi e Wesley rematou por cima. O FS Cartagena não desperdiçou nenhuma das suas tentativas e a série fechou mesmo com um 3-1.

Sporting CP: Bernardo Paçó [GR], Tomás Paçó (1), Anton Sokolov (1), Alex Merlim e Taynan; Henrique Rafagnin [GR], Diogo Santos, Wesley Reinaldo, João Matos [C], Pauleta, Bruno Dias, Andriy Dzyalo, Rocha e Rúben Freire. Treinador: Nuno Dias. Disciplina: cartão amarelo para Nuno Dias (15’) e Taynan (15’).